quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

A confiança

Excelente entrevista de Cavaco Silva ao Diário Económico de 4ª feira, 11/1. No meio de tanto barulho sem qualquer conteúdo , sabe bem ler um discurso coerente, pensado e conhecedor . Inspira confiança, exactamente o elemento que CS considera essencial para relançar a economia.
Desde o modo como vê o relacionamento institucional entre os diferentes órgãos de soberania, - "Nenhum PR pode abrir mão dos poderes que a Constituição lhe confere. Eu defendo duas ideias chave: cooperação e mobilização" ;à alteração do sistema eleitoral - "Há que conciliar duas coisas:uma é a representatividade, a outra é a governabilidade. (...) A falta de credibilidade do nosso sistema político não está no sistema eleitoral";O nosso sistema eleitoral tem funcionado bem";à credibilização dos cargos políticos - "Difundir uma cultura de exigência na escolha (...)Acho que foi uma má ideia ter alterado a lei dos Directores Gerais porque partidarizou claramente a sua escolha (...)era bom que a AR repensasse o assunto"; à dependência energética "O nuclear deve ser amplamente discutido"; até à construção do mercado interno europeu e ao cumprimento do Pacto de Crescimento e Estabilidade.
Um PR é uma referência, é um exemplo. Tem que projectar uma imagem de rigor, exigência, de intransigência contra o laxismo".
A ler e reler.

6 comentários:

  1. Depois de ter passado algum tempo a decidir se apoiava Cavaco Silva, se Manuel Alegre, esta entrevista veio dar-me alguma paz de consciência. Alegre é mesmo o melhor candidato.

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  2. Caros Tonibler e Jorge Lúcio, devemos portanto concluir que vos dá mais garantias quem não diz o que pensa ou não sabe o que pensar do que quem manifesta de forma clara a sua opinião sobre os tais assuntos que achavam tão importantes que fossem debatidos na campanha...

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  3. Cara Suzana,

    Não devem concluir tal coisa. Deve concluir, das minhas palavras pelo menos, que das opiniões emitidas pelo Cavaco e das opiniões emitidas pelo Alegre, juntamente com a opinião que já tinha formada de ambos, escolhi Alegre.

    Eu não escolho os candidatos pela opinião que têm sobre assuntos que nunca lhes passarão pela mão. Eu escolho pelo que as opiniões transmitem de carácter. E dos 6 candidatos, só encontro um que é indigno de ser PR, que é Mário Soares. Todos os outros são homens que poderiam perfeitamente ser PR's. O ponto de escolha entre os 5 que considero dignos, é a forma como "peitam" as coisas.

    "O nuclear deve ser discutido"? Não, o nuclear deve ser implementado ou não deve ser implementado. Discutido é ser "molenga" para agradar.

    "Acho que foi má ideia". O PR não acha nada, diz! FOI má ideia! Não "era bom que a Assembleia repensasse", a Assembleia deve alterar...

    E a diferença entre Alegre e Cavaco é só a forma como "peitam" as questões. E Alegre, dizendo mal ou errado, diz!

    Eu procuro o ponto de unidade nacional, aquele para onde ser viram as pessoas quando a coisa está mesmo a correr mal, aquele que esperam ver aparecer nos terramotos, nos incêndios, nas guerras. Não é preciso um PR na crise, é preciso na catástrofe. É preciso ver uma força naquele ponto. Honestidade, rigor, confiança,...sim. Mas também força. E é aqui que os outros perdem perante Manuel Alegre.

    Ah, e também no gosto pelo fado, a tourada e o Sport Lisboa e Benfica.

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  4. Caro Tonibler, concorda com as ideias mas não com a forma "fraca" como CS, na sua opinião, as expôs, deveria ter sido peremptório e afirmativo...No entanto, sabe certamente que, se há defeito que o Prof. não tem é o de ser tíbio ou medroso e, se avalia carácteres, com o que concordo plenamente, deve também saber que, nesse ponto, não há falha nenhuma de caráter. O que não haveria para aí se as mesmissimas ideias tivessem sido formuladas como Tonibler refere! Nem haveria mais nada a falar até ao fim da campanha. Por alguma razão Manuel Alegre não provoca nenhum estremeção, com essa frontalidade toda que tanto o distigue na sua opinião. Simpatizo e respeito Manuel Alegre, acho que foi corajoso e é convicto do que diz, sai muito bem destas eleições. Mas isso não é de modo algum motivo para eu votar nele para PR, tal como eu gostaria de ver ser exercido esse cargo.

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  5. Cara Suzana,

    Isso quer dizer que não roubei um voto ao Cavaco? Ora bolas!...
    Mas confesse que esteve quase, quase....;)

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  6. Caro Tonibler, isso era uma missão impossível!=))

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