Sabem os meus Amigos que não rasgo as vestes nem cedo a populismos fáceis. Nas situações em que a garantia da dignidade do Estado ou de outras instituições públicas implica despesa, ninguém leu aqui protesto ou indignação por mim subscritos. Não sou, por isso, suspeito de populismo fácil a pretexto de gastos públicos. Mas o alegado caso que faz esta notícia parece-me ser merecedor de toda a atenção por quem tem a responsabilidade política de zelar pela aplicação de dinheiros públicos nestes tempos em que, como a Sr.a Ministra das Finanças esclareceu, os cofres estão cheios mas ainda à custa da dívida.
É certo que se diz na notícia que o jornal apurou; e não é menos certo - pelo menos para mim - que há que desconfiar do rigor com que os jornais apuram. Porém, é importante que a tutela, essa sim, apure, porque a notícia não pode deixar de valer como denúncia. E a ser verdade - nem que seja pela metade! -, sendo em qualquer contexto escandalosa a despesa, na atual conjuntura é, para além de um escândalo, um insulto aos contribuintes, e a todos aqueles a quem, sofrendo e passando dificuldades, o Estado não pode acorrer por escassez de meios.
José Mário
ResponderEliminarTambém li a notícia que merece ser esclarecida pelo governo euro por euro.
É fácil e barato fazer festas com o dinheiro alheio, em especial de quem não o tem. Não estamos em tempos de gastar dinheiro em festas. E ainda que os cofres estivessem cheios de PIB, será sempre necessário justificar muito bem como se gasta o dinheiro público.
Cara MCA
ResponderEliminarCom alguma ironia mas não toda, eu diria que o ponto de partida deveria começar por definir os limites dos parâmetros que incidem sobre o valor da chamada “sustentabilidade” das pensões.
Assim deveria inscrever-se na Constituição Portuguesa, à semelhança do que propõe a maioria para o valor do défice público, um limite máximo da taxa de desemprego na ordem dos 6%, um saldo migratório positivo, um saldo demográfico igualmente positivo e um salário mínimo com acréscimo obrigatório todos os anos proporcional ao crescimento económico.
Os governos deferiam assim ficar obrigados a executar as políticas indispensáveis à concretização destes objectivos.
Não deveriam incitar os jovens à imigração nem criar uma instabilidade permanente no emprego, nem proceder à diminuição de salários. Estou certo que obedecendo a estes preceitos constitucionais deixaríamos de falar na chamada sustentabilidade das pensões.
Tendo sido o Entroncamento, o local escolhido para a festatra coisa não seria de esperar. Trata-se claramente da ocorrência de um fenómeno!
ResponderEliminarNeste caso, nem estou contra a administrção da IP, mas sim contra a política de IVA sobre bens alimentares de primeira necessidade. É óbvio que a exorbitância do valor gato se fica a dever à taxa de 23% que recaiu sobre as sandochas de fiambre e as gasosas servidas. Resumindo: a festarola acabou por resultar em mais receita para os cofres do estado.
A Maria Papoila é que a sabe toda, não falha.
Por engano coloquei aqui um comentário que se destinava ao POST da MCA. Não consegui apaga-lo.
ResponderEliminarAs minhas desculpas
Este senhor que, diz ele, só faz maravilhas, deveria ser responsabilizado pelo caos que vai na(ão) cobrança de portagens nas ex SCUT.
ResponderEliminarMas a malta do governo tem pouco tempo para ler jornais, sobretudo quando são do norte.