Dados dos primeiros 8 meses do ano em que, por decreto, a austeridade acabou: há mais empresas a fechar e menos a abrir.
Pois é, a realidade é o que é, não o que as fantasias dos políticos gerigôncicos e os especialistas de programas governamentais em power-points teimam em iludir.
Com um governo que só consegue sobreviver apoiado por adversários do investimento e do sector privado, estranho seria que outra coisa acontecesse.
Eles bem sabem que não há mesmo economia sem confiança. Mas o que é que lhes interessa a economia?
Hoje espantou-me o economista Jão Duque elogiar o governo pela criação de postos de trabalho.
ResponderEliminarPergunta dum Saloio de Lisboa e Bicho do Mato; alguém me sabe dizer onde foram criados os postos de trabalho?
Bom, o Presidente da Câmara do Porto criou umas centenas(policia municipal e não só) e disse que vai criar mais umas centenas.Lisboa fez o mesmo, dos outros não sei. Faltam ainda muitos ministérios- Educação,Saúde, Justiça, Negócios estrangeiros,RTPs etc...
A emigração acabou, mas o meu sobrinho emigrou e não conta!
"Mas o que é que lhes interessa a economia?"
ResponderEliminarEMPREGO
Emprego cresce em Portugal o dobro da União Europeia
O Eurostat divulgou a 13.09.16 o seu boletim relativo ao emprego no segundo trimestre de 2016. Na variação em cadeia, Portugal registou um aumento do emprego de 0,6% que compara com os 0,3% registados no conjunto da União Europeia. Na Zona Euro o crescimento foi de 0,4%.
INQUÉRITO ÀS EMPRESAS
Duplicou o número de empresas que pretende contratar neste ano e no próximo.
O estudo “Total Compensation 2016“ da consultora Mercer divulgado a 14.09.16 indica que 49% das empresas inquiridas pretende fazer contratações neste ano e no próximo. Em 2015, este valor era apenas de 26%.
Este indicador é francamente positivo, uma vez que o inquérito foi conduzido junto de 305 empresas, sobretudo multinacionais, representando um universo de 160 mil trabalhadores.
INDICADOR DE CLIMA ECONÓMICO
Indicador de clima económico voltou a aumentar em agosto. Desde de Dezembro do ano passado que este indicador não recua, apresentando variações positivas ou nulas. O indicador subiu de um valor de 0,7 no último mês de 2015 para 1,4 em agosto de 2016.
A OCDE E A ECONOMIA PORTUGUESA
“De Setembro de 2014 a Junho de 2015 o indicador avançado subiu, atingindo nesse mês o valor máximo recente (100,9), após o que caiu até ao início de 2016 (100,2).
A partir de Março, porém, observam-se recuperações mensais, tendo o indicador atingido em Junho o valor de 100,6, que se repete agora em Julho, último mês actualizado pela OCDE.
O indicador compósito avançado tenta antecipar, em seis a nove meses, pontos de viragem na actividade económica em relação à tendência (100)”.
(dados da OCDE publicados a 08.09.2016)
TAXA DE DESEMPREGO
A taxa de desemprego no 2.º trimestre de 2016 foi 10,8%. Este valor é inferior em 1,6 pontos percentuais (p.p.) ao do trimestre anterior e em 1,1 p.p. ao do trimestre homólogo de 2015; é o valor mais baixo desde o 1.º trimestre de 2011.
(INE 10.08.2016)
“O desemprego está a descer em praticamente toda a Europa, com 24 estados-membros a reduzirem o peso do número de pessoas à procura de trabalho, mas os dados divulgados a 31 de Agosto, pelo Eurostat, revelam que em Portugal a descida homóloga está a ser mais acentuada, tanto em termos de taxa de desemprego como em número de desempregados”. (jnegocios 31.08.2016))
VENDAS A RETALHO
ResponderEliminarAs vendas a retalho cresceram 3,1% em Portugal durante o mês de Junho. Foi a maior subida mensal entre os 28 Estados-membros da União Europeia.
Os dados do gabinete de estatísticas da União Europeia mostram que as vendas a retalho na Zona Euro estabilizaram entre Maio e Junho, após subidas muito ligeiras nos dois meses anteriores, e que caíram 0,2% no conjunto da União Europeia.
CONSTRUÇÃO
O índice de novas encomendas na construção apresentou uma variação homóloga de 20,7% no 2º trimestre de 2016.
(INE 23.08.2016)
TURISMO
O Instituto Nacional de Estatística no boletim de junho de Actividade Turística refere que os proveitos acumulados desde início apresentam um crescimento de 16,5% face a igual período do ano passado.
SALDO PRIMÁRIO
O saldo primário das administrações públicas registou um excedente de 316 milhões de euros, traduzindo-se numa melhoria de 901 milhões de euros face ao mesmo período de 2015.
DÉFICE PÚBLICO
Até julho deste ano, o défice das Administrações Públicas (AP) diminuiu 543 milhões de euros face ao mesmo mês do ano passado. De acordo com um comunicado do ministério das Finanças sobre a síntese de execução orçamental de julho de 2016, esta redução decorre de um aumento da receita de 2,8%, superior em 1,5 pontos percentuais ao crescimento da despesa.
AS EXPORTAÇÕES
No total dos 12 meses terminados em Julho de 2015:
Importações foram de 60,276 mil milhões de €€
Exportações foram de 51,325 mil milhões de €€
Saldo : -8,951 mil milhões de €€
No total dos 12 meses terminados em Julho de 2016:
Importações foram de 59,510 mil milhões de €€ (diminuiram 766 milhões de €€, ou 1.3%)
Exportações foram de 53,407 mil milhões de €€ (aumentaram 2,082 mil milhões de €€, ou 4.1%)
Saldo : -6,103 mil milhões de €€ (diminuiu 2,848 mil milhões de €€, ou 31.8%)
(retirado do Blog Dívidapublicaportuguesa)
Caro opjj:
ResponderEliminarGoverno criar postos de trabalho só se for na função pública e é fácil: é só admitir. Governo diminuir o desemprego também não é difícil: corta das listas quem não aceita o trabalho que lhe é proposto.
Criar emprego estável e diminuir desemprego efectivo é que é difícil. E impossível para uma geringonça destas.
Caro Carlos Sério:
O meu amigo parece-me o Daniel das Farturas. Se não sabe quem foi, eu posso explicar-lhe.
Tanta fartura, tanta fartura, tanto saldo positivo e o PIB não cresce e a dívida aumenta...Mas eu sei que o pessoal dos power-points o que gosta é de construir virtuais derivadas de quarta ordem e que teima em impingir como função principal...
O crescimento na zona euro é medíocre – “face ao primeiro trimestre de 2016 o Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro aumentou 0,3%. Este aumento na economia verifica-se a um ritmo mais lento que no trimestre anterior (0,6 e 0,5% respectivamente, dados do eurostat)”, e Portugal não é isento a esse mau crescimento.
ResponderEliminarAlias, o decréscimo de crescimento em Portugal já se vinha acentuando desde o primeiro trimestre de 2015, com crescimentos trimestrais homólogos de 1,7%, 1,5%, 1,4% e 1,3%.
Neste momento assiste-se a uma inversão na descida do crescimento prevendo-se que o crescimento para 2016 ronde os 1,2%.
Agora, não sei que raio de economistas e comentadores andam por aí dado que esperam que um governo que governa há menos de 9 meses e com um orçamento aprovado há menos tempo ainda, tenha resultados imediatos das medidas que está a implementar.
Quanto à divida pública, tem piada observar que o governo anterior que cresceu a divida pública em 58.784 milhões de euros em quatro anos apenas, venham agora os seus simpatizantes falar em aumentos da dívida sem sequer se ter chegado a um ano de governação e com um défice público previsível, pela primeira vez em muitos anos, abaixo dos 3%.
E, meu caro Pinho Cardão, como é costume seu, quando não tem argumentos nem pode contradizer os dados que apresentei entra pela piada tosca, infantil e brejeira, que em nada adianta à discussão.
Hoje em dia, ser de esquerda parece implicar capacidade para raciocinar pela própria cabeça.
ResponderEliminarMuita paciência têm os donos deste blog para aceitarem as provocações do sr. Sério. Esta "piada" não é tosca, nem infantil, nem brejeira...
ResponderEliminarCaro Alberto Sampaio:
ResponderEliminarTem toda a razão: não raciocina e limita-se a publicitar acriticamente os slogans da propaganda.
Caro Tiro ao Alvo :
De facto, este é um Blog democrático e, como tal, paciente, aceitando o contraditório, mesmo que mal fundamentado. E temos que concordar que o ilustre Carlos Sério é, usando a linguagem do futebol, um defesa esquerdo que vai a todas, não poupa nos empurrões, nas cotoveladas e nos pontapés nas canelas, que mostra sempre inocência, mas sempre a reclamar castigo para os outros...Mal comparado com o futebol é assim um defesa com estilo pior do que o Maxi Pereira dos tempos do Benfica...que agora, no Porto, os árbitros nem lhe consentem que abra os olhos...
De qualquer forma, há que elogiar a combatitividade sempre permanente.
Caro Carlos Sério:
O meu amigo é sempre combativo e não dá qualquer jogada como perdida. Pena é que jogue por um clube que só consegue fazer anti-jogo, e culpa sempre os adversários pelos golos que não consegue meter.
Claro que o meu amigo sabe bem que a estratégia, a táctica e os reforços que o treinador recrutou estão errados e fora de tempo.
O meu amigo pode juntar os dados que entender, mas, no cômputo final, o país não cresce, a carga fiscal, tão criticada, não baixa, e a dívida aumenta. Ao contrário do maná prometido. Já para este ano.