Manhã de agosto. Há muito que não saboreava o prazer de não fazer nada. Sensação estranha e ao mesmo tempo voluptuosa. Alterei as rotinas e acabei por ir até à esplanada de um café de bairro. Café bom, sombra, vida simples, uma ou outra pessoa a entrar e a sair. Um senhor sentado, com um frenesim sem sentido, raspava um boletim à procura da sorte. Suspirou fundo, tinha acabado de ganhar cem euros. Entregou o papelucho. Em seguida, o dono do café enfiou-lhe nas mãos cinco notas de vinte euros. Colocou-as com muito cuidado na carteira, ao mesmo tempo que dizia, “Vou para casa, a sorte do meu dia acabou aqui”. Esfregou o punho direito, o que é perfeitamente natural neste tipo de jogadores, e foi à vida. Fiquei mais um pouco, com o meu cão, a pensar na sorte de poder ter um dia diferente, sem fazer nada de especial.
Vou dar um passeio após o almoço com os meus companheiros para saborear o prazer e a alegria do sol, beber a frescura da margem de um rio, inalar a brisa de uma paz desejada e embriagar-me com o aroma da vida espraiando-se sem esforço graças ao “punho do destino”...
Vim hoje ao Blog e foi grande a surpresa, e maior a satisfação, por o ver regressado. Convivemos neste espaço durante anos e para mim foi uma honra ter a sua companhia constante, diria mesmo que diária.
ResponderEliminarPossa a sua iniciativa motivar os nossos companheiros a juntarem-se novamente.
Grande abraço
Um forte abraço amigo e muitas saudades.
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