domingo, 12 de junho de 2016

O fabuloso logro da geringonça

Metas para 2016 do PS (Programa dos Economistas), com vista às eleições de 2015: 
-investimento: 7,8%
-exportações: 5,9%
-consumo privado: 2%
- PIB: 2,4%
Metas para 2016 do Orçamento de Estado (governo da geringonça):
-investimento: 4,9%
-exportações: 4,3%
-consumo privado: 2,4%
- PIB: 1,8%
Nem com as demagógicas metas do Programa dos Economistas, António Costa ganhou as eleições.
E com tais economistas no governo (que me lembre, três ministros, Centeno, Caldeira Cabral e Vieira da Silva) ou como deputados (Galamba e Paulo Trigo Pereira), logo teve que alterar as metas, o que prova a intrujice inicial das mesmas. 
E já neste mês o Banco de Portugal perspectiva assim:    
-investimento: 0,1%-compare-se com os 7,8% dos ditos Economistas
-exportações: 1,6%-compare-se com os 5,9% dos Economistas ditos
-consumo privado: 2,1%
- PIB: 1,3%-compare-se com os 2,4% dos Economistas, ministros e deputados 
Claro que para a geringonça tudo vai bem. Se o poder pelo poder era o objectivo...

16 comentários:

  1. Curioso ter retirado o parâmetro do emprego, sempre se podia comparar com a maquilhagem do anterior governo:
    Como a Direita mascarou o desemprego em Portugal:
    https://youtu.be/kurgA5GYsoU.
    E os 8 Orçamentos Rectificativos em 4 anos?
    É obra.
    Portanto, compare à vontade o previsível insucesso deste governo, por enquanto baseado em estimativas, com os números definitivos do anterior.
    Mas considere que este é, por natureza mau, e o anterior era, por natureza, bom.
    Que faria se fosse como este.

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  2. Este Manuel Silva é um castiço.Então Costa não berrou que saiam 300 por dia e que já somavam 300.000? E agora com o desemprego a crescer estão regressando?Rectificativos não é uma coisa normal?Só mostra a verdade dos números.
    Certo é que já enfiou no Estado mais de 20.000.
    Cego é pior do quem não quer ver.

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  3. Senhor opjj:
    As incoerências do discurso do Costa peça-lhe a ele que as justifique.
    Eu não sou tutor, apaniguado ou votante no Costa: voto em branco há muito tempo, infelizmente.
    E tenho as maiores dúvidas nos bons resultados das políticas que prossegue.
    Mas o que me incomoda é a vossa cegueira e fanatismo ideológico.
    Pura difamação, veneno lançado ao vento permanentemente, maldade da mais pura e reles.
    Aos erros do governo anterior (confirmados pelo tempo: com 8 OE rectificativos em 4 anos; a martelagem dos números do desemprego; o aumento da dívida; a não resolução dos problemas da banca, etc.) chamam sucesso.
    Aos erros deste (ainda sem a confirmação da realidade, só passaram 6 meses, mas desde o 1.º dia que a vossa verve assassina se mostra activa) chamam desastre.
    Veja o vídeo e desminta os números.
    E já agora, proponha o anterior governo ao Nobel da Economia: conseguiu fazer o que ninguém fez no mundo, fazer crescer o emprego líquido com a economia em recessão ou a crescer em 2015 apenas 1,5%.
    Ora, o que é pacífico nas instituições internacionais que estudam o assunto e também na comunidade dos economistas é que o emprego líquido só cresce a partir de 2% de crescimento económico.
    Um verdadeiro milagre da Santa da Ladeira.
    Se louvar isto não é fanatismo ideológico. cegueira da mais aguda, é o quê?

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  4. Senhor opjj:
    Referi o vídeo mas esqueci-me de deixar o link.
    Mas o senhor já o deve ter visto no meu comentário do post anterior.
    Aqui fica de novo, para causar náuseas aos fanáticos ideológicos.
    Como a Direita mascarou o desemprego em Portugal:
    https://youtu.be/kurgA5GYsoU

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  5. Qualquer dia vão escolher tendo o universo eleitoral circunscrito às camarilhas partidárias. O Voto Universal ficará dividido entre a Praia e votos nulos. Já podem procurar a tendência de voto a partir das últimas eleições. Somem abstenção, votos nulos e brancos e vejam o resultado.Isso não vos recorda António Maria da Silva em 1925?
    Acham que o pessoal vai continuar alegremente a pagar para vos suportar o casamento de conveniência entre finança e política?

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  6. Agora mesmo a sério: há verdades que incomodam mesmo, como se pode ler acima. Malcriadamente, aos berros, e tudo.
    Continuem, que os cães ladram mas a caravana passa, como costumava dizer o Cunhal.

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  7. Pois, credibilidade é passar uma campanha eleitoral a acenar com valores de investimento de 7,8% e logo após reduzi-los para 4,9%; ou com valores de exportação de 5,9% e depois reduzi-los para 4,3%. Valores em que nenhuma instituição internacional e nacional acredita, desde a UTAO ao Conselho das Finanças Públicas. E muito menos no crescimento estimado do PIB, também logo reduzido.
    Claro que são estimativas; mas umas destinavam-se pura e simplesmente a ganhar eleições, enquanto as outras são independentes de qualquer processo eleitoral.
    Democracia com qualidade anda longe, muito longe, destas habilidadezitas democráticas. Por isso, a abstenção, o voto em branco, a hostilidade ou má vontade contra os políticos.

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  8. Senhor Pinho Cardão:
    Tem toda a razão, trata-se de habilidadezinhas eleitorais que todos devemos denunciar.
    Mas o que não devemos é achar essas habilidadezinhas condenáveis e ocultarmos ou esquecermos as dos nossos amigos.
    Sabe ao que me refiro?
    A isto:
    As mentirolas de Passos Coelho
    https://www.youtube.com/watch?v=1OhP5592WI4
    Nem condenar o convite ao pulha do Sócrates para ir à inauguração do Túnel do Marão e enaltecermos figurões como este.
    O elogio a Dias Loureiro
    https://youtu.be/c2mhTEKrvcw
    Somos nós, com estas atitudes de dois pesos e duas medidas, que criamos o caldo de cultura em que proliferam atitudes e personagens com as que, muito maioritariamente, nos têm governado desde há muito tempo.
    E a Quarta República e o senhor são dois maus exemplos da opção de dois pesos e duas medidas que temos na blogofera.
    Por isso deixei de aqui vir (só muito esporadicamente o faço, apenas para confirmar a continuação da minha avaliação negativa), tal como deixei de frequentar quase toda a blogosfera: uma cloaca mal-cheirosa, um local de ódio e de intolerância entre as pessoas.

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  9. Caro manuel Silva,

    o video que indica baseia-se essencialmente numa alteração do ine de 2011 que esse economista só agora descobriu. Porquê? Porque sabe que este governo não vai conseguir cumprir nada do que prometeu e precisa de desculpas.
    Em segundo lugar o dito professor é investigador num centro que sob a capa da investigação apenas gera ideologia. Basta ler o site.
    Portanto, é um vídeo faccioso. É pena que esse professor não refira a bancarrota que resultou nisto tudo.

    O problema não foi passos coelho, mas sim a bancarrota do ps. Agora apoiado por mais 2. Como é possível alguém apoiar quem levou o País à bancarrota!?

    Quanto à sua independência, estamos conversados pelas suas afirmações e vídeos que nos trouxe.

    No fina nais não resistiu a insultar. Devia lembrar-se das palavras do caro Carlos Sério acerca de quem insulta.

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  10. Caro Alberto Sampaio:
    Pois a sua análise é absolutamente correcta e tem naturalmente a minha concordância.
    E bate no ponto, quando diz que sob a capa da investigação o que no referido centro se gera é ideologia. Paga por todos nós.
    Quanto a quem insulta, pois só insulta quem já não tem outros argumentos ou é mal formado e mal educado. Como dizia o outro, deixá-los falá-los, que acabam por se insultar a si próprios.

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  11. Chega de retórica.
    Em 1926 o Nin. das Finanças, Sínel de Cordes, tentou acertar as Contas Públicas através de um empréstimo externo. Foi boicotado por Afonso Costa e outros. Não vou discutir as razões da ditadura nem dos Republicanos vou aos factos.
    Em 1928, gostem ou não dele, - eu não o apreciei pela insensatez da guerra que me levou à Guiné - Salazar reformou o sistema financeiro. Reformou a CGD, fazendo dela um banco de investimento para onde transferiu empréstimos delongo prazo de bancos comerciais. A reforma arrastou-se por décadas
    Oitenta anos depois estamos para aqui esgrimir argumentos que não levam a lado nenhum.
    Assumam - PàF e geringonça - a vossa responsabilidade nisto tudo. Foram décadas de promiscuidade político-financeira que resultaram nisto. Foram os eleitos por nós, de ambos lados, que o provocaram. Com que lata aparecem depois a pedir votos? Alguém acredita que uns são melhores que os outros quando nos vendem o vosso dogma dos offshores? Será que, sem confessarem, querem voltar ao Salazar?
    Espero que ninguém se ache insultado, pois não tive tal intenção

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  12. Caro Gaudêncio Figueira:
    O post não fala do passado, fala do presente.
    À falta de argumentação válida, alguns comentadores vieram ao Quarta República insultando e tecendo processos de intenção. Se entraram nesta casa, deviam comportar-se cá dentro, no mínimo, de forma digna, contestando, porventura, mas de forma compatível com um relacionamento educado e democrático.
    O que eu não vi nesses comentadores foi a crítica dos dados objectivos do post. E são esses dados que levam a recear o futuro e a contestação cada vez maior dos cidadãos aos políticos e o alheamento da política, esse um verdadeiro perigo para a democracia.

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  13. Pinho Cardão, eu limitei-me a recorrer à história como ponto de partida para que sentissem que a questão política está muito para além das décimas deste e daquele indicador. A corrupção que levou ao desaparecimento do PASOK na Grécia deveria preocupar-nos muito mais que estas minudências.
    O Zé Povinho tem preocupações para além dessas. O descalabro financeiro em que nos movimentamos foi criado pelos partidos que temos. Assumam as responsabilidades pelo muito mal que fizeram ao País pensando e agindo, exclusivamente, em função dos interesses de meia dúzia

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  14. Caro Gaudêncio Figueira,

    Concordo que todos os partidos com assento na AR, mas mesmo todos, têm responsabilidade na situação actual. Neste momento, já nenhum partido pode enjeitar responsabilidades. Andam todos por lá há demasiado tempo para o poderem fazer. No entanto, uns mais do que outros, e o ps com 3 bancarrotas será o mais responsável e não aceito que os seus responsáveis não sejam responsabilizados criminalmente, ou pelo menos impedidos de qualquer acção política durante um período muito alargado.

    Também e muito grave (mas um bom indicador do carácter das pessoas) que existam dois partidos que apoiem a formação de um governo por um partido e pessoas que conduziram o País à bancarrota 4 anos antes.

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  15. Sois livres de discutirem essas minudências.
    Não vos impeço de me tentarem convencer de que A é menos "ladrão" que B escondendo a realidade com (+ -) 0,1 deste ou daquele indicador.
    Em causa estão - convençam-se disso - milhares de milhões como estavam em 1930.
    Recuso-me escolher alguém, destas elites, para tratar dos interesses colectivos.
    Deixo-vos uma sugestão. Em vez de discutirem os problemas pela espuma por que razão não conversam em conjunto, e, em privado, para responderem a pergunta simples. Como vamos reabilitar a Democracia que enterrámos em 40 anos? Venham essas ideias.



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  16. Caro Gaudêncio Figueira,

    sou um mero comentador neste blog. Julgo que se dirige a quem tem um pouco mais de peso.

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