1. Num trimestre (2º de 2014) em que o conjunto das economias da zona Euro estagnou, a Irlanda cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior (em que já tinha crescido 2,8% em relação ao 4º trimestre de 2013) e 6,5% em termos anuais.
2. Numa apreciação por componentes do PIB, verifica-se que este crescimento se ficou a dever sobretudo às exportações líquidas e ao investimento privado, sendo mais modesto o contributo do consumo privado.
3. Para o conjunto do ano, os analistas antecipam um crescimento médio do PIB não inferior a 5%, que será o ritmo mais elevao desde 2007.
4. Este ritmo de crescimento está a influenciar muito positivamente o comportamento do mercado da dívida irlandesa, sendo de destacar o facto de a taxa de juro implícita na cotação da dívida a 10 anos se situar em torno de 1,7%.
5. Por este conjunto de factores, a Irlanda já anunciou a intenção de vir a reembolsar antecipadamente a dívida contratada com o FMI aquando do Programa da Assistência Financeira, pois conseguirá financiar-se no mercado a custo inferior, reduzindo por essa via os encargos orçamentais com juros...
6. Mas na Irlanda não se discutem as “vantagens” da reestruturação da dívida pública, da mutualização da dívida e, muito menos, as virtualidades de uma saída “controlada” do Euro...
7. Em suma e mais uma vez, a Irlanda continua a mostrar-nos o caminho...
Nós por cá somos muito avançados e temos alternativas para tudo. Estivemos 900 anos com moeda própria. Foi um fartar de riqueza...
ResponderEliminarA Irlanda que aproveite bem o efeito deste "golpe publicitário" porque: se o referendo mostrar que os Escoceses por baixo do Kilt possuem "material bélico" capaz de dividir um reino, o mais provável é que os Irlandeses do Norte queiram também referendar e separar-se da mana do Sul. Isto, claro está, poderá ganhar proporções inimagináveis, se entretanto os movimentos separatistas do resto da Europa não entrarem em ebulição e desatarem a querer retalhar o território, começando logo pelos nuestros ermanos que estão "mortinhos" por armar barraco, revindicando a separação da Catalunha e de seguidinha outras províncias do Norte. Em resumo; ou a UE se prepara para admitir mais umas dezenas de novos países e de arranjar fundos comunitários para todos, ou então está o caminho aberto para a reconquista islâmica, começando pela península ibérica e acabando sabe-se lá onde... Ai Nostradamus, Nostradamus, nem tu sabes quão certo estavas quando escreveste as tuas centúrias...
ResponderEliminarCaro Bartolomeu, a Irlanda do Norte já está separada da Irlanda... e eles fazem um grande esforço os dois para esquecerem isso...
ResponderEliminarCaro Tavares Moreira,
Estou certo que existirão milhares de desculpas, envoltas no mais sofisticado economês e intervaladas com citações de ilustres vencedores da medalha nobel atribuida pelo banco da suécia que demonstram, inquestionavelmente, que se a Irlanda tem esse sucesso é porque já saiu do euro mas não disse nada a ninguém. Porque na cabeça dos seguidores do Bispo Boaventura e sua doutrina das Epistemologias do Sul, os burros do norte é que precisam de trabalho para ser ricos, no Sul o caminho faz-se com palavras e costumes...
Ou seja, a Irlanda seguiu a cartilha "neoliberal" e está bem melhor do que nós que continuamos neste socialismo tutelado pelo TC.
ResponderEliminarTantos crânios que este país tem, os burros são os irlandeses!
Caro Luís Moreira,
ResponderEliminarEfectivamente, a moeda própria parece fazer parte do ADN de um país que elege a mediocridade como projecto de vida...
Caro Bartolomeu,
Os escoeceses já deram o golpe de morte na ideia separatista e deixaram os restantes candidatos ao separatismo com moral deprimido, nomeadamente os da Catalunha...estes, aliás, já bastante desmoralizados com os episódios pouco edificantes do clã Pujol.
Caro Pires da Cruz,
Chama a atenção para um ponto de grande importância: a necessidade de trabalhar, como factor de sucesso da nossa economia, até poderia ser considerada inconstitucional, por ferir os princípios da proporcionalidade e da confiança.
Da proporcionalidade, porque há países cujas riquezas naturais lhes permite obter muito mais produto com o mesmo trabalho. Não existe razão para trabalharmos mais do que esses países, deveremos encontrar outras fórmulas, essas constitucionais, de aumentar a produtividade.
Da confiança, porquer deveríamos confiar mais no trabalho dos outros e menos no nosso...
Caro Carlos Santos,
Toca num ponto susceptível de causar grande ardor ou rubor nos nossos inspirados opinion-makers, que no alto da sua sabedoria rotulariam de infame qualquer ideia de sucesso da chamada políticaa neo-liberal...
Conforta-nos saber que o silêncio dos nossos media em relação a este assunto protegerá a opinião pública de testemunhar tal vileza, ainda que o protagonista seja a Irlanda.
Vamos ver, caros amigos Tonibler e Tavares Moreira, qual será a evolução desta "onda separatista" que parece estar a crescer na Europa e, rezemos a todos os santinhos para que não venha a adquirir a força devastadora e demolidora de um tsunami. Ou então... sim. Às tantas já não sei o que seria melhor, se sermos eunucos da alta finança protegida pela Sra Merkle; se escravos de um líder faccioso do Islão. Entre as duas hipóteses, que venha o diabo e escolha.
ResponderEliminarhttp://citadino.blogspot.pt/
ResponderEliminarQuem parece não querer apontar-nos o caminho é o meu caro Tavares Moreira:
O Boletim Quadrimestral do Banco Central de Inglaterra – 2014 vem afirmar abertamente que todas as «verdades» do meu amigo (e de tantos outros), não passam de inverdades.
O Banco de Inglaterra admite-o abertamente: o dinheiro é apenas um reconhecimento de dívida e os bancos estão a encher-se à tripa forra.
A dose de honestidade do Banco de Inglaterra lança a base teórica para a austeridade pela janela fora.
A criação de dinheiro, na prática, é completamente diferente de algumas ideias falsas muito difundidas…
… É bem possível que tenham chegado à conclusão que por manter a versão fantasiosa da teoria económica oficial, que provou ser muito conveniente para os ricos, é simplesmente um luxo a que já não podem permitir-se.
…Isto não só deita por terra a base teórica das políticas de austeridade, como, também, os pilares fundamentais dos modelos económicos atuais, como a neutralidade da moeda, ou mesmo a sua própria natureza…
Um abraço
Recordar que na Irlanda não há PCP. Ajuda bastante não ter greves todos os dias...
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