Contribuinte português
O Diário de Notícias de hoje titula ao fundo da 1ª página: “Economistas divididos sobre benefícios fiscais”.Explicita-se que essa divisão é sobre a reposição dos benefícios fiscais.
Parece-me absurda essa “divisão”.
Neste momento, em Portugal, tudo o que seja diminuir impostos é bom.
Mesmo que seja através da reposição de benefícios fiscais ou de outras medidas, mais ou menos demagógicas.
É que é urgente diminuir a despesa pública.
O lema de, primeiro, diminuir a despesa para, depois, diminuir impostos não leva a nada, como a experiência demonstra.
Primeiro, há que diminuir impostos, para obrigar à diminuição da despesa pública.
Para deixar nas mãos das empresas e dos cidadãos os meios financeiros que permitirão maior e mais racional investimento e consumo.
Oxalá assim aconteça!...
Mas um hospital precisa de mais médicos, mais enfermeiros, mais técnicos. Novas técnicas...Novos medicamentos...
ResponderEliminarPara não falar de muitos centros de saúde em instalações absolutamnete incriveis que precisam de ser substituídas...
Nas escolas o prolongamento de horários, o inglês noa primário...
E o combate aos incêndios...
E a polícia sem meios....
Ou seja: A lógica de todas as actividades é desenvolverem-se,crescerem...Consumirem mais meios.
A única solução passa por o Estado, mau administrador, retirar-se de todos os sectores em que possam ser os privados a investir e a gerir.
Da saúde..., da educação...
Sim, depois de 30 anos de evidências não sei como há quem não concorde com o Reformista. É triste, mas é assim.
ResponderEliminarÉ verdade que é assim, não sei se é triste se não porque o que interessa a todos é que os serviços sejam de qualidade e não custem mais do que deviam e o Estado tem uma dificuldade óbvia em dar conta de tantos recados. E a mudar de Governos e de Dirigentes ou gestores à velocidade da luz então é uma tarefa impossível.
ResponderEliminarÉ triste porque não há razão para ser assim, é triste porque são 30 anos perdidos, é triste porque são 30 anos acumulados de dívida pública, é triste.
ResponderEliminarE é triste, principalmente, porque os noruegueses que são burros, louros, grandes e feios, conseguem e nós não.
Caro Tonibler,
ResponderEliminara Noruega tem o petróleo... ~eles são grandes feios e burros, mas têm o ouro negro, tal como os árabes. Não o fazem, mas se quisessem podiam-se dar ao luxo de grandes desperdícios!
Caros todos,
O que é que eu ando a dizer há tanto tempo? O problema é que eu sou só um "empresariozito" e não ando no jet-set como o António Carrapatoso, e outros tais...a esses tanto lhe faz que se mexam nos impostos para baixo ou para cima, para eles mais 10.000 menos 10.000 por mês é irrelevante... agora para 95% do tecido empresarial português já não é bem assim.
E por isso cá continuamos todos nós alegremente a pagar até um dia haver uma alminha que se lembre de o aplicar na prática..
Tal como disse no blog onde escrevo e decorre uma discussão semelhante, aguardo ansiosamente que o BCP (pode ser este) arranque com a construção de uma escola primária lá no bairro...
ResponderEliminarOu que mande construir um centro de acolhimento para a 3ª idade, mas com velhinhos daqueles que não dão lucro nenhum. Só despesa.
Caro Virus,
ResponderEliminarE qual é a nossa desculpa para o resto dos burros, louros, grandes e feios que não têm petróleo?
Caro monteiro,
Pagar ao BCP ou a professores é irrelevante. São ambos interesses privados, paga-se a quem consiga fazer. Vamos agora tentar o BCP? Chegam os últimos 30 anos?
Pinho Cardão,
ResponderEliminarPois é. Temos também que o dizer nos sítios certos. Um deles é o Congresso do PSD que deve servir mais do que para discutir e consagrar nomes. Espero que Marques Mendes cumpra a promessa de pôr em discussão o Programa do Partido (que a meu ver até é muito bom e não precisa de ser mexido- O que se precisa é a partir dele concretizar propostas políticas para os tempos actuais)
Porque o que tem acontecido, quando não há ainda uma sedimentação ideológica como aconteceu em relação às reprivatizações e à liberdade de imprensa, é que quando o PSD chega lá os quadros das instituições públicas são ocupados por PSDs que apenas prometem uma melhor gestão e se tornam acérrimos defensores da coisa pública. Melhor das "suas" instituições públicas...
Lá vou eu fazer figura de otário outra vez...
ResponderEliminarPorque é que estão sempre a bater na tecla da despesa pública? É que estão sempre a dizer:
«Há que cortar despesas"
«Contenção orçamental", etc. Mas ainda não ouvi ninguém dizer como é que vão ganhar mais dinheiro.
Confesso que não sei se isto faz sentido, mas cortar nas despesas não faz com que apareça mais dinheiro (no sentido de aumento de riqueza). O dinheiro continua a ser o mesmo mas vai para outros lados, ou seja, é redistribuído de outra forma.
Antrax:
ResponderEliminarÉ uma questão de valor entregue. Não é irrelevante que um professor seja pior que outro, embora ganhem o mesmo. O que é pior entrega menos valor, o produto do seu trabalho vai produzir menos riqueza. Quando olhamos para os professores no seu conjunto, bons e maus, o valor entregue não corresponde ao valor do dinheiro consumido. Quando se fala em redução da despesa fala-se em adequar o dinheiro consumido ao valor entregue.
Como não se consegue melhorar os professores mantendo o dinheiro, tem que se reduzir o dinheiro que consomem. E isto é válido para professores, reformados, médicos, etc...E isto não é mau só quando as contas apertam, é mau sempre. E é um ciclo vicioso, porque esta destruição de valor faz o país mais pobre, que faz com que o país tenha que pedir dinheiro emprestado, que faz com que a despesa aumente,....
Caro tonibler,
ResponderEliminarMuito obrigado pela resposta. Acho que estou a perceber, embora não seja o tema que mais domine.
No entanto, se for - em linhas gerais - tal como diz, isso é um problema do âmbito da organização e gestão. E o pior mesmo, é que me parece um problema de gestão estratégica.
Como diria o Gen. MacMahon (se não estou enganado): "A França perdeu a guerra da Indochina a golpes de táctica excelentes", o que lhe faltou foi a estratégia. Sem orientação estratégica, não há táctica que resista.