Os misteriosos mercados acolheram o regresso da Grécia com a generosidade bíblica dedicada ao filho pródigo. A Grécia, essa rebelde ingovernável, trapalhona, incumpridora, várias vezes ameaçada de expulsão do clube dos trabalhadores e dos culpados redimidos, a Grécia que nem queriam deixar assumir a presidéncia da UE e que viu sair zangados os zeladores do cumprimento na última reunião de acompanhamento enfim, a Grécia que afinal ia negociar em breve um terceiro resgate, essa mesma, foi recebida em triunfo pelos mercados. Procuraram a sua dívida tão duvidosa sete, sete!vezes mais interessados do que a oferta e os juros baratos, menos que nós, o Primeiro Ministro impante não se coibiu de o assinalar. E esta, hein?
Comprar dívida que dá uma taxa superior a 5% e com a certeza que a UE não deixa cair a Grécia, é um dos melhores negócios do mundo...
ResponderEliminarSalvo as nossas(deles) PPP...
ResponderEliminarPois, e a seguir é preciso salvar esses negócios, enfim, um quebra cabeças e muitas ruinas pelo meio.
ResponderEliminarDívida soberana é um dos acepipes mais apetecidos pelos mercados... O que faz falta são umas crises e tal, parece que cai, vai à bancarrota, depois não cai, depois passa mal, depois levanta-se... Enfim, entre os "mercados" e as teorias da conspiração mais engenhosas nem tudo é fantasia...
ResponderEliminarSuzana
ResponderEliminarVivemos num tempo de exageros sem medir as consequências. Mas por trás dos improvisos políticos e dos jogos dos mercados estão pessoas que se tornaram estatisticamente irrelevantes.
De acordo com o Luís Alves Ferreira: «entre os "mercados" e as teorias da conspiração mais engenhosas nem tudo é fantasia...»
ResponderEliminarE com a Margarida Corrêa de Aguiar quando diz: «por trás dos improvisos políticos e dos jogos dos mercados estão pessoas que se tornaram estatisticamente irrelevantes».
Pois é, cara Drª Suzana, só me ocorre comentar com a frase estafada de Luiz Felipe Scolari : «e o burro sou eu... o burro sou eu?»
ResponderEliminarPois é o que parece, caro Bartolomeu, só que substituindo o "eu" por "nós" :)
ResponderEliminarSuzana, os mercados são, afinal, pais extremosos que desculpam os piores vícios dos descendentes. Resgatam-se assim os filhos, mas também os pais que aparecem livres da ignomínia da traição familiar e da tirania.
ResponderEliminarQuando a passagem do tempo permitir a análise serena, perceberemos melhor as causas destes amores e desamores. Por ora, ainda é cedo. Celebremos com alegria o retorno a casa. Cantemos hossanas que o domingo de ramos é até o momento adequado.
Parabéns à Dra. Suzana e ao Drº Ferreira de Almeida por fazerem uma abordagem mítica-religiosa da dívida, os economistas que me desculpem mas parece que esta coisa não é bem como se estuda nos compêndios, é mais o género os misterioso caminhos do senhor...
ResponderEliminarUma coisa é certa: tanto lá como cá o que dava dinheiro foi privatizado, o povo está mais pobre, a dívida continua. A diferença é que eles olharam os maus de frente, nós fizemos o papel de lambedores, merecemos com certeza uns lugares no FMI...
Não sei se chegaremos a percebê-las, caro Ferreira de Almeida, mas haveremos de as constatar, embora todas as "narrativas" tenham cabimento quando a onda tiver passado e os destroços estiverem ã vista de todos. Veja-se como Christine Lagarde acha agora que é preciso medidas de " crescimento rápido da economia" imagine-se, nós a pensarmos que as que tivemos até agora levariam precisamente a esse crescimento mas na versão "sustentável" ou "robusto", afinal rápido é que é preciso.Caro jogac essa ironia está em grande forma!
ResponderEliminarIa eu comentar, que nem pensar em deixar semelhante negócio com as Dividas Soberanas, e reparo que já muita gente o escreveu.
ResponderEliminarAinda bem ;)