domingo, 19 de abril de 2015

Uma aposta socialista no crescimento bem sucedida!...

O PS, não podemos negá-lo, é um partido cheio de coerência. E a aposta no crescimento que tem proposto para o país fez já caminho luminoso no âmbito interno. De crescimento em crescimento, o PS chegou a uma dívida robusta de 11 milhões de euros e parece que não sabe como pagá-la. Ou, melhor, sabe: pelo que vem referindo, quem a deve pagar é o Estado, uma maneira eufemística de dizer que somos todos nós.
O que, efectivamente, só demonstra coerência: se a a aposta para o crescimento do país deve ser paga pelo orçamento europeu, a aposta no crescimento da dívida do partido deve obviamente ser paga pelo orçamento nacional. Uma aposta, aliás, bem socialista, em que uns recolhem o benefício e os outros são chamados a pagar.
E, com tal lastro, dizem que apostam que vão governar o país. Se assim for, não é difícil prever quem vai pagar a aposta!...
PS: Não consegui o link que deu origem ao post, mas trata-se de notícia do DN, na página 12 da edição de ontem, cujo título é o seguinte: " Se o PS tiver razão, passivo do Rato fica em 2,5 milhões". 

7 comentários:



  1. Ora viva, Caríssimo António!

    Já supunha teres esgotado todos os foguetes na terça-feira.

    Quanto a este teu apontamento, duas notas:

    - O link parece-me estar desactualizado.
    - O que não impede de perceber o que lá estará escrito e juntar à tua ironia o meu desconforto por viver num país afogado em falta de vergonha.

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  2. Fiquei sem perceber dessa história que produto/serviço o PS não conseguiu vender neste período, nem como ganhar as eleições vai aumentar as vendas para que a dívida acabe paga. É da minha vista ou o Costa confessou-se corrupto com todas as letras e não se passa nada?

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  3. Caro Rui:
    Primeiro que tudo, o meu amigo já devia saber que no céu azul e branco o foguetório nunca esgota e a festa dura sempre. Tem, é claro, alguns momentos supremos, como espero que seja amanhã...
    Depois, tens toda a razão. O link que indiquei foi o que vi ontem e agora não consigo repôr. Por isso anulei o link. Mas trata-se de notícia do DN, na página 12 da edição de ontem, cujo título é o seguinte: " se o PS tiver razão, passivo do Rato fica em 2,5 milhões".
    Também a revista Sábado, noutros moldes, se referia ao assunto. http://www.sabado.pt/portugal/politica/detalhe/ps_deve_11_milhoes_de_euros.html
    E dizia que "há sedes de concelho (como as de Gaia e Leça da Palmeira) com rendas em atraso, e água e luz cortadas".
    Lindo, lindo é que quem não sabe governar a casa própria se arrogue a governar a casa dos outros...

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  4. Parece que a aposta no crescimento já cresceu em territórios dantes insuspeitos de tal devaneio lírico-utopista.
    As voltas que o mundo (as eleições) dá (dão) à cabeça de tanta gente séria, bem pensante e de acção «eficaz» e «eficiente».
    O espectacular efeito do crescimento no Orçamento
    (In blog EconomiaInfo)
    http://economiainfo.com/
    Mas aqui no 4R vê-se mais depressa um mosquito nos olhos do inimigo do que um boi nos nossos.
    É a chamada isenção crítica.

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  5. Caro José Fontes:
    Não me parece que tenha razão. Por um lado, porque sempre aqui no 4R procurei comprovar a asneira tremenda, e até irracional, na actual conjuntura económica do país, de se poder atingir crescimento através de mais gastos públicos.Foi esse o veneno que não podemos repetir.
    Por outro lado, o link que remeteu refere que o peso da despesa publica no PIB é previsto recuar em 4,9 pontos (para 44,4%, um mínimo desde 2002). Diz o documento:"trata-se de uma redução que é quase o dobro da verificada entre 2010 e 2014, isto apesar de nos anos da troika terem sido subtraídos à despesa 8500 milhões de euros..."
    Assim sendo...

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  6. Caro Pinho Cardão:
    Como sabe, o Plano de Estabilidade e Crescimento é puro folclore eleitoral.
    Com um gordo foguete de Crescimentismo que nenhuma instituição internacional credível prevê.
    Logo, não havendo aquele Crescimentismo eleitoralista, a redução da despesa que refere não passa de outro foguete eleitoral.
    Para pacóvio ver nada melhor do que foguetório: costuma ser colorido e sempre enfeita o céu.

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  7. Caro José Fontes:
    Prever só é fácil a posteriori. Por isso, é que todas as instituições internacionais "credíveis" fazem correcções periódicas às previsões. Entre instituição e instituição não há diferenças muito significativas, umas décimas para lá, umas décimas para cá. E entre as estimativas do governo e as estimativas dessas instituições "credíveis" também não se vislumbra desvio que monte. Não é aí que está o gato.
    Mas tudo isto por causa de uma coisa tão simples que é a bancarrota financeira do PS, em que algumas sedes já viram cortadas a água e a electricidade? Mas que fuga para a frente!...

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