segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

A hora dos oráculos


Por tudo quanto é comunicação social inicia-se hoje a longa série de balanços do ano quase findo e de perspectivas para 2017. Depõem as mais reputadas pitonisas, prevenindo-nos contra catástrofes mas prognosticando que nem tudo o que vem lá é mau. Nos domínios da política, é aos analistas que Deus encarrega de nos avisar (Deus, alguns amigos no Governo, no Banco de Portugal, no Ministério Público ou na polícia, um ou outro magistrado mais dado à conversa com aqueles que pertencem a uma classe prestigiada pelas audiências). Ouvindo alguns deles vem-me à memória Cícero numa das suas razões: "É de admirar que um adivinho não ria ao ver outro adivinho".

4 comentários:

  1. Os políticos deveriam aprender com os adivinhos a colocar um semblante sério, quando se encararam no hemiciclo. Talvez assim conseguissem convencer os eleitores de que lá estão imbuídos de um forte desejo de trabalhar para o bem do país...

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  2. Também não peça tanto, Bartolomeu ;)

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  3. Não, não riem, caro Ferreira de Almeida, nem sabem rir. É que eles são muito sérios e, sobretudo, levam-se muito a sério...

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  4. Caro Dr. José Mário, não se trata de um pedido mas, de uma exigência, direi até, de um direito cívico.
    Um direito que em minha opinião e de acordo com uma consciência global, deveria ficar bem expresso e vincado nas urnas.
    Aliás, um número crescente de autarcas, ajudados pelas associações populares e presidentes de junta, perceberam já que a função para a qual foram eleitos, exige empenho, dedicação e vontade de fazer obra que os honre e honre a zona que administram e as populações que nela residem e trabalham.
    Talvez Isaltino de Morais seja o autarca paradigmático nesta matéria.

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