quinta-feira, 21 de maio de 2015

Contas Externas em 2015: que nos diz o 1º trimestre?


  1. Cá estamos de novo neste tema central, pois foram hoje divulgadas (BdeP) as contas externas para o 1º trimestre do ano, confirmando a tendência de melhoria já observada nos dois meses primeiros meses: apura-se este ano um superavit no conjunto das Balanças Corrente e de Capital, de € 350,7 milhões, que compara ao défice de € 172,2 milhões do mesmo período de 2014…
  2. …sendo esta melhoria totalmente imputável ( e ainda bem) à Balança Corrente, cujo saldo passou de - € 749,3 milhões em 2014 para - € 118,5 milhões em 2015, enquanto o saldo da Balança de Capital, de + € 469,2 milhões, está algo aquém do observado em 2014, de + € 577,1 milhões.
  3. A melhoria de € 630,8 milhões na Balança Corrente ficou a dever-se, sobretudo, à Balança de Bens, cujo défice diminuiu € 490,5 milhões (efeito petróleo), beneficiando ainda de um maior saldo positivo na Balança dos Serviços, de € 102 milhões (para € 1.875,8 milhões), traduzindo o efeito Turismo em especial.
  4. Quanto á Balança de Rendimentos (Primário + Secundário) registou-se uma ligeira melhoria, passando de um défice de € 342,1 milhões em 2014 para um défice de € 303,8 milhões em 2015…sendo de relevar, nesta categoria, a forte subida do saldo das Remessas de Emigrantes, que passou de €  583,5 milhões em 2014 para € 664 milhões em 2015, ou seja + 13,8%.
  5. Tudo ponderado e com a boa ajuda da factura do petróleo (por enquanto) a coisa não vai nada mal nesta frente…mas, pela minha parte, tenho por muito oportuno o alerta do FMI, no seu recente relatório sobre a economia portuguesa, para o facto de a batalha da competitividade externa não estar ganha, faltando ainda muito trabalho ao nível de alterações estruturais…
  6. …pelo que bastará um “cheirinho” de Crescimentismo, daquele que por aí tem vindo a ser prometido – embora em tons suaves para não assustar – para inverter esta situação e voltarmos, sem glória nem proveito, ao inferno dos desequilíbrios externos e da acumulação de dívida…

12 comentários:

  1. Anónimo18:35

    O "bosta", se lá chegar, trata já disso!

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  2. Caro Tavares Moreira,

    são as notícias que se espera de um país feito de gente boa. O que isto não seria que o garante da constituição garantisse o princípio da soberania popular?... Não é só o cheirinho de Crescimentismo que tem que ser evitado, é também o pivete de aristocracia estatal que gerou o relatório do FMI que tem que ser resolvido. É que o primeiro, depende da vontade popular. O segundo foi montado contra ela. Pode ser que no próximo ano tenhamos um governo escolhido pelo povo e um PR que o respeite.

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  3. Caro Luís Franco,

    O personagem que jocosamente refere não estará só nesse revivalismo Crescimentista...ouça os comentadores televisivos mais habituais e poderá confirmar esta minha suspeita...

    Caro Pires da Cruz,

    Embora redigido em estilo caricatural, e de elevado nível como é habitual, a parte final do seu comentário deixa-me as maiores dúvidas...
    Será que o preclaro Pires da Cruz estará a antecipar a escolha popular do candidato SdaN, que promete redimir o País de todas as desgraças e sofrimentos, a começar na flageladíssima classe dos Professores?
    P.S. Quanto ao nosso almoço, pelo menos com Bartolomeu e (espero) com Pinho Cardão, tendo em conta a sua indisponibilidade na próxima semana, sugiro o encontro na semana seguinte, de preferência na Taberna do El Corte Ingles e a 2 ou a 4 de Junho.
    Aí poderíamos afinar, co maior precisão, a estratégia de ataque ao FUSO...Vale?

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  4. Um fuso nascido a 4 de Junho? Parece-me bem. Mas SdN não foi já escolhido pelo povo? Estava lá todo, o Soares, o Sampaio, enfim, se isto não é povo, onde está o povo?

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  5. Caro Pires da Cruz,

    Relativamente a 4 de Junho, vamos então trabalhar para que se concretiza esse repasto lisboeta que seja ao mesmo tempo exercício de preparação para o mais ambicioso ágape a realizar em Arruda, no FUSO.
    Quanto à escolha de SdaN tem toda a razão, eu diria mesmo que a candidatura foi já plebiscitada por todo o Povo, tendo em conta que as individualidades que cita representam, praticamente, a totalidade da população (admito que de fora fiquem apenas o Senhor, eu, o Pinho Cardão e poucos mais cidadãos relapsos).
    SdaN será então o Farol a iluminar a política económica em Portugal, tal como o Syriza ilumina hoje a política económica da Grécia que, como sabemos, vive uma fase de intensíssima prosperidade.

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  6. Nem a Sampaio da Nóvoa, nem qualquer outro da esquerda à direita, passando por independentes-dependentes, darei a honra de me representar seja naquilo que for.
    Lamento desiludi-los, caros Amigos mas, a Taberna do El CorteIngles, não figura na lista das minhas preferências gastronómicas. Assim, e rogando que me relevem a falta, prefiro aguardar pela data possível para o encontro no Fuso em Arruda.

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  7. Caro Bartolomeu,

    Não teremos alternativa a não ser respeitar as suas opções gastronómicas, no sentido positivo - ou seja de escolher uma que se situe no seu campo de preferência - nesse sentido venho sugerir a Cave Real, na 5 de Outubro, muito próximo da ex-Maternidade Alfredo da Costa.
    A cozinha é excelente, a relação preço/qualidade soberba.
    E pode acontecer que, pela vizinhança da Maternidade, no decurso do ágape nasçam ideias brilhantes em nossos cérebros...
    Vale?

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  8. Não conheço "essa" Cave e se me permite a observação, caro Dr. Tavares Moreira, não me parece que o nome «Real» contraste com a localização «5 de Outubro». Mas, por vezes, as contradições parem boas surprezas.
    Desçamos então no próximo dia 4 de Junho à tal cave Real que honra a República com os seus pratos democráticos a preços proletários.

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  9. 5 de Outrubro parece-me bem em dia de feriado religioso roubado pelos neoliberais ao serviço do imperialismo capitalista.

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  10. Caros Pires da Cruz e Bartolomeu,

    Nada como combinar realeza e república para se obter um cenário perfeito para o desejado ágape. O Cave Real, podem crer, proporciona mesmo bons momentos degustativos, apesar de não poder ser equiparado ao velho FUSO, que não tem rival...
    Teremos agora de trabalhar na recolha de participações para 4 de Junho, pois ainda não vi, pelo menos da parte de Postistas e Comentadores deste Blog, para além destes 3 veteranos, qq sinal nesse sentido.
    Poderemos ainda aproveitar o evento para entronizar alguns participantes como membros da Confraria SdaN...

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  11. O Sr. brinca com o fogo, caro Dr. Tavares Moreira. Às tantas ainda nos entra Sampaio da Novoa pela Cave dentro, e com o seu ar de realeza senta-se à nossa mesa e coloca-nos à frente propostas de apoio à candidatura e eu quero ver como é que "descalça a bota". Por mim, se ele me subornar com o almoço assino até dez propostas com nomes diferentes... desde que o uísque esteja incluído no contrato...
    Quanto à aderência dos confrades quartarepublicanos, penso que não existem motivos que possam evocar para não nos darem a honra da sua companhia.

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