terça-feira, 22 de novembro de 2016

Os irresponsáveis

O PIB cresce poucochinho, mas a dívida pública, essa, sobe às estrelas. No 1º semestre atingiu os 131,6% do PIB. De Março a Junho, só num trimestre, mais 2,7 pontos percentuais.
E Costa, e Centeno e o PS e o governo da geringonça que se comprometeram no Programa de Estabilidade com um valor de 124,8% no final de 2016? Uma diferença bem superior a 10.000 milhões de euros e que traduz uma colossal contradição face a uma diminuição do défice e a uma estagnação do investimento público.
No Estado, como nas empresas, podem manipular-se défices ou prejuízos e resultados, mas a dívida não engana e é na tesouraria que tudo acaba.  
Claro que a dívida é coisa sem qualquer importância para os partidos da geringonça; afinal, não são eles que a pagam, o ónus fica nos cidadãos e até lhes serve politicamente. Eles até defendem a reestruturação, para rapidamente poderem gastar mais. Com mais dívida, claro está.
Bom, mas ouvindo os irresponsáveis, vai tudo bem.   

11 comentários:

  1. A dívida externa líquida apresentou uma redução de 6 mil milhões de euros situando-se agora em 174,9 mil milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal. Os dados revelam uma redução significativa de 100,8% para 95,2% do PIB, ou seja, 5,6 pontos percentuais face ao final de ano de 2015, e colocam a dívida externa portuguesa no valor mais baixo desde o segundo trimestre de 2012.

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  2. Oh, homem, não há paciência com tanto desatino. A dívida interna não conta? Ou é esta que é para não pagar?
    Olhe que o seu comentário não é sério, caro Carlos Sério.

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  3. Não se enerve meu caro, que não lhe fica bem.
    Deixe-se de impropérios e argumente se for capaz.
    Só constatei um facto.
    A DP cresceu um pouco , a DEL desceu 5,6 pontos percentuais.

    Verifico por outro lado que os argumentos que lhe restam para contestar o governo são cada vez em número menor. Na verdade apenas um - o crescimento da dívida Pública.
    Os outros, até aqui tão martelados pelo meu caro e seus companheiros de carteira - crescimento económico e exportações, pelo que vejo, deixaram de figurar no seu argumentário dado o óptimo comportamento que tiveram e que reduziram a pó todo o arrazoado contestatário que por aqui se viu durante semanas.




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  4. Tem razão caro Pinho Cardão,
    Facto:
    A dívida está em 131,6% e costa e o ps comprometeram-se no Programa de Estabilidade com um valor de 124,8% no final de 2016!

    Também é facto que sofreu uma redução em Outubro, mas globalmente tem subido.

    Concluindo, sem austeridade estamos mais endividados.

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  5. Caro Pinho Cardão,
    Se há défice, a dívida aumenta. Onde é que está a novidade e o espanto?...
    Independentemente do governo. certo?
    Pelo menos pelas minhas contas de mercearia, se agora o défice é menor a dívida também deve estar a aumentar menos. Ou não?

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  6. Não, porque a dívida está a aumentar mais, muito mais do que o défice.
    Ai está a contradição. E se o valor da dívida é certo, isso leva a não compreender o défice, como referi.

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  7. Afinal, não me parece que seja bem assim.
    Pelo menos consultando a POPRDATA em http://www.pordata.pt/Portugal/Administra%C3%A7%C3%B5es+P%C3%BAblicas+d%C3%ADvida+bruta+(base+2011)-2783, verifica-se que o AUMENTO do défice tem vindo a diminuir.
    Em 2016, apesar de não conseguir perceber a que mês o valor se reporta (embora se refira que foi feita atualização em 23-09-2016) mesmo se considerar que o valor seja o do final 1º semestre, temos um aumento de 932 milhões de euros. Se considerarmos que no 2º haverá um aumento igual (apesar de de a derivada não ser essa) teremos um aumento inferior a 2.000 milhões para 2016. Em 2015 foi de 5.500 milhões.
    Ou estou a ver mal?

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  8. Queria dizer AUMENTO da dívida e não défice, claro.

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  9. Caro SC,
    Apesar de na PORDATA referir Setembro como última actualização o valor deve ser uma previsão referente talvez a Janeiro. De acordo com o BP o valor a 31 de Outubro rondava os 238 mil milhões.
    Acredito que agora esteja um pouco mais baixo. De qualquer forma rondará os 130% do PIB (como referido pelo caro Pinho Cardão) o que está muito longe dos 124,8 a que se comprometeu.

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  10. Caro Pinho Cartão,

    A dívida bruta está a subir, a líquida está estável desde meio do ano. Devem andar a amealhar para a CGD.
    Eu parto-me a rir com estes génios que falam de dívida externa, como se no euro houvesse dívida interna.
    Mas ainda hoje li que o Sr. PR está perfeitamente em linha com o governo o que, para mim, é uma surpresa. Eu pensava que Cavaco iria ficar na história como o pior PR de toda a república, mas Marcelo está em grande forma e em mode sprint para me contestar.
    Ainda não percebi se, havendo um novo resgate, se ele se demite primeiro que o PM.

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  11. Caro SC:
    Em circunstâncias normais, e para simplificar, o acréscimo da dívida deveria ser equivalente à soma do défice com as despesas que não concorrem para o défice, por exemplo, investimentos em activos financeiros. Pode-lhe ainda juntar um valor prudencial, a fim de controlar riscos de subida de taxas de juro ou mesmo de acesso ao mercado.
    Acontece que o aumento da dívida vai muito para além da cobertura do défice, aparecendo ainda como desproporcionado em relação aos restantes componentes que o poderiam justificar.

    Caro Alberto Sampaio:
    Claro que é como diz, e o Carlos Sério sabe-o muito bem. Gosta é de deitar poeira para os olhos dos outros, mas por aqui ainda se vê muito bem. Felizmente.

    Caro João Pires da Cruz:
    Génios poucochinhos de propaganda rasteira e manipuladora, penso eu de que...

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