domingo, 4 de setembro de 2016

A tal aposta no crescimento

O Ministro da Economia admitiu  que a economia pode crescer este ano à volta de 1,2%. Metade do que previa o pitoresco Plano Económico do PS apresentado há um ano, o Plano da tal aposta no crescimento e no fim da austeridade. 
Curioso que o Prof. Caldeira Cabral foi um dos 13 Economistas que apostaram, a par do economista Centeno, do economista Vieira da Silva, do economista Galamba, do economista Trigo Pereira, ilustrados catedráticos, doutorados ou doutorandos. E Ministros, 3 deles. 
Lembra-se que tal aposta se baseava nos poderes milagrosos de um mirífico power-point onde se previa um crescimento de 5,9% das exportações, e de 7,8% do investimento,valores perfeitamente delirantes à partida e, depois, torturados por uma política geringôncica que os colocou no patamar mais baixo de há anos a esta parte. 
Enfim, aposta furada, economia a crescer menos do que antes. Apostar sem risco, com o dinheiro dos outros, é fácil. Eles continuam grandes economistas e maiores do que antes, se possível. Nós vamos pagando a aposta e a conta.

13 comentários:

  1. Os portugueses deem-se por satisfeitos com essa "expressiva" taxa de crescimento! Pior estamos nós, brasileiros, que temos de conviver com taxa negativa acima de 3% e desemprego recorde!! Os socialistas daqui, percebo, são mais "eficientes" que os daí, caro Dr. Pinho Cardão!!!

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  3. O socialismo no seu melhor. Esta esquerda é muito boa a usar o dinheiro que outros governos tenham "amealhado". Quando esse dinheiro não existe não sabe o que fazer, para além de conversa para enganar tolos.

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  4. Sr. Pinho Cardão:
    E que tal se fizesse uma análise realista da situação.
    Mas a partir dos dados objectivos:
    Pode começar por aqui: http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2016/09/cinco-palavras-chave-para-perceber.html
    Não a partir de uma lógica das claques que diabolizam o adversário, como refere Nuno Garoupa aqui (em 2 posts): http://destrezadasduvidas.blogspot.pt/2016/09/as-claques-e-diabolizacao-do-adversario.html
    Senão, a sua «guerrinha do alecrim e da manjerona» fica-se por umas análises muito, muito poucochinhas.

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  5. monhés
    'ter muito esperto
    nos cabeça'

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  6. Por enquanto, caro Paolo Hemmerich, por enquanto...Se estes estiverem no poder tantos anos como aí, não sei...não sei...

    Caro Alberto Sampaio:
    De facto, imagem, só imagem. conversa, só conversa, sem substância ou conteúdo.

    Caro Manuel Silva:
    Análise realista da situação? Então quer ainda mais realista do que aquela que fiz?
    E análise realista é aquela que os economistas do PS fizeram, que o PS fez e que a geringonça adoptou com algumas alterações em que nenhum dos pressupostos se cumpre e, consequentemente, nenhum dos objectivos económicos se atinge? Onde está o crescimento prometido? E onde é que já vai a dívida? E a carga fiscal onde vai? E a produtividade? E as exportações, que resultam da competitividade? E o investimento?

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  7. Eu até acho que o governo tem feito milagres. Por exemplo, a dívida subiu 5% do PIB até Julho e o défice só 2,5%, o que é um admirável esforço de desmaterialização da despesa.

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  8. Bem, face a algumas medidas "emblemáticas" deste governo, bem capazes de fazer fugir o investimento estrangeiro e nacional para além do horizonte, eu até acho que os número até são bem bons! Ou antes, são bons demais! Ou antes, duvido muito que sejam credíveis... ou que, na melhor das hipóteses, não piorem significativamente.

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  9. Caro João Pires da Cruz:
    De facto, um verdadeiro milagre de são geringôncio, mesmo para quem neles não acredite...
    E é mesmo um aborrecimento que à dívida nada possa escapar, por mais desorçamentações que se façam. Vai tudo lá bater. Nas empresas, como no estado, é pela tesouraria que morre o peixe. E parece que Costa continua bem apostado a morder o anzol, para mal de todos nós...

    Caro Gato Gorka:
    Pois é...o humor é que nos vai salvando!...

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  10. A governaçao do ps, bloco e pcp tem sempre desculpa. Ou é a conjectura, ou a herança, ou ... (o blog referido antes é um bom exemplo - desculpas)
    Nunca assumem responsabilidade pelas asneiras.

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  11. CARO Pinho Cardão,

    “Análise realista da situação? Então quer ainda mais realista do que aquela que fiz?”

    Se o Pinho Cardão chama análise àquilo que escreveu, … vou ali já venho.
    Não analise coisa nenhuma, limita-se como sempre a diabolizar a actual governação.
    Uma análise realista teria que enunciar por exemplo, que o défice está, pela primeira vez ao longo dos últimos anos, abaixo dos 3%, que em Portugal a descida homóloga da taxa de desemprego está a ser mais acentuada que à média dos países do euro e que pela primeira vez desde Julho de 2009, o número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego foi inferior a 500 mil, que por exemplo, o saldo primário das administrações públicas registou um excedente de 316 milhões de euros, traduzindo-se numa melhoria de 901 milhões de euros face ao mesmo período de 2015, que o índice de novas encomendas na construção apresentou uma variação homóloga de 20,7% no 2º trimestre de 2016, que, por exemplo, o volume de negócios do comércio a retalho em Portugal cresceu 1,8% em Julho, valor apenas superado pela subida de 2,3% registado no Luxemburgo. O crescimento médio na União Europeia foi de 1,0% e na Zona Euro de 1,1%, etc, etc.

    Quanto ao Investimento, seria bom que o Pinho Cardão analisasse de facto o que está a acontecer. Anunciasse por exemplo que em 2015, quando comparado com o mesmo trimestre de 2014, a FBCF cresceu 8.6% no primeiro trimestre, 5.2% no segundo trimestre, 2% no terceiro trimestre e 1% no quarto trimestre.
    Se olharmos para os dados em cadeia, que comparam cada trimestre com o trimestre anterior, a FBCF cresceu 4.4% no primeiro trimestre de 2015, 2.6% no segundo trimestre, mas caiu 3.8% no terceiro trimestre, tendo crescido apenas 0.6% no quarto trimestre.
    A FBCF no primeiro trimestre de 2016 só cai porque compara com o melhor trimestre de 2015; quando comparamos com o último trimestre de 2015, a FBCF até cresceu marginalmente, estando ligeiramente acima dos valores dos terceiro e quarto trimestre de 2015.
    Enfim,
    Quanto às previsões do crescimento, o menor crescimento tem tudo a ver com causas externas, difíceis de prever, e um analista que se preze tem que equacionar tal questão.

    Sabe, meu caro Pinho Cardão, uma coisa é certa, enquanto no anterior governo tóxico PàFiano, se discutia por esta altura do ano, o valor dos cortes nas pensões, agora, nos tempos de António Costa, discute-se o valor do aumento nas pensões.
    E, isto, faz toda a diferença.


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  12. As minudências em discussão carecem desta visão global de um potencial candidato a Presidente da República:

    O G20 a gozar conosco!…
    As vinte maiores economias mundiais - 0 G20 - estiveram reunidas na China, um regime capitalista de partido único, com a particularidade de o Estado ser o capitalista mais proeminente.
    A opinião pública mundial embasbaca com a publicidade e a encenação dadas a estes eventos pela “informação controlada” pelos poderosos do planeta.
    Para quem não embarque em tretas, sucedeu o lógico. Apesar das diferentes comésticas políticas internas, o G20 decidiu um ainda maior liberalismo selvagem, contra a protecção do pouco que os outros países mais débeis do que eles, ainda produzem. É um programa em que as economias mais fortes engolirão as mais débeis, nestas acentuando-lhes a proletarização e a calculada extinção crescente da classe média, por esta se tratar da mais forte crítica das políticas socialmente injustas.
    Coincidentemente, vemos o Prémio Nobel, sr. Stiglitz - o qual venho subscrevendo nalgumas questões de economia social - defender que países mais débeis, como Portugal e a Grécia, se retirem da zona euro, aliviando assim a União Europeia para, segundo diz, não estarem sujeitos a medidas que realmente impedem o crescimento.
    Também iriam definitivamente ao ar as respectivas classes médias, pois o pouco aforro que ainda conseguiram, acabaria desvalorizado em menor poder de compra da nova moeda resultante.
    Nem os países do G20 têm o direito de impôr um comércio liberalizado que destrua as economias nacionais e regionais mais débeis, nem é fora da zona euro, aliviando os outros, que países como Portugal têm de encontrar soluções de crescimento. É dentro, através de alianças que formem blocos de pressão sobre o funcionamento, forçando assim alterações a uma melhor justa distribuição na área geográfica do projecto que os países mais ricos ainda dizem ser comum.
    Até porque fora do euro ficar-se-ia ainda mais à mercê das fontes, quase todas privadas, que têm crédito para conceder… mas nas condições por eles em princípio usurariamente ditadas.
    E se escrevo isto, é para que amanhã, quando o “povo unido” enganado chorar os barretes que enfia, não me incluírem nesse grande grupo de “tansos”.
    Funchal, 6 de Setembro de 2016
    Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim
    Propaganda da melhor para mascarar a triste realidade!

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  13. os leitores assíduos do tal blog das desculpas à má governação de acosta e seus companheiros de desgoverno, estão muito activos neste. :-)

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