segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Há falta e não há falta de médicos, em que é que ficamos?

A falta de médicos é um assunto recorrente, assim como são recorrentes medidas que correm atrás dos prejuízos. Quero dizer com isto, que temos sido incapazes de reter os médicos que tanta falta fazem, seja porque abrimos as portas da reforma antecipada aos médicos com mais conhecimento, seja porque assistimos à emigração de jovens médicos formados nas nossas escolas a que se somam os jovens que partem para o estrangeiro para fazer o curso de medicina. 
Quer os que se reformam quer os que partem fazem-no por desmotivação. Razões que se prendem com a gestão do trabalho e falta de organização dos serviço e do SNS, as burocracias dos concursos e as dificuldade de acesso à profissão, a falta de perspectiva de carreira e desenvolvimento profissional, etc. motivam que tantos médicos desistam do SNS e, a bem dizer, do país.
Nada disto faz sentido, parece-me, a menos que me esteja a escapar alguma coisa. De novo, a falta de médicos está na origem de mais esta medida de atrair médicos reformados ao trabalho permitindo que acumulem pensão e salário sem qualquer penalização. Claro que se não há médicos alguma coisa é preciso fazer para resolver o problema rapidamente. Mas pergunto-me se é este tipo de medidas que precisamos para resolver o problema de fundo, a falta de médicos. O bastonário da ordem dos médicos diz que vai haver excesso de médicos. Enquanto não há, há falta. Tudo muito confuso...

4 comentários:

  1. Aos nossos olhos - porque temos uma forte ligação - o Brasil caracteriza-se por dois aspectos especiais: pela folia e colorido do seu carnaval e pela sua múltipla e enraizada religiosidade.
    Quanto ao carnaval, não ha dúvida que já "importamos" quase por completo o "espírito", quanto à religiosidade, penso que andaríamos muito bem se importássemos, pelo menos, aquela que mais falta nos faz.
    Refiro-me especialmente à devoção e ao culto a Nossa Senhora Desatadora de Nós. Segundo as referências bíblicas, Eva ao desobedecer, atou um nó que tornou a humanidade prisioneira e que, Nossa Senhora, por obediência, o desatou.
    A nós, à nossa lusitana existência ajudaria imenso, que Nossa Senhora operasse o Milagre de desatar os apertados nós que abundam na coisa pública e cingem os portugueses, impossibilitando-os de construirem uma sociedade equilibrada, justa, capaz de se auto-apoiar e de se auto-sustentar.
    Carnaval, é um curto periodo ilusório em que tapamos com caricaturas, musica e de falsos brilhos, a triste impotência para desatar os muitos nós que nos prendem e que, devido à nossa natural impertinência... um dia achamos que são nós... no outro achamos que não.

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  2. O governo não tem que fazer ao dinheiro! Se há dinheiro a mais, o costa não precisava de estar com malabarismos no orçamento.

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  3. Anónimo14:54

    O profissionais liberais com menos de 35 anos vão trabalhar para fora deste país porque lá pagam, proporcionalmente, menos impostos.

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  4. Anónimo12:47

    Médicos com 30 anos de carreira (uns 55 de idade) começam a não estar para aturar o povoléu que pensa que são criados deles, que lhes pagam os ordenados, etc. Isto é o trivial nos centros de saúde.
    Querem uma TAC à cabeça pois têm dores de cabeça e outras aleivosias.
    O estado não o permite (o carro à frente dos bois), e também porque as estatísticas em breve mostrariam que as caixas dos pirulitos estavam vazias. Uma raça especializada em vácuo.
    Os raros que entendem que trabalhar dá o sustento, trabalham; senão, ficam à espera do subsídiozito.
    Quem quer andar "de burro para cavalo", trabalha até aonde o estado deixar. Caso contrário, aldabra.

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