quarta-feira, 21 de maio de 2014

Teresinha



A Teresinha faz parte dos meninos especiais. Nasceu num dia de primavera, lindo, quente, luminoso e muito cheiroso. 
A menina pintou com cores de alegria o quadro de uma família feliz. O desejo de beijar e acariciar um novo ser que perseguiam há muito surgiu naquele belo e inolvidável dia. 
Sempre que alguém nasce as almas dos mais velhos sentem renascer o maior bem da vida, o amor sem limites. O amor de um poço sem fundo, o amor que apaga qualquer tipo de dor, o amor que, transformado na mais bela cor jamais vista, a cor da felicidade, onde todas as outras cores querem mergulhar, é o maior hino de louvor ao criador. 
Teresinha nasceu. Ao fim de algum tempo a dor da diferença provocou sofrimento e temor sobre o futuro de alguém que também é gente. 
Depois surgiu o sorriso. Um sorriso nunca visto, nada igual aos demais, era algo sedutor, brilhante e confiante, porque mostrava a sua forma de ver, cheirar e amar o mundo como nunca tinha sido observado pelos familiares. 
Sorriso diferente. Sorriso de inocência e de esperança, sorriso próprio de um ser confiante, sorriso que acalenta amor, afasta o temor, apaga a dor e faz pensar que o melhor da vida é mesmo ser diferente...

6 comentários:

  1. E que belo e luminoso sorriso, meu caro Professor!

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  2. Como pai de alguém também diferente compreendo muito bem o último parágrafo. É mesmo, mesmo, mesmo, assim!

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  3. Primavera, é o mês em que nascem as flores.
    Pena é, que tantos de nós não reconheçam a beleza em cada ser humano, sobretudo quando esse ser humano, parece diferente, parece pertencer a uma espécie com a qual ainda, talvez por medo, talvez por inabilidade, talvez por preconceito, ainda não aprendemos a interagir com a normalidade e carinho que como qualquer outro, merecem.

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  4. Fui primo-direito, muito chegado, de um ser, diferente assim. Um AMOR, que hoje recordo com muita saudade.

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  5. Ninguém pode ficar indiferente ao sorriso da Teresinha!

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