A vida interna do PSD anima-se com a convocação do Congresso. Com a revisão estatutária na agenda, as última movimentações permitem prever que o conclave será bem mais do que uma discussão sobre o modelo de organização do partido.
Menezes continua a fazer marcação homem a homem à actual direcção.
Mas a surpresa - só para os mais distraídos - veio de Passos Coelho, vice de Mendes, que aproveitou a oportunidade para se demarcar face ao "rumo que o PSD tem vindo a seguir". Conhecido o seu afastamento desde a campanha para as autárquicas, não foi decerto o rumo recente que o fez descolar. A oportunidade para divulgar o facto junto da comunicação social e a sua consumação em Conselho Nacional, só permitem tirar uma conclusão: Pedro Passos está na corrida, a dúvida está em saber se prefere correr atrás da lebre, resguardando-se para o sprint em 2008, ou se vai já para a cabeça da corrida.
Entretanto, são interessantes as movimentações nas duas das principais disitritais.
No Porto, Marco António Costa anunciou a sua demissão abrindo caminho a Agostinho Branquinho, actual deputado e ex-vereador de Rui Rio na Câmara do Porto.
Em Lisboa, fala-se de eleições antecipadas e já se ouvem nomes, desde Carlos Carreiras até Marina Ferreira, Helena Lopes da Costa e Vasco Rato.
Concluindo: está a definir-se um clima de todo em todo inapropriado para uma reflexão séria dos estatutos e do modelo organizacional do PSD e não ficarei surpreendido se os debates ficarem inquinados por esta irresistível dança das laranjas. Será que não há emenda?
Pedro Passos coelho?é muito fraquinho..espero bem que não..
ResponderEliminarEu não quero ser desanimador, mas o último congresso partidário que serviu para reflexão séria foi o congresso da LCI em 1975 para decidir se eram trotskistas duros ou maoistas moles. Daí para a frente é só danças de cadeiras.
ResponderEliminarAs movimentação que refere são de facto lamentáveis, ainda por cima referindo algumas das pessoas mediocres que grassam pelo nosso partido. Vasco Rato poderá ser uma lufada de ar fresco na vida do PSD, mas os restantes são de facto representantes do pior que o PSD tem. Gente que viveu toda a sua vida à custa do PSD. Marco António e os seus amigos são exactamente o aparelho no seu pior. Espero que haja uma reflexão séria dentro do PSD... Mas temo que tudo continue igual...
ResponderEliminarAproveitando a ocasião de retemperação de forças, após uma disputa política recente bem sucedida, gostaria de suscitar algumas questões, para nossa comum elucidação : De novo neste PSD do nosso descontentamento discute-se o quê : nomes, listas, alianças, traições, conspirações e outras aleivosias ?
ResponderEliminarQuando nos interessaremos pela discussão verdadeiramente política, pelos reais problemas da Nação, que definha a ritmo acelerado ante nossos incrédulos olhos, sem Indústria, sem Agricultura, sem Pescas, sem Energia, sem, sem... Mas com excesso de Gestores, Consultores, Administradores e demais modernos aristocratas cheios de si, recomendando regimes espartanos para os restantes cidadãos, pondo-se eles a bom recato com as suas excelentes mordomias. Que País estamos a formar ? Qual o papel dos Partidos de inspiração social-democrática no meio deste negrume político, espécie de finis patriae repetido, agora porventura em versão de tragédia ? Quem se rala com isto não será social-democrata ? Com que se preocupam então os social-democratas ? Só com a forma mais expedita de chegar ao Poder ? Haja quem responda !
Essa é que é essa, camarada Madureira!
ResponderEliminarComo não é possível tirar trabalho ao cidadão, resta-nos tirar dinheiro aos partidos...
Caro David Justino e demais Companheiros,
ResponderEliminarNinguém quererá aqui, suponho eu, passar por Cassandra política. Mas, sem uma boa dose de expurgação ético-política desta agremiação que dá pelo nome de PSD, não é possível empreender nenhum caminho de regeneração. Sem se compreender a doença, i.e., sem o diagnóstico correcto dela, como se poderá acertar com a terapia ? No caso vertente, dada a prevísível acalmia política dos próximos 3 anos, salvo qualquer descalabro, totalmente fora de previsão, no momento, haveria certamente hipótese de encetar esse difícil, mas absolutamente necessário, caminho de regeneração. Porém, nada se fará, sem primeiro se reconhecer a real degradação da situação actual e, depois, sem a vontade de a alterar, duas condições preliminares, básicas, óbvias, por certo, no entanto, imprescindíveis. Longo será o caminho; ele começará sempre, reconheçamo-lo, por um primeiro ainda que pequeno passo, para utilizar uma conhecida metáfora chinesa. Incremente-se, entretanto, a discussão.