Um mundo pouco conhecido o das personagens que aparecem sistematicamente na televisão liderando grupos de outros que formam atrás das suas costas, anos a fio com a mesma linguagem, contrários a qualquer mudança, a qualquer reforma, mesmo aquelas que a razão dita serem a garantia da subsistência dos postos de trabalho de quem as criaturas dizem representar.
Sempre me fez muita espécie que numa sociedade tão mediatizada como a nossa, na qual se passou a exigir como decorrência intocável de um menos intocável direito (dever) de informar que todo o bicho careto renuncie à sua intimidade e tudo revele ou se sujeite sem oposição admissível ao escrutínio sobre quem é, quais as habilitações e competências, o que tem e de onde lhe vem, existam duas "classes" de quem se sabe pouco dos seus membros mais influentes: a classe dos profissionais da comunicação social e a dos dirigentes sindicais. Não vale a pena falar da opacidade dos jornalistas, a explicação é óbvia. Já assume foros de enigma a falta de informação sobre quem são os omnipresentes dirigentes sindicais, o que fazem, como chegaram aqui, que filiações partidárias, a que interesses económicos estão ligados, apesar de muitos se manterem anos e anos a fio nessa qualidade de lideres sem que ninguém questione legitimidades.
Esta nota foi motivada pela leitura do oportuno "Quem é Ana Aviola?" um texto assinado por Henrique Monteiro sobre este assunto, texto que vale a pena ler. Constitui uma exceção num panorama em que a opacidade é agravada pelo desinteresse dos media em escrutinar quem, através da ação sindical, exerce um poder desproporcionado se olhado da singela perspetiva da representatividade efetiva.
Mas que grande baralhação vai, na cabeça do Xore Monteiro.
ResponderEliminarComeça por perguntar e acaba a afirmar aquilo que desconhecia da actividade de uma dirigente sindicalista. Conhecia o nome; Ana Aviola, mas não conhecia mais do que veio a descobrir, pelos visto, com facilidade, uma vez que para tanto, usou um "momento" de que dispunha.
Ou seja: o Xôre Henrique, num momento ficou a saber mais, de um segredo que, imaginava estar guardado a sete chaves.
Eu não faço a menor ideia de quem seja Henrique Monteiro, de onde vem, o que já fez para melhorar a vida de alguém, ou porque luta, se luta, contra quÊ, ou contra quem.
Aquilo que imagino, é que a vida de um jornalista pode ser terrível, um tédio, sobretudo se tiver um momento livre e não lhe surgir ideia nenhuma sobre a qual escrever.
Fiquemos neste caso, com um poema de Miguel Torga, intitulado;"À Beleza"
Não tens corpo, nem pátria, nem família,
Não te curvas ao jugo dos tiranos.
Não tens preço na terra dos humanos,
Nem o tempo te rói.
És a essência dos anos,
O que vem e o que foi.
És a carne dos deuses,
O sorriso das pedras,
E a candura do instinto.
És aquele alimento
De quem, farto de pão, anda faminto.
És a graça da vida em toda a parte,
Ou em arte,
Ou em simples verdade.
És o cravo vermelho,
Ou a moça no espelho,
Que depois de te ver se persuade.
És um verso perfeito
Que traz consigo a força do que diz.
És o jeito
Que tem, antes de mestre, o aprendiz.
És a beleza, enfim. És o teu nome.
Um milagre, uma luz, uma harmonia,
Uma linha sem traço...
Mas sem corpo, sem pátria e sem família,
Tudo repousa em paz no teu regaço.
;)))
Ou seja, a senhora é maluquinha e nós a pagar... A democracia portuguesa sempre foi demasiado branda nos princípios. Chamar palhaço a um chefe de estado é um problema, ter pessoas que tentam abusar da sua posição para desrespeitar a vontade doido soberano, não tem problema nenhum. É o que se chama de estar completamente desfocado daquilo que são os objectivos. Felizmente faliu, senão ainda nos arriscávamos a aturar estas porcarias (palhaçadas e maluquices) mais 40 anos.
ResponderEliminarPovo soberano, não doido soberano ...
ResponderEliminarCaro Ferreira de Almeida:
ResponderEliminarOportuno post.
Caro Bartolomeu:
De facto, não sei o que Ana Avoila já fez para melhorar a vida de alguém.
Pois se até sempre diz que piora sempre...
Eu também não sei, Sr. Dr. Pinho Cardão, assim como não sei o que fizerem, no sentido de melhorar a vida das pessoas, centenas de detentores de cargos políticos e sociais, privados e públicos, que por aí se pavoneiam, com direito a verbas inscritas no orçamento de estado.
ResponderEliminarMas o facto, ou o privilégio de não saber quem são as pessoas, deve-se como muito bem sabe, ao facto de me ter divorciado do mundo e viver em eremitagem.
Cada vez mais, aprecio e valoriso esta distância.