O PS dizia que ia apresentar o seu Programa Económico. Mas, ouvido, aquilo não é um Programa, é uma coisa indefinida, um buraco negro. A reforma do IRC, há tão pouco tempo acordada solenemente com o Governo e votada pelo PS no Parlamento, tornou-se letra morta. A promessa solene de eliminar a CES ficou no tinteiro. O PS, que vituperava novos impostos, recria impostos que não há muito acabaram.
No seu todo, aquela coisa é um non sense completo. Tão completo que, na Declaração final, o próprio Costa admitiu a provisoriedade da coisa
Uma coisa de refinada demagogia.
Olhe que não. Olhe que não.
ResponderEliminarCaro Dr. Pinho Cardão:
ResponderEliminarO seu camarada partidário José Matos Correia conseguiu ler as 95 páginas do documento e responder no minuto seguinte à apresentação do mesmo.
O caro Pinho Cardão parece-me que conseguiu ainda ser mais rápido.
É o que se pode chamar um autêntico Lucky Luke.
Caro Carlos Sério:
ResponderEliminarO PS contestou todas as medidas tomadas pelo governo, depois considerou que devia repôr de imediato todos os cortes nos salários dos funcionários e das pensões, afirmou repetidamente que ia acabar com a CES, mal chegasse ao Governo, etc, etc. Afinal, nesta matéria, limita-se a anunciar, a um ritmo diferente (até ver...) o que o governo já anunciou.
Deu o dito por não dito no IRC. Disse que não haveria aumento de impostos e criou um novo imposto. Por fim, teve a lata de dizer que não iria haver mais austeridade...Àparte alguns benefícios sociais que não ouvi quantificar, é tudo mais do mesmo. Eu, como economista,embora voltado para a gestão, tenho vergonha de que se chame à coisa apresentada um Programa Económico. Digo-lhe que faria bem melhor, e sem qualquer esforço.
Caro Manuel Silva:
Outra vez a ler e a interpretar mal...Eu não disse que li. Limitei-me a comentar o que ouvi. E o que ouvi foi um conjunto vazio de boas ideias.
E cheio de coisas requentadas.
Caro Dr. Pinho Cardão:
ResponderEliminarMagistral escapadela.
O senhor é especialista em fugas e escapadelas.
Leia-o então com atenção.
Para o poder demolir como faz Ricardo Paes Mamede no blog Ladrões de Bicicletas.
Mas uma demolição com substância, não porque sim.
Não, caro Manuel Silva, não escapo, nem fujo, mantenho-me sempre fiel ao que penso.
ResponderEliminarE penso que esta coisa do PS desmente por completo tudo o que Seguro e Costa e o PS vieram a dizer ao longo do tempo. Mantém tudo o que o PS rejeitava. Daqui resulta que ou o PS aceita o Programa e descredibiliza-se por completo, ou não aceita, e o Programa morreu à nascença.
Aliás, Costa teve logo o cuidado de dizer que a coisa não era definitiva. O que também é típico do PS: nunca se sabe o que pensa e o que quer.
Caro Pinho Cardão
ResponderEliminarÉ perfeitamente desculpável e vai ver que os portugueses irão desculpar que o retorno dos salários da FP proposto pelo PS se faça não num ano, em 2016 mas em dois anos 2016 e 2017. A CES já foi eliminada pelo governo actual para rendimentos inferiores a 4.600 euros. Quanto aos novos impostos eles incidem e bem sobre o capital e não sobre o trabalho.
Há um denominador comum indiscutível neste Cenário Económico apresentado pelo PS e que é o abandono da austeridade como meio de melhoria das contas públicas e do desenvolvimento económico. E é precisamente aqui, que leva os defensores da austeridade sem fim, aqueles que acreditam que é preciso mais austeridade para sair da austeridade, a mostrarem-se tão irritados e ferozes opositores. Vejam-se as reacções dos porta-vozes do PSD e CDS.
O PS pensa e bem que a saída da austeridade só é possível através de medidas que aumentem a Procura ao contrário do governo e da Troika que desprezam os efeitos da procura na economia.
Uma outra coisa é saber se tais medidas de expansão da Procura são compatíveis a curto prazo com as metas do défice orçamental. Mas esta é outra conversa.
O que é verdade e o tempo que levamos já de crise assim o demonstra é que a política do governo e da Troika de expansão da Oferta e Contracção da Procura não nos leva nem à melhoria das contas pública nem ao desenvolvimento económico a médio e a longo prazo.