domingo, 24 de janeiro de 2016

Resgate sem drama

Ao mesmo tempo que a Grécia caminha para o terceiro resgate, a S&P revê para o nível superior a notação dada aquele País. A esquerda que depositava em Tsipras toda a esperança de uma nova revolução, volta-se agora para Espanha, crente que será dali que virá o desassossego de que se alimenta. O discurso anti austeridade já deu o que tinha a dar. 

6 comentários:

  1. “Ao mesmo tempo que a Grécia caminha para o terceiro resgate…”

    Acredita mesmo meu caro JMFA que a “culpa” é da governação do Tsipras? Todos os economistas (n ão alinhados com a doutrina do “não há alternativa”) são unânimes em afirmar que qualquer que fosse o governo com as condições impostas à Grécia jamais se poderia alcançar um crescimento económico satisfatório e um regresso aos mercados.

    O mal não está na governação do Tsipras ou de qualquer outro governo, o mal reside nas condições de austeridade máxima impostas à Grécia por revanche pelo poderoso poder económico e financeiro que hoje domina a UE. E que está a destruir o que resta do modelo social europeu e que caminha a passos largos para a própria destruição do euro. A Europa não é nem pode tornar-se num novo império alemão com as suas colónias do sul da europa.

    Desiludam-se os Migueis de Vasconcelos que andam por cá.

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    1. Não, meu caro Carlos Sério, não critico a governação de Tsipras pois tenho a ideia de que o governo grego atual, tal como os anteriores, faz o que o deixam fazer. O que me espanta é a ilusão que alguns alimentam de que um Estado sem soberania fiscal poderá fazer com que seja diferente.

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  2. Houve tempos em que a esquerda, ps, tomava como exemplo, os países considerados mais evoluídos do norte da Europa. Agora procura os seus exemplos nos menos evoluídos e no que deles há de pior. Até o podemos parece que já lhes serve. A Grécia, e quem conhece o mínimo da sua realidade, e de certa população, sabe que aquilo não passa(va) de uma máquina de absorver dinheiro dos outros. Chegou a uma altura e disseram, alto! Foi um problema, sabia tão bem viver à custa dos outros. Só nessa altura é que pensaram que podia ser um drama social.

    Se os países todos adoptassem a mesma postura, gostava de saber quem emprestaria dinheiro aos outros nos momentos de aflição. Como fui educado a pagar o que devo, não concebo as coisas de outra forma. Dar, dá-se a quem realmente precisa, não a quem vive às custas dos outros, como foi a Grécia no tempo do partido socialista deles e pretendia continuar a ser com o syriza. Parece fatídico, governação socialista acabar em desgraça.

    Há pessoas a quem nunca devemos emprestar dinheiro de qualquer maneira, porque sabemos antecipadamente que elas o vão gastar mal gasto. Tão mal gasto que podem acabar por destruir o euro.

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  3. Bom post. E oportuno.
    Acontece, caro Ferreira de Almeida, que a Grécia está como está por ter usado e absurdamente abusado da sua soberania, ao ponto de não conseguir viver com ela e precisar da alheia.
    É coisa que o Carlos Sério entende perfeitamente, mas que, por ideologia, prefere negar.

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  4. Caro JMFA

    Não será tanta sem soberania fiscal mas antes sem soberania orçamental e quando as forças que impõem tais políticas orçamentais visam não os interesses económicos e sociais dos países mas tão só os seus egoístas interesses financeiros seguramente que tudo se torna difícil.
    Mas uma coisa é aceitar tal domínio e subordinação com resignação ou mesmo como algo de positivo, outra será lutar por uma alteração e mudança de políticas da liderança da UE.
    A Grécia esteve isolada contra tais políticas, mas Portugal junta-se a essa corrente e talvez a Espanha siga em breve o mesmo caminho. Depois virá a Itália e sabe-se lá quem mais.
    Uma coisa é certa para haver crescimento económico na UE terá forçosamente que haver alterações de políticas e acabar de vez com essa cegueira pelas políticas de austeridade.

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  5. Se a Espanha tiver um governo de esquerda irá muito certamente deixar o caminho de recuperação que tem vindo a trilhar com este governo, para se juntar ao grupo da pobreza. Portugal para lá caminha. Juntamente com a Grécia, Portugal e Espanha estará formada uma corrente de pobreza.

    Por sua vez, essa corrente de pobreza poderá arrastar outros países, como é intenção dos bloquistas. Só mesmo as pessoas do ps apoiantes do costa é que não vêem isso, porque as do be sabem bem o que querem.

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