A mãe da Vice-Ministra das Finanças do ex-ministro Varoufakis levantou 200 mil euros antes do fecho dos bancos. Claro que foi mera coincidência e a filha "nada teve a ver com isso". E até se demitiu, sim, mas "por discordar do acordo de Alexis Tsipras em Bruxelas".
Tsakalotos, o novo Ministro das Finanças, o "aristocrata vermelho", como é chamado por ser filho de uma família muito rica, foi objeto de polêmica, quando sua declaração de património como deputado revelou que tinha investido grandes somas de dinheiro na Black Rock e no JP Morgan.
Tsakalotos explicou que se tratavam de investimentos de seu pai, que tinha acrescentado seu nome como co-proprietário destes bens. E também nada tinha a ver com isso.
Ora aí está uma bela estratégia win, win: manter a coerência ideológica, vociferar contra bancos e banqueiros e o capitalismo internacional, mas colocar o dinheiro em lugar seguro... Ah, e ter uns paizinhos ricos e amigos...
Se há algo que a história do comunismo nos ensina é que os casos de esquerdalhice da boca para fora mas a carteira sempre, sempre, sempre do lado direito não são raros. Nesta canalha comunista moderna mas que diz que não é comunista é o que não falta.
ResponderEliminarFica claro que o esquerdismo desta rapaziada (e raparigada) é sobretudo um produto para vender a incautos/tontos, como a velha banha-da-cobra, na hora da verdade o seu comportamento, como estes episódios bem ilustram, é o reverso do que vendem...
ResponderEliminarMeu caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarNa verdade, de todos aqueles que defendem os pobres, os trabalhadores explorados, os reformados com pensões de miséria, os desempregados sempre houve intelectuais ricos que tomaram o seu partido. Não os banqueiros, os políticos comprometidos com os banqueiros, os grandes empresários, os gestores de topo das empresas públicas e privadas, porque estes sempre colocaram os seus interesses acima de qualquer solidariedade para com os mais pobres. Costumam dar esmolas e aconselham os governos a abrir cantinas e outros lugares da sopa aos pobres e miseráveis e a isso se resume a sua “ajuda”.
É muito comum aparecerem intelectuais de famílias ricas a tomar a defesa dos mais pobres. A História está cheia disso. Não sei portanto onde reside a sua admiração.
Caro Carlos Sério:
ResponderEliminarTire os intelectuais e eu concordo com o seu primeiro período. Mas já não concordo com o segundo, porque os ricos que se comprometeram com uma mudança social em favor dos mais desfavorecidos só podem ter enriquecido devido à sua iniciativa empresarial, ou da família, da banca às empresas de todo o tipo.
Mas não é isso que está em causa. O que está em causa é querer manter o estatuto de rico à custa de uma pretensa defesa dos mais desfavorecidos. Porque não me consta que a generalidade tenha aplicado a sua fortuna em favor daqueles que dizem defender.
Tudo gira à volta do mesmo.
ResponderEliminarFernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:
[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]