segunda-feira, 6 de junho de 2016

Injustiça nas críticas ao Partido Socialista

Não me revejo nas críticas e análises que censuram o PS por consagrar o seu congresso à celebração dos êxitos (reais ou virtuais) da geringonça e por elogiar os seus parceiros à esquerda. Penso até que se deve louvar a facilidade, diria mesmo a naturalidade com que o PS se disponibilizou para a mudança na sua orientação política tradicional, mudança que os dirigentes socialistas mais destacados esperam que contribua, como li hoje, para que a geringonça vá além desta legislatura. É justo reconhecer que, mantendo-se o PCP igual a si próprio e o BE coerente com os seus objetivos políticos, foi o PS que se aproximou destas forças, abandonando algumas bandeiras e ajudando a erguer as do PCP e do BE. O exemplo mais acabado é o distanciamento do Tratado Orçamental que o PS votou e que o "destacado dirigente social-democrata" Pacheco Pereira convida a rasgar no meio do gáudio e ruidoso aplauso do conclave socialista. Não seria difícil encontrar, ao longo da ainda curta existência da frente de esquerda, outras evidências deste bem sucedido novo rumo.
Faça-se, pois, a justiça de aceitar que o PS, porventura regressado à sua matriz constitutiva, está acompanhado por quem deve estar nesta cruzada de destruir a imagem que ao longo de décadas de si criou. E está-o com inegável sucesso.

9 comentários:

  1. Quando as coisas são feitas com superior competência, e ela não pode ser negada neste processo de identificação do PS com os programas do PC e a extrema-esquerda, o sucesso dos dirigentes é garantido. Basta ver e ouvir o apoio consistente e entusiástico da Catarina Martins cada vez que fala, e fala em todos os telejornais. O povo? Mas que lhes interessa o povo?

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  2. Mas o povo não é o Pacheco Pereira? Se isto não é o povo, onde é que está o povo?

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  3. Eu sinceramente não entendo o motivo de Pacheco Pereira não ter sido ainda expulso do PSD, quando nitidamente já optou pelo PS, ainda que a título informal. Não se trata de não respeitar a liberdade de cada um, mas a partir do momento em que um membro de um partido assume publicamente oposição a esse partido e começa, cada vez mais, a aparecer em iniciativas de outro partido e a abraças as suas bandeiras e opções, é óbvio que deixou de se identificar com o seu primeiro partido.

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  4. Pois, será que o séquito que corre atras do Coelho ainda não percebeu?

    A melhor garantia oferecida para a continuidade do governo e do seu apoio parlamentar é sem dúvida a permanência e a continuidade de Passos Coelho como líder do PPD.
    Ele é o ROSTO do empobrecimento e da desgraça que levou a casa de muitas e muitas famílias portuguesas.

    Quanto mais este rosto aparecer nas televisões criticando o governo do PS, e contrapondo e oferecendo as mesmas receitas de sempre “da austeridade para sair da austeridade” melhor será para a governação de António Costa. E o PP vai pelo mesmo caminho, entrando em competição com o PPD na divulgação pública da sua fidelidade à receita da austeridade.

    Que continuem assim a aparecer muitas vezes nas televisões, sempre tão solícitas para com eles. Será seguramente o maior contributo para fortalecer a união e solidez do apoio parlamentar do governo PS pelas náuseas cada vez maiores que causam a quem os vê e os escuta.

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  5. Pacheco Pereira conhece bem a história do PCP. Logo, sabe o que, politicamente, vale um mártir. Pelos vistos a direção do PSD também...

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  6. pacheco pereira deve ser um frustado.
    quanto ao congresso do ps não vou perder o meu tempo.

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  7. E a do PS também, porque só o convida para fazer figura de corpo presente. Não vá ele gostar e ficar, devem existir conversações secretas em que o Psd ameaça expulsa-lo e o PS responde que o máximo que arrisca é um convite para um almoço à borla....

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