Ontem, à noite, vi a entrevista feita por Fátima Campos Ferreira a Sara Norte, a jovem acabada de ser libertada após ter cumprida uma pena de prisão em Espanha por ter sido apanhada a traficar droga.
Fiquei sensibilizado. A jovem contou as suas aventuras e desventuras, a sua ida às profundezas da miséria humana, a perda de dignidade e dos valores, e o ressuscitar para a vida. Ouvi com muita atenção. De facto é de uma beleza sem par saber que é possível vencer e voltar a ser alguém com vontade de viver e de amar, a si próprio e os outros. Um discurso aberto, sincero, enriquecedor, transmitindo esperança, confiança, denotando uma maturidade alcançada através de muita dor, de muitas asneiras e com muito sofrimento, a que não é alheio a morte da mãe, enquanto esteve presa e cujas cinzas irão permanecer no seu espírito para toda a vida.
Afinal, também é preciso elogiar a televisão e os seus profissionais quando fazem o que devem fazer, com qualidade e profundidade como foi este caso. Para mim, esta entrevista deveria ser visionada por muitos e dado o tema talvez possa salvar mais vidas e contribuir para a felicidade e esperança de muitas pessoas do que todos os programas e esforços na luta contra a toxicodependência.
Não escrevi este comentário ontem à noite. Preferi dormir com ele, preferi sonhar com ele, prefiro conviver com ele, prefiro-o mil vezes a muitas conversas que ouço por aí.
Uma entrevista de esperança. Bem precisamos de esperança. Aprendi muito ontem.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarNota prévia: Como o meu comentário, educado, cordato, posto em termos sérios foi censurado pelo Dr. Tavares Moreira (pela 2.ª vez, já o tinha feito há dias), deixo ao vosso conhecimento esse facto. O comentário propriamente dito não o guardei, mas sou capaz de o reconstituir. Mas porque não o Dr. Tavares Moreira repô-lo, para que possam aquilatar da verdade do que digo?
ResponderEliminarAqui vos deixo o desafio, de um social-democrata (verdadeiro) para outros sociais-democratas, igualmente amantes da liberdade.
E aqui vos deixo o link do vídeo de 3:58 de que o Dr. Tavares Moreira não gostou:
http://www.youtube.com/watch?v=RFEf9_swh3s
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Sr. Dr. Tavares Moreira:
O execrável acto de censura que o senhor acabou de fazer com o meu comentário é bem revelador dos tempos que vivemos.
Tanto mais que é perfeitamente injustificado, na medida em que, quer os termos formais do comentário, quer o conteúdo não o justificam.
Trata-se, portanto, de um acto da mais pura e dura censura.
Motivada apenas pelo facto de o senhor não suportar o contraditório, um contraditório que, de forma eloquente, põe a nu as historietas dos juros amigáveis que os mercados nos cobram.
O Dr. Moreira Rato já tinha ficado embatucado com as perguntas de José Gomes Ferreira, mas, ou por impossibilidade real ou por uma razão de ética, aguentou o incómodo.
O senhor não, não o suportou: logo, censurou.
Se o que prefere é tem um público fiel que se limita a aplaudir o que diz, que fique com esse público e que seja muito feliz.
Mas não me venha com a treta da social-democracia, clamando-se daquilo que não é.
Passe muito bem.
Conseguiu o que queria.
Parabens por tamanha humildade! So alguem mto superior consegue ter uma postura de aprendizagem com a desgraca alheia. Fiquei a admira-lo ainda mais, acredite. E lamento o comentario anterior pela censura referida...
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