quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Intervalo filarmónico...

Sempre gostei de ver as bandas filarmónicas desfilarem a preceito, sempre prontas para acompanharem as festas das suas colectividades. As gentes das terras têm nelas orgulho. Juntam novos e velhos, juntam quem sabe e quem aprende, juntam diferentes classes sociais e juntam diferentes profissões. São, com efeito, centros de socialização relevantes nas comunidades em que se inserem. Portugal tem grande tradição nestes grupos musicais. São patrimónios culturais e históricos que fazem parte da nossa identidade. São muitas as vilas e cidades que por esse país fora fundaram bandas filarmónicas que são em muitos casos verdadeiros ex libris
Vem isto a propósito da decisão do Governo que instituiu o Dia Nacional das Bandas Filarmónicas – 1 de Setembro – como reconhecimento pelo trabalho desenvolvido em prol da sociedade de cultura. Uma decisão que tem essencialmente valor simbólico. Vale por isso.
Bem sabemos que há dias nacionais para tudo e mais alguma coisa, muitos deles nem os conhecemos nem compreendemos a razão da sua existência. Aguardemos para ver como vão as bandas filarmónicas festejar no próximo dia 1 de Setembro a distinção que acabam de receber. Não sei se os ranchos folclóricos já foram contemplados com um dia nacional...

1 comentário:

  1. É uma justa homenagem, embora estes dias dedicados tenham um simbolismo cada vez menos importante, como diz há dias para tudo e mais alguma coisa. Um dos contributos mais importantes das filarmónicas é o da educação musical dos jovens, que aí aprendem primeiro a gostar e depois a querer participar, aprendem a tocar instrumentos e a iniciar-se na música. Muito antes de qualquer teorização sobre a importância da educação musical na vida das crianças e dos jovens as filarmónicas já se ocupavam com isso. Valem bem o reconhecimento da sua importância local e nacional.

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