No DN de hoje João Cravinho escreveu uma crónica com o título “A grande reforma universitária”. Critica a endogamia universitária, afirmando que “a nossa universidade é bastante conservadora no plano institucional, com especial relevo para a manutenção e defesa das relações de poder, formal e informal, que determinam quem é quem dentro da universidade e quem comanda a afectação dos recursos, mormente os de afectação livre”.
É a favor de uma verdadeira reforma a fim de adaptar as universidades aos desafios do futuro.
Para fazer face à situação proporia uma lei apenas com um artigo e dois números. No nº1, fixaria que nenhuma universidade pública poderia recrutar um seu recém-doutorado para o seu corpo docente. No nº2, estipularia que essa proibição entrava em vigor dentro de 60 dias.
Senhor engenheiro João Cravinho, o senhor é deputado à Assembleia da República. Tem toda a legitimidade em apresentar um projecto-lei nesse sentido. Depois de ter exposto a sua opinião, e definido as regras a adoptar para o fim da endogamia, com a qual concordo, à excepção do ponto nº2 que iria causar grandes confusões (seria necessário um período mais alargado), não pode deixar de tomar essa iniciativa.
Fico à espera.
Meus caros:
ResponderEliminarNão conheço o que fazem. Porém, como já vi por aqui chamar professor ao Salvador Massano de Carvalho presumo que o será. Sei que seria fácil saber, indo por exemplo ao google- acho eu...
Mas ainda assim prefiro não o fazer, pois o que me agrada nos blogs é debater com quem não conheço, tomando apenas como base o que leio escrito e por isso, sem as ideias pré-concebidas, ou preconceitos se quiserem.
Assim, voi directo ao ponto:
O que acham do facto de algumas universidades públicas, como a de Coimbra,particularmente a Faculdade de Direito, terem no seu seio cursos de pós-graduação reconhecidos pela própria universidade e que funcionando ao abrigo de associações privadas de direito público, assumem naturesa algo "híbrida"?
COm esta expressão quero dizer o seguinte:
Esses cursos de pós graduação ( e já frequentei um, por isso sei do que falo), são ministrados por professores da própria faculdade. Leccionam as aulas em salas da faculdade. Gastam luz, água, instalações, funcionários que são da própria faculdade. Publicitam e vendem livros e textos de apoio na própria faculdade. Cobram propinas directamente, nos cubículos onde instalam os serviços. Servem-se de currículos que são da faculdade; misturam por isso regras de direito público e benefícios eminentemente privados.
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Na faculdade de Direito é uma prática generalizada e atrevo-me a dizer, altamente lucrativa.
Será que isto está bem?!
Que acham?!
Desculpem os erros ortográficos.
ResponderEliminarA criação de associações nas universidades é uma prática cada vez mais frequente. De facto, associam-se aspectos privados e públicos. Pode não ser considerada como a mais adequada. Admito. Mas, não posso deixar de colocar a seguinte pergunta: - O que leva à criação destas unidades? A resposta tem a ver, penso eu, com o facto de estarmos presente perante a tremenda inoperacionalidade do sector público. Pesado. Irritantemente lento. Estupidamente burocrático. Perfeito arame farpado na criação de novas iniciativas. Desesperante. Não há santo que resista… No fundo, a própria universidade ganha com as actividades e iniciativas das associações criadas à sua sombra. São associações sem fins lucrativos. Mas quem realmente lucra são as universidades.
ResponderEliminarA propósito não sou Carvalho, sou Cardoso.
As minhas desculpas.
ResponderEliminar"Mas quem lucra são as universidades"?
COmo, se são entidades que não procuram esse lucro?
Para onde vai o dinheiro "excedente"?
Quem contabiliza? COmo se fiscaliza?
É que as associações que não têm fins lucrativos, não poderão assim, sem mais nem menos, gerir milhares de euros...
Alguém o faz e não será a apenas o conselho fiscal...
Estas perguntas deveriam ser respondidas por pessoas como VItal Moreira que dirige uma dessas associações.
É que a transparência quer-se como a mulher de César que além de ser deveria parecer.
PErcebo que queira referir-se a outro "lucro". Mas mesmo assim...
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