quarta-feira, 5 de junho de 2013

A liberdade fascista

Bandos de indignados profissionais especializaram-se em seguir Ministros ou Secretário de Estado, utilizando o berro, o riso alarve ou a injúria torpe para interromper o membro do governo.
Claro que o governante acaba por não falar, mas o cabecilha do bando tem largo tempo de antena nos telejornais, na rádio e nos jornais. E promoção assegurada.
Não fala o governante, mas fala o cabecilha. Tomasse alguma vez o poder, e haveria uma voz única, a dele. E, como até em Portugal já vimos, a indignação seria reacionária e fascista. Proibida constitucionalmente de existir.
Por isso, estranho que, em vez da condenação, só ouça a tolerância dos governantes perante tais actos, que estamos num país livre, etc, etc. País livre em que qualquer membro de um governo democrático já não é livre de se fazer ouvir em público sem ser interrompido ou insultado?
É esta a liberdade que se quer para os portugueses? A liberdade de um governante não se poder expressar em público?

7 comentários:

  1. Trata-se, tão-sòmente, da Liberdade que o medo consente!..., mas e a democracia?

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  2. A democracia está aqui. Realmente, as vozes dos sábios mais não querem que colocar os "seus" no poder :55,3% dos portugueses querem que este governo chega a 2015: http://bandalargablogue.blogs.sapo.pt/411109.html

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  3. Pois,

    é verdade o pessoal tem curvar-se, talvez mesmo ajoelhar-se antes de esticar a mão em concha...

    nem que seja perante isto, não é?

    (http://online.wsj.com/article/SB10001424127887324299104578527202781667088.html?mod=WSJEurope_hpp_LEFTTopStories )

    "The IMF also said its own analysis of the future development of debt was wrong "by a large margin." The fund's debt-sustainability analysis—a critical piece of forecasting—"included stress tests but these turned out to be mild compared with actual outcomes."

    Conclusões do proprio FMI...enfim, esses os perigosos crescimentistas que frequentemente refere.

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  4. É o social-fascismo a mostrar as suas garras. A democracia tem que ser defendida. Está nas nossas mãos.

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  5. Mas isto é normal num país que dá é importância à forma e não ao conteúdo. Chamar palhaço ao presidente é um crime, impedi-lo de falar é normal. No fundo, são 10 milhões de louras...

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  6. Não, Dr. Pinho Cardão. Não é este género de liberdade que os Portugueses querem, e o Senhor sabe-o muitíssimo bem.
    Aquilo que os Portugueses realmente querem, é que os ministros e os secretários de estado, não os "forniquem" e ainda esperem que lhes agradeçam.
    É por isso que as reacções aos membros do governo têm sido de apupos, fazendo uso abusivo de uma liberdade de expressão e de manifestação das suas opiniões.
    Os Portugueses estão fartíssimos de um grupo de governantes andar sistemáticamente a fingir que governa e impôr medidas que para além de não resolverem problema nenhum, ainda agravam os que existem e favorecem a criação de novos.
    Ainda ontem ouvimos o Sr. PM dizer num tom rude e até ofensivo que "não tem medo dos resultados das eleições autárquicas, nem dos Portugueses.
    Faltou-lhe somente, usar o jeito inconfundível do maj. Valentim Loureiro e adoptando um ar de pistoleiro, colocando as mãos nos coldres perguntar franzindo o sobrolho: quantos são, quantos são?
    Se de um lado chove, do outro vaz um mau tempo do caraças e assim... hmmm, hmmm; não vamos a lado nenhum, de certezinha absoluta.
    Pelo contrário, meu estimado Amigo, escava-se um fosso, a cada dia mais profundo e inultrapassável entre governo e sociedade.

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  7. Gosto de ler o que dizem os indignados.

    Protestam,protestam,mas fazer sacrificios é que não.

    Querem continuar a gastar,a consumir e a adquirir tudo e mais alguma coisa a crédito.

    Apresentar medidas também não apresentam.As suas medidas são o protesto e a crença que o socialismo vai resolver e retomar o periodo socrático.

    Fora com a troika.Não pagamos.

    No dia seguinte andariamos à "batatada" uns aos outros.

    Talvez os "protestantes" fossem as primeiras vitimas da guerra civil.

    Mudem de mentalidade e de conservadorismo.

    Abril enganou Portugal!!

    Aplaudiram!!

    Agora paguem!!

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