segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Convite à Reflexão

Quando me preparava para alinhavar algumas ideias em torno da discussão da questão orçamental, que se aproxima rapidamente, deparei-me com um curioso convite à reflexão que encontrei numa revista de língua inglesa e que me pareceu digno de menção neste espaço.
Trata-se de um convite original, sob a forma de 10 grandes pensamentos para aplicação à nossa forma de viver, por vezes tão condicionada por rotinas que quase perde sentido existencial.
Passo a citar.
1. Calma é um lugar que tu próprio tens de criar se estiveres em ambiente de caos.
2. Aprende a tirar vantagem dos momentos em que nada parece acontecer. Isso te preparará para o que vier a seguir.
3. Ser amável faz parte da nossa natureza; pratica esse dom, oferece-o e recebe-o, de forma livre.
4. Para um espírito concentrado e uma mente tranquila, obriga-te a uma caminhada diária.
5. Encara o sono como um ritual; prepara-te para ele em cada noite.
6. Enfrenta uma qualquer rotina como oportunidade para a mudança.
7. Lembra-te de que qualquer momento te pode despertar para aquilo que é realmente importante.
8. Desenvolve a tua espiritualidade como um dom e um processo.
9. Inverte a regra de ouro: trata-te a ti próprio como tratas os outros.
10. Os sonhos dão cor e ímpeto à tua vida; deixa os teus sonhos inspirarem as tuas paixões e moverem os teus passos.

Parece tudo muito simples, mas qualquer uma destas notas de reflexão oferece motivo para repensarmos seriamente a nossa forma de viver.
Consta que Melinda Gates, mulher do famoso Bill Gates tão venerado pelos nossos governantes, dá enorme atenção a este decálogo. Será pois de bom conselho divulga-lo em Portugal.
Pela minha parte, irei tentar indagar em que medida estes dez preceitos poderão inspirar as minhas próximas ideias e intervenções sobre a questão orçamental.
No actual contexto de férias, parece-me que a reflexão do nº2 pode ser de grande utilidade.
E dado que já pratico, com regularidade, a recomendação contida na reflexão do nº 4, bem como a do nº5, espero utilizar a reflexão do nº10 para ver em que medida os meus próximos sonhos poderão inspirar-me a perscrutar o que possa vir a acontecer no plano da política orçamental.
Não é verdade que o equilíbrio orçamental e a recuperação económica continuam a ser para nós um sonho?
A final, estas reflexões podem ser mesmo de grande utilidade para percebermos o que aí vem ou pode vir.

9 comentários:

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  2. Mmmmmmmmmm....

    Bom, os princípios são bonitos, confesso que sim, mas tenho algumas dúvidas.

    O 1º e o 2º revelam coisas que se podem aprender. É uma forma de gerir o stress tão eficaz como imaginar, que se está nas Bahamas a apanhar sol.

    O 3º está, claramente, errado. Ser amável não faz parte da natureza humana. Sobreviver faz parte da natureza humana e se para sobreviver for necessário ser-se amável, tudo bem. Ser amável não é um dom, é algo que se aprende e que se pode praticar ou não.

    O 4º é conhecimento geral. O exercício físico ajuda a pensar melhor.

    O 5º, 6º e 7º são uma forma mais detalhada do ponto 1 em que as ideias base são; calma-mudança-caos, sendo que as mudanças originam o caos e o caos também conduz à mudança até se restabelecer uma nova ordem (não é boa, não é má. É apenas nova).

    O 8º a espiritualidade não é um dom. Um dom é uma característica excepcional que distingue um indíviduo do outro.

    O 9º é mais uma maneira de dizer «não faças aos outros o que não queres que te façam a ti». Isto, infelizmente, "alevanta" uma questão filosófico-moral acerca do reconhecimento do outro. Como o debate continua, honestamente não sei se já chegaram a alguma conclusão sobre isso. Mas o tema é muito interessante e dá pano para mangas.

    Finalmente, o 10º. Como diriam os «amaricanos» "The higher you rise, the harder you'll fall". Sonhos sim, mas com conta, peso e medida, caso contrário é um valente de um trambolhão. Ainda que... dar trambolhões, de vez em quando, seja muito positivo para acabar com os «paradoxos de Ícaro» que andam por aí.

    Por isso, dr. TM, não se deixe influenciar muito pelo 10, porque as pessoas "normais" preferem comer enlatados na terra do que ananases na lua.

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  3. Caro Anthrax,
    Registo seus comentários e agradeço seus conselhos, que incluirei numa 11ª reflexão, com este título se me autorizar: "Procura temperar teus sonhos com os conselhos dos mais sábios".
    Bem haja.

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  4. Caro/a Jardim das Margaridas/Margarida dos Jardins,

    Duvida que os nossos governantes estejam ao corrente das preferências de Melinda Gates?
    Isso constitui uma heresia que só não é punível porque não estamos no Irão ou na Coreia do Norte.
    Mas não deixa de constituir uma surpreendente desatenção para quem habitualmente mostra estar tão "up to date" com os acontecimentos deste burgo.
    Pois fique sabendo que os nossos governantes seguem passo a passo os movimentos do casal Gates e, quando se apercebem de alguma lacuna, de imediato se socorrem das mais avançadas tecnologias para a suprir.
    Aqui nada acontece por acaso meu/minha Caro/a.
    O Plano Tecnológico tudo mudou e mudará cada vez mais. Só o défice resiste...

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  5. Caro Jardim,
    Também não vejo motivo para arrepios, então com este calor...
    O casal Gates já foi condecorado, na pessoa do seu membro varão, tome boa nota.
    O Presidente J.Sampaio teria sido defenestrado mais cedo se não tivesse esse gesto de reconhecimento para o nosso benfeitor.
    Volto a dizer-lhe que nesse campo não há falhas. Só o défice resiste...

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  6. Caro Jardim,
    Se alguém merece ser condecorado é V.Exa, pela opinião que acaba de expressar em relação ao casal Gates.
    Achar que esse Casal merece muito mais é uma atitude patriótica, digna da mais alta distinção.
    Não creia que digo isto por piada (que seria de mau gosto), pois eu próprio admiro sinceramente este Casal.
    O trabalho que Melinda e Bill Gates, através da sua Fundação, têm vindo a desenvolver a favor de populações afectadas por doenças endémicas em países sub-desenvolvidos é digno do maior respeito e admiração.

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  7. Quando tento compreender a diferença que existe entre profissionais medianos e Seniors, verifico que aos primeiros falta a capacidade de reflexão.
    Preocupa-me que existam tantos profissionais que se esqueçam para quem estão a trabalhar: A tarefa de um recepcionista de uma oficina automovel é fidelizar o cliente à marca (e não assaltá-lo), tal como a tarefa de um funcionário das finanças é auxiliar o contribuinte na sua relação com a máquina fiscal.

    Raras vezes identificamos estas características.

    Todas as técnicas de reflexão para a melhoria do desmpenho, seja ele pessoal ou profissional, são muito bem vindas.

    Obrigado Tavares Moreira.

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  8. Como já tinha referido, publiquei com as devidas referências o seu texto no meu blogue.

    Alterei o blogue em que o coloquei: Transferi-o para o "Inovação & Inclusão", um blogue dedicado à reflexão para o desenvolvimento do interior de Portugal.

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  9. Caro Frederico,

    Sirva-se do meu texto como muito bem entender, nem tem que me dar contas disso. Mas registo a atitude.
    Aliás, como referi no post, limitei-me a transcrever reflexões de que não sou autor, procurando simplesmente fazer uso delas num exemplo prático elementar.

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