quinta-feira, 25 de abril de 2013

Orgasmo de palavras

Hoje, mais um vendaval de palavreado oco, inútil, violento, mentiroso, hipócrita, rasteiro, vergonhoso,  indigno. Nesse turbilhão de imbecilidade, as poucas palavras sensatas de um ou outro mal se chegam a ouvir. 
O maior contributo que os dirigentes partidários poderiam dar à democracia portuguesa era esfacelarem-se, por uns tempos, em circuito fechado. Poupando-nos à exibição diária da violência de que retiram o seu único e sádico prazer. 
E reaparecendo quando tivessem aprendido que, se democracia também é poder optar por partidos políticos, é necessário que os seus dirigentes não os esfrangalhem (e  se esfrangalhem) de forma tão pública e sádica. Porque não é com dirigentes como muitos destes que alguém pode acreditar em democracia.   

3 comentários:

  1. Até as boas notícias para o país são mal recebidas

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  2. Até, não; sobretudo as (poucas) boas notícias são logo denegridas.

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  3. Admiro aqueles, como o ilustre Pinho Cardão, que ainda têm pachorra para dar atenção ao absoluto vazio - vacuidade sonora pura e simples, e do mais rematado mau gosto - em que as declarações na AR se transformaram...
    Admito o exercício, como penitência, certamente, mas não mais do que isso...
    Aproveito para sugerir aos tribunais que procurem inovar na aplicação das penas em processo crime, por exemplo prescrevendo a obrigação do condenado escutar declarações na AR, por X horas...
    Obviamente essa pena ficaria reservada para os crimes mais nefandos...

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