segunda-feira, 3 de agosto de 2015

China: mudança de paradigma demográfico?

Também a China está a envelhecer, a falta de natalidade passou a ser um problema. A lei do filho único, em vigor desde 1972, imposta para impedir a explosão da população teve o efeito oposto. A população da China está a decrescer, a população idosa está a aumentar e a população activa a diminuir.
Também a China conheceu prosperidade e sofre dos mesmos problemas causados pelo desenvolvimento económico que afectam os países do Ocidente. O decréscimo da população activa, em idade de trabalhar, é, lá como na Europa, uma ameaça ao crescimento económico. 
A falta de crianças ameaça o futuro de um país. Portugal enfrenta esta realidade, felizmente não por imposição de uma lei absurda e brutal.
As pressões para que o governo chinês "liberalize" a natalidade são grandes. Mas parece que para já, a lei do controlo da natalidade vai autorizar os casais a terem dois filhos.  

6 comentários:

  1. Os chineses podem resolver a reprodução, recorrendo à imigração de excedentes africanos, como faz a europa.

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  2. Cara Margarida,

    Essa lei que limitava a um do nº filhos/casal, que teve contornos dramáticos, implacáveis e desumanos, na sua aplicação, está a voltar-se contra a economia chinesa e irá condicionar muito negativamente o desempenho dessa economia por largos anos.
    São os benefícios do planeamento central, dirão alguns dos nossos Tudólogos, que tanto apreciam essa forma de gerir as economias.

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  3. Discordo da opinião do Dr. Tavares Moreira, quando atribui responsabilidades do desempenho da economia, ao decréscimo demográfico. E digo que discordo, básicamente pelo seguinte: porque foram exigidos à economias e às suas competitividades, níveis demasiadamente superiores à sustentabilidade demográfica do planeta.
    O resultado - de que a China é um exemplo flagrante - é uma população imensa a viver no limiar do mínimamente humano, desejável. Uma população cuja existência serve somente os interesses de uma economia que exige crescer sem limites, não dando para isso o menor valor à vida, exigindo portanto o crescimento demográfico mas, um crescimento selecionado, ou seja; seres cuja utilidade se reflita em crescimento económico. Mas não é somente na China que se vive esta realidade. Em muitos outros lugares do globo, as economias requerem o nascimento de mão-de-obra a qualquer custo. Brevemente chegaremos ao descarte por eliminação, daqueles que já não poderem servir a economia, garantindo-lhes os lucros que a sustentam. Hitler tinha razão? Provávelmente, teria, a História o dirá. Por enquanto, limitamo-nos a compilar números e as suas grandezas confrontados com uma moral hipocrita e ignorante, ainda contingenciada pelo poder católico em contraponto aos poderes liberais, revolucionários e radicais.
    Vamos ver no que é que tudo isto vai resultar...

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  4. Calculo que na aldeia dos meus pais (contando as casas vazias) poderemos acolher 70 famílias de refugiados,pensando também na maioria das leiras e terras aráveis poderia alimentar muito mais gente.
    Como se diz, a necessidade faz o engenho; aqui a decisão sutentavel politica, esperemos que queira integrar a falta da natalidade, com o dever de ajudar quem foge da miséria e guerra.
    As sete aldeias a volta que conheço estão em iguais circunstancias.

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  5. Caro septuagenário
    Antes de qualquer outra solução, a liberdade de reprodução é essencial!

    Dr. Tavares Moreira
    Manipular a demografia em função dos interesses económicos é, em si mesmo, uma brutalidade!

    Caro Bartolomeu
    Recebi um comentário no meu mail acerca do post que se enquadra bem na sua exposição:

    Começamos a ter uma sensação estranha em relação ao problema demográfico. Estamos a encarar, cada vez mais, a procriação - um acto natural de qualquer ser vivo - à luz das necessidades de "mercado", ou seja, há que ter filhos para alimentar o sistema. Havemos de chegar à situação extrema de os descartar, a esses seres vivos, se ou quando não interessarem a esse "mercado".

    Caro Antonio Cristovao
    Bom ponto! E estamos a precisar de repovoar o nosso território, sem o que não conseguiremos aproveitar os nossos recursos. Não nos deveríamos dar ao luxo de ter terras abandonadas, aldeias fantasmas, história, tradição e cultura ignoradas. Estou em crer que aos poucos concluiremos da vantagem de um certo "back to basics".

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  6. Cara Drª Margarida,
    Sinal de que poderá estar a emergir uma consciência colectiva, com tendência para tornar o obscuro, transparente e assim adquirir o desejado equilibrio entre aquilo que é natural e aquilo que é essencial de uma forma verdadeiramente sustentável, devolvendo ao ser humano a dignidade e o direito de existir sem sujeição nem dependência de economias desenfreadas.

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