No princípio, era o fim da austeridade, a aposta no crescimento, através do consumo, a eliminação imediata da CES,inconstitucional, o aumento das reformas, o fim imediato do IVA da restauração, a retoma dos vencimentos dos funcionários, o horário das 35 horas e maná a cair dos céus a todo o momento. Promessas vãs ou logo oneradas por novas exigências. Mas ainda ontem ouvi o 1º Ministro a repetir o fim da austeridade.
Tive vergonha. Lembrei-me de uma grande maioria de reformados com aumentos mensais da pensão de muitos poucos euros, aumentos logo ultrapassados pelo acréscimo de impostos sobre a utilização de cartões de débito e de crédito (sim, os reformados também usam cartão), pelo acréscimo do imposto sobre os combustíveis e o tabaco (sim, muitos reformados têm carro e viajam e até fumam), e aumento de impostos sobre o consumo de outros bens( os reformados também consomem).
Tive vergonha. Lembrei-me de uma grande maioria de cidadãos trabalhadores do sector privado que, não vendo os salários aumentados, vêm diminuído o seu nível de vida, graças aos novos impostos que lhes são esportulados.
Tive vergonha. Porque também me lembrei que impostos sobre os combustíveis aumentam os custos empresariais, diminuem a competitividade e fomentam o desemprego.
E tive também vergonha, porque aquela bandeira, a do crescimento do consumo como motor do crescimento foi logo a primeira a ser golpeada por quem a erigiu.
Eu sei, sempre soube, que a elaboração do orçamento é tarefa árdua e complicada e vai exigir sacrifícios. Mas, tenham vergonha, não nos tomem por burros chapados. Façam tudo o que quiserem, mas não nos venham dizer que a austeridade acabou. Se têm algum resto de dignidade.
Na mesma linha, mas talvez dentro de parêntesis, de acordo com o Dinheiro Vivo
ResponderEliminar"Missão do FMI arrasa com cenário macro de Centeno"
http://www.msn.com/pt-pt/financas/negocios/miss%c3%a3o-do-fmi-arrasa-com-cen%c3%a1rio-macro-de-centeno/ar-BBp7h5C?ocid=spartanntp
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminar"Mas, tenham vergonha, (...) não nos venham dizer que a a austeridade acabou. "
Mas não têm. Quando uma pessoa como o costa chega a pm e se ouve o be a gritar pseudo verdades está tudo dito.
Aliás as máquinas de propaganda desses 2 partidos andam muito ocupadas a falar do passado para não se falar do presente.
Mais, hoje no programa regiões (sobre as regiões) da antena 1, o governo até teve bastante tempo de antena (não é costume o program). Até me pareceu que a locutora ficou atrapalhada por ter tanta informação do governo para passar. Triste! Quando não se sabe governar vive-se na intriga.
É isso mesmo, caro Alberto Sampaio. Aliás, nessa matéria, o princípio de Peter explica quase tudo...
ResponderEliminarO Orçamento foi aprovado em Conselho de Ministros...mas:
ResponderEliminarhttp://economico.sapo.pt/noticias/bruxelas-insiste-sem-medidas-de-950-milhoes-orcamento-e-chumbado_241663.html
Ou melhor, o projeto do Orçamento de Estado.
ResponderEliminarAtenção a isto:
ResponderEliminar"Ao contrário do que chegou ontem a ser noticiado nos media nacionais, Bruxelas não deu qualquer tipo de luz verde ao esboço do OE/2016, nem qualquer sinal no sentido de que pode ser aprovado sem a necessidade de medidas adicionais no valor de 950 milhões de euros. O próprio comissário europeu para a Economia, Pierre Moscovici - que, supostamente, teria dado o ‘ok’ a Lisboa -, veio desmentir a informação. “Só para clarificar, as conversas orçamentais com o governo português ainda estão a decorrer. A Comissão vai tomar a sua decisão na sexta-feira”, escreveu na rede social Twitter."
"O Executivo não vai, porém, esperar por Bruxelas. Já enviou medidas no valor de 500 milhões e espera agora que a Comissão faça o resto do percurso, preparando-se para aprovar hoje uma proposta de OE que não inclui os 950 milhões."
ResponderEliminar"Da capital belga chegam sinais de incredulidade por Lisboa aprovar o documento antes de o prazo das negociações terminar e sem ir ao encontro do exigido. Um alto responsável comunitário sublinha que “ainda nem as medidas de 500 milhões foram avaliadas, para ver se batem certo”, pelo que o Governo se prepara para avançar internamente sem garantia externa. “Qual é a pressa (de Lisboa)?”, questiona."
ResponderEliminarCaro Pedro Almeida,
ResponderEliminare a resposta é: "governar em roda livre"
contas fazem-se no fim ...
Portugal está preso pelo fio da notação da DBRS...Se a proposta de Orçamento for rejeitada e a DBRS rebaixar a nota do país, deixa de ser possível o financiamento do BCE. Nesse caso, a caminho de um novo resgate...Sócrates foi para Paris. Para onde irá o António Costa?
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ResponderEliminarLá diz o povo: "Quem não tem vergonha, todo o mundo é seu". O OE2016 é uma ficção martelada. Ainda por cima, não vejo uma única medida do lado da despesa em acabar, ou pelo menos diminuir, a catrefada de institutos, agências, fundações e quejandas que nos sorvem até ao tutano. E mais. Não haverá nenhuma ideiazinha para reduzir também os gastos com a administração autárquica, reduzindo freguesias e porque não, também câmaras municipais?
É que é sempre para o mesmo lado. Mais receita até que " a galinha morra".
Já chega.
De uma coisa a direita não pode escusar-se – a sua responsabilidade no aumento suplementar de impostos a que o governo de António Costa se viu obrigado a incluir no Orçamento.
ResponderEliminarO empenho frenético e obsessivo que a direita e os seus apoiantes têm manifestado em desacreditar o Orçamento de um governo que se tem esforçado junto de Bruxelas por torná-lo menos austero para com a maioria dos portugueses, é uma odiosa manifestação da acesa luta ideológica e partidária que vem mantendo contra o governo de esquerda. Chegam ao ponto de ir a Bruxelas pedir o chumbo do Orçamento, criando dificuldades acrescidas às negociações do governo. É um comportamento indigno, odioso e miserável e que custou já um aumento de austeridade do que o esboço do Orçamento inicialmente se propunha.
Os portugueses ficam a dever à direita esta dose superior de austeridade. O aumento suplementar nos combustíveis e um menor crescimento (menor valor do PIB).
Carlos Sério,
ResponderEliminarEstá a perder o gás...Esse é um comentário repetido, além de saber que o conteúdo não é verdadeiro. Se o DRAFT do Orçamento não apresentasse problemas, quer o Conselho de Finanças Públicas, quer a UTAO não teriam feito as críticas que fizeram.
Portanto, existiram, sim, problemas factuais, por mais que isso, no fundo, lhe doa! Isto para além do facto de que TAMBÉM o PS aprovou o Tratado Orçamental e, portanto, as suas regras e compromissos, ao contrário do PCP, Verdes e BE.
ResponderEliminar"O Governo terá já conseguido aproximar-se das pretensões da Comissão, apresentando nesta altura um ajustamento do défice estrutural – que desconta o efeito do ciclo económico e de medidas temporárias e ‘one-off’ – em torno de 0,1% do PIB. Um valor que, apesar de representar um progresso significativo face ao ponto de partida – que era um agravamento acima de 0,5% do PIB -, fica ainda aquém dos 0,2% exigidos por Bruxelas.
ResponderEliminarO Governo entrou para o dia de hoje confiante de que uma décima de diferença era o suficiente para o Orçamento ser aprovado, mas Bruxelas terá dito que não. É que as regras europeias são claras: para que o Orçamento não esteja em “sério incumprimento”, o desvio face às recomendações específicas do Conselho Europeu tem de ser inferior a cinco décimas. Como a recomendação para Portugal é que haja um ajustamento de 0,6% do PIB, a correcção mínima para sair do incumprimento grave é de 0,2% do PIB. E, idealmente, deveria ser mesmo 0,2% do PIB, não 0,18%.
Tudo somado, faltam nesta altura cerca de 200 milhões no Orçamento - um valor que o Jornal de Negócios já avançou na edição de hoje -, para que o mesmo saia do incumprimento grave, passando estar “apenas” em incumprimento – recebendo, assim, luz verde, com reservas."
http://economico.sapo.pt/noticias/bruxelas-e-lisboa-mantem-negociacoes-ainda-faltam-200-milhoes-de-euros_241758.html
Isto tem a ver com cumprimento de regras e contas que batam certo! Não é "Logo se vê e quem vier atrás que feche a porta"!
O que acho engraçado nesta coisa toda do orçamento é que está a gastar-se tanto tempo e tantos rios de tinta numa coisa que é uma ficção. Veremos a ver quanto tempo até ser necessário um orçamento rectificativo e, acima de tudo, dentro de sensivelmente um ano ver-se-á o que é que deste orçamento acabou por bater certo. Muito pouco, certamente.
ResponderEliminarEu então acho engraçado o Carlos Sério fazer crer que infelizmente António Costa se viu obrigado a incluir o aumento de impostos na proposta de Orçamento graças à "direita". Mas o próprio António Costa apareceu hoje muito satisfeito fazendo crer que "a página tinha sido virada"...Eles já não sabem o que hão-de dizer...
ResponderEliminarMas, Sr. Pinho Cardão, pensei que o senhor já estivesse acostumado com as demagogias das esquerdas, que vendem o paraíso nas campanhas eleitorais e entregam o inferno ao final de seus confusos e populistas governos!!!!
ResponderEliminarBem pode a inconformada direita liberal radical esbracejar no atoleiro em que se deixou mergulhar, o certo é que, António Costa a “meteu no bolso” e bem lá no fundo.
ResponderEliminarSe é liberal, como pode ser radical?
ResponderEliminar"De uma coisa a direita não pode escusar-se – a sua responsabilidade no aumento suplementar de impostos a que o governo de António Costa se viu obrigado a incluir no Orçamento." Mas como se coaduna essa afirmação com a afirmação dele, segundo a qual "a página foi virada"? Então ele "meteu a direita lá bem no fundo, mas a responsabilidade pelo aumento de impostos é dela?
Ó Carlos Sério, quanto mais escreve, mais se enrola...
Mas essas enrolações ainda são o menos. Daqui a uns meses conversamos sobre o Governo...
ResponderEliminarO destempero emocional no confronto de ideias é a reacção própria de uma direita radical quando desafiada a sua dominação.
ResponderEliminarÓ Carlos Sério, não há aqui destempero nenhum. O meu amigo foi ofendido, ferido na sua honra? Constato que não, como constato também que não respondeu (e é livre nas suas opções) aos questionamentos que formulei.
ResponderEliminarInteressante notícia que publica hoje o jornal ABC:
ResponderEliminarhttp://www.abc.es/internacional/abci-costa-amenazo-bruselas-para-conseguir-verde-presupuesto-portugues-201602060224_noticia.html
A ser verdade não será de admirar que mais adiante a brincadeirinha seja paga com lingua de palmo.
A “brincadeirinha”
ResponderEliminar“Em termos formais e políticos, o Governo português ganhou”. E porquê? “Chega a um OE que tem o cuidado de apresentar contas equilibradas, ao mesmo tempo, não tendo de abdicar das medidas” que lhe poderiam custar o apoio dos partidos seus parceiros na Assembleia.
Sendo necessários mais impostos, a comentadora da TVI defendeu ainda a opção pelos impostos indirectos, aqueles “a que se pode fugir”, não fazendo as despesas que lhes estão associadas, ao contrário do que acontece com o IVA ou com o IRS. No caso dos impostos indirectos, disse “pagam todos, mesmo os turistas”, sendo que os impostos que incidem nos produtos importados têm também “um efeito benéfico na balança comercial”.
“Não posso ficar a chorar pela banca. As pessoas também estavam numa situação frágil e tiveram de suportar cortes nos salários, nas reformas e aguentar o aumento dos impostos...”
Manuela Ferreira Leite
Ouçam pelo menos, as palavras da convidada deste BLOG IV Republica
http://www.noticiasaominuto.com/politica/533292/governo-portugues-sai-beneficiado-desta-negociacao-com-bruxelas
Lá está o meu amigo de novo! Alguém disse aqui que não ouvia ou lia a Drª Ferreira Leite? Superada essa questão, cito-o de novo:
ResponderEliminar"De uma coisa a direita não pode escusar-se – a sua responsabilidade no aumento suplementar de impostos a que o governo de António Costa se viu obrigado a incluir no Orçamento."
Então em que ficamos?
"Em termos formais e políticos, o Governo português ganhou”. E porquê? “Chega a um OE que tem o cuidado de apresentar contas equilibradas, ao mesmo tempo, não tendo de abdicar das medidas” que lhe poderiam custar o apoio dos partidos seus parceiros na Assembleia."
ResponderEliminarO meu amigo subscreve essa ideia? Como coaduna isso com aquela sua afirmação, segundo a qual "De uma coisa a direita não pode escusar-se – a sua responsabilidade no aumento suplementar de impostos a que o governo de António Costa se viu obrigado a incluir no Orçamento"?
Eu faço estes questionamentos porque sinceramente ainda não entendi o motivo da sua contradição...
PONTO DE SITUAÇÃO: Resumo das principais medidas do OE
ResponderEliminar(partilhem, divulguem, por aqui se fica a saber da verdadeira extensão da austeridade e do agravamento da carga fiscal)
Fica claro que este Orçamento, é mesmo um virar de página na "austeridade", e que coloca mais rendimento disponível nas mãos do povo português.
Senão vejamos!!!, Exceptuando o:
1) aumento do imposto de selo sobre comissões cobradas aos comerciantes
2) o aumento do imposto cobrado aos sócios de uma empresa sob título de remuneração de suprimentos (que resultam de empréstimos dos sócios à própria empresa)
3) o aumento do imposto de selo agravado para crédito ao consumo.
4) o aumento do imposto sobre os produtos petrolíferos.
5) o aumento do imposto sobre o tabaco.
6) o aumento do imposto sobre as bebidas alcoolicas
7) o aumento do imposto sobre veículos.
8) o aumento da contribuição sobre o sector bancário, que irão agravar os custos cobrados aos clientes.
9) o aumento dos impostos sobre transportes de produtos agrícolas.
10) o aumento de impostos sobre os alugueres de máquinas e equipamentos agrícolas.
11) o aumento do IRS para os casais com filhos.
12) o aumentos de impostos sobre os pães de leite e pão de tostas.
13) o aumentos do Imposto de Circulação.
14) o aumento do IMI para todos os imóveis que estejam a ser utilizados para industria, comércio e serviços.
15) o aumento dos custos salariais para as empresas.
16) o aumento dos custos de produção com os 4 feriados adicionais.
17) o prejuízo na economia de quase 3 mil milhões de euros que irão custar esses 4 feriados adicionais.
18) o bloqueio da promessa da redução da TSU para salários até 600 euros.
19) o bloqueio do processo da redução do IRC.
20) os aumentos dos juros da dívida pública que anteriormente, no prazo a 10 anos andavam nos 2% e agora já passaram os 3% (um agravamento de 50% em menos de 2 meses).
21) o aumento dos impostos sobre viaturas eléctricas.
22) os aumentos dos custos com horas extraordinárias no sector público.
23) os vergonhosos aumentos inferiores à inflação de 0,4% nas pensões mais baixas, (logo os pensionistas mais pobres irão ter uma diminuição do valor real da pensão).
24) o aumento da factura dos juros do país, a pagar sobre mais 25 mil milhões da dívida pública para os próximos em 4 anos.
tirando para já todos estes aumentos, fica claro que de facto este orçamento, acabou de vez com a austeridade.
E todos estes aumentos e impostos para quê? Para termos todos que pagar os aumentos dos salários dos funcionários públicos que ganham acima de 1500 euros mensais, para pagarmos a redução do seus horário semanal de trabalho para 35 horas, e para pagarmos a eliminação da CES sobre as pensões acima dos 4 mil euros mensais, e para pagarmos a entrega do sector dos transportes públicos, novamente aos sindicatos da CGTP e ao PCP.
E eis claramente e objectivamente, o que é o OE para 2016.
(Distrital do Porto do CDS-PP).
Então a nossa esquerda é a favor da eliminação da CES sobre as pensões acima dos quatro mil euros mensais? E o que dizer dos míseros aumentos das pensões mais baixas?
ResponderEliminarDeputada Cecília Meireles a respeito do Orçamento (Vídeo)
ResponderEliminarLink para o vídeo:
https://vimeo.com/154348133
"No orçamento de 2016 há cerca de mil milhões de euros de impostos indirectos que vão levar a um aumento generalizado dos preços. Estes mil milhões de euros serão canalizados para aumentar os salários da função pública e o rendimento de reformados que ganham mais de 4000 euros e para os donos de restaurantes. Haverá, portanto, uma transferência de rendimento do sector dos bens transaccionáveis para o sector dos bens não transaccionáveis, reduzindo os incentivos para participar e investir em actividades produtivas no sector privado. É mais um passo para se voltar ao status quo de 2011."
ResponderEliminarVide quadro II.3.6 Medidas Orçamentais em 2016 - Contas Nacionais, em:
http://blasfemias.net/2016/02/06/redistribuicao-de-riqueza/
Como já aqui defendi, os funcionários públicos deviam ser os últimos a beneficiar de aumentos, neste caso reposição de salários. Nem novas contratações, sejam de que tipo forem. Mas até nisso, o governo fraqueja ao contratar tantos assessores e afins para o governo.
ResponderEliminarÉ um estado cada vez mais "gordo." Ainda há uma ou duas semanas um ministro (devia ser o da solidariedade) anunciava que iria contratar 900 professores para dar formação para equivalência (novas oportunidades V2.0).
Na rádio o anão e silva exulta a conquista do orçamento. Fica comprovado ser mais um lacaio disfarçado de comentador independente.