quinta-feira, 16 de outubro de 2014

OE, crianças, natalidade, pobreza...

São números alarmantes. Quem o diz é o INE. A pobreza e a privação material estão a aumentar. A intensidade da pobreza está a crescer. As crianças são as mais afectadas. Tinha que ser assim? Como sabemos, a natalidade está em acelerado declínio. Um país que não sabe cuidar das suas crianças o que é que merece? Não há austeridade e crise que se invoquem. 
Bem sei que o tempo é de discussão do OE de 2015 e a novidade do IRS da natalidade tem sido muito anunciada e é, naturalmente, bem vinda. Mas a pobreza fica de fora. Não sei como vai a novidade ajudar as famílias que são pobres e não pagam IRS. A despesa com prestações sociais vai descer...

8 comentários:

  1. Muito bem lembrado.

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  2. Não entendo a questão do IRS. A pergunta não deveria ser "não entendo como um princípio da igualdade aldrabado e um princípio da confiança inventado vai melhorar o que quer que seja?". A questão do IRS, cara Margarida, é uma consequência não é uma causa.

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  3. Esta é que é a realidade nua e crua deste país, cara Drª Margarida. Não são os novos 10.000 milionários que surgiram não se sabe como, nem se a sua ascensão é fruto de investimentos na indústria, nos serviços, ou noutro qualquer ramo da economia e se criaram postos de trabalho e consequentemente receitas em impostos. Aquilo que se sabe é que demograficamente o país não cresce, economicamente também não mas, que aumenta o número de ricos e (talvez consequência disso) aumenta estrondosa e vergonhosamente o número de pobres e muito pobres.
    Não me surpreenderá portanto, se nas próximas eleições legislativas, os partidos de esquerda e extrema esquerda, conhecerem resultados... "preocupantes".

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  4. https://www.youtube.com/watch?v=hqSHskzz--0
    Horizontes da Memória; um programa televisivo em que o Professor José Hermano Saraiva, olhou para o país, a sua História e as suas gentes e tentou mostrar a essas mesmas gentes, de onde vinham, onde estavam e para onde tinham capacidades de ir, assim as forças políticas e os governos, fossem capazes de os conduzir.

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  5. Caro João Pires Cruz
    Confesso que fico sempre um pouco confundida com os seus trocadilhos. Mas uma coisa sei. Princípio da igualdade e princípio da confiança são princípios que sofreram grandes mutações. Quando falamos nestes assuntos corremos o risco de estarmos a falar de coisas diferentes. Penso que será o caso!
    Caro Bartolomeu
    As políticas públicas falharam. Os indicadores de pobreza e privação mostram que o milagre da economia tão anunciado não é para todos. O número de pessoas e famílias excluídas do milagre tem estado a aumentar. Este é um facto. Quem anda no terreno confirma-o todos os dias. Os números mostram que é cada vez mais difícil a mobilidade social, quem cai na pobreza ou em situação de grave carência económica rapidamente fica excluído. A exclusão social contribui para a pobreza, é, ao mesmo tempo. causa e consequência. Não é com políticas sociais assistencialistas que vamos resolver este círculo vicioso que está, os números do INE confirmam, mais forte.

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  6. Não é trocadilho nenhum, cara Margarida. O IRS só serve para pagar as despesas, a escolha das despesas a fazer foi feita pelo tribunal constitucional e pelo presidente da república. E a escolha foi "pobres são os funcionários públicos".

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  7. Caro João Pires da Cruz
    Mas que grande troca de voltas. Onde é que já vai a pobreza!

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