domingo, 10 de dezembro de 2006

Direitos Humanos, um infindável caminho a percorrer…

Assinala-se hoje o Dia da Declaração Universal dos Direitos do Homem, assinada em 10 de Dezembro de 1948, após a constituição da Organização das Nações Unidas.

A Declaração, apesar de ser diária e grosseiramente violada por muitos países, ainda por cima signatários, é uma referência máxima e primordial dos direitos, garantias e liberdades de todos os seres humanos.

Mais lamentável do que a inexistência de um mecanismo que obrigue e puna os estados que não respeitam os valores e os princípios que subscreveram, é a verificação de que persiste, em grande parte do mundo, uma mentalidade não humanista – seja por razões culturais e religiosas, seja por razões ideológicas ou outras – que sistematicamente agride os mais elementares direitos humanos, num total desrespeito pela existência.

Mesmo os países desenvolvidos, incluindo o espaço da União Europeia, não correspondem integralmente, bastando para tal não ocultarmos a pobreza que consome uma parte dos seus cidadãos – ainda que nos pareça pequena – privando-os de dignidade e de felicidade.

É importante sermos ambiciosos quanto a melhorias neste fundamental domínio. A questão é como fazê-lo.

8 comentários:

  1. A Margarida, a propósito deste dia, tão importante, já que lembra a base da igualdade e do respeito de todos os seres humanos, tece considerações sobre a pobreza e afirma: "É importante sermos ambiciosos quanto a melhorias neste fundamental domínio. A questão é como fazê-lo”. Há muitas soluções, mas a principal é lembrar, é relembrar, é persistir nesse propósito. A Margarida com a sua nota também já deu um passo nesse sentido. Fez-nos pensar. E quando alguém nos faz pensar...

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  3. Sobre a temática dos direitos humanos, queria apenas referir, que para muitos autores, no ambito do direito constitucional, a garantia de uma cultura de vida é condição obrigatória para que estejamos em presença de um estado de direitos humanos. Parece-me lógico e aceitável que assim seja. Mas parece-me, importante salientar, e questionar, se um estado que defenda a despenalização do aborto e por outro lado crie obstáculos ao aumento da natalidade ( impostos, ensino, fecho de maternidades, etc) se poderá considerar com efectividade e legitimidade plena, num estado de direitos humanos.

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  4. Anónimo02:36

    Margarida,

    Dificilmente perde uma oportunidade de sair a terreiro em defesa dos pobres, dos desvalidos, dos desprotegidos em geral. Os reputados economistas e financeiros nacionais não podem verificar resultados do seu esforço profissional no plano social nacional, ficando por preencher o sentido das coisas. Com autoridade diz o Prof. Salvador Massano Cardoso que vale muitíssimo a pena só o gesto. Também concordo em absoluto que as violações dos Direitos Humanos são operadas não apenas através de perseguições, torturas e execuções, mas por via da privação do bem-estar. É inadmissível que nos países ricos e de democracia dita do tipo ocidental, os da OCDE, haja faixas populacionais pobres ou extremamente pobres.

    O assunto tem sido longamente estudado e existem excelentes trabalhos explicativos do fenómeno da pobreza nos estados desenvolvidos. Por vezes é endémica, por vezes é por incapacidade pessoal de enfrentar o mundo e as coisas, por vezes é por motivos familiares, só para simplificar algumas causas. É sempre muito triste. Mas é inadmissível um país exibir orgulhosamente um elevado produto per capita - e respectiva taxa de crescimento - quando sabe que no seu interior existe uma percentagem, mesmo pequena, de pessoas a quem não cabe nem 1/10 desse rendimento.

    Do mesmo modo, colocam-se dúvidas – bem levantadas pelo Tiago Mendonça – se, na prática, despenalizar o aborto e dificultar a natalidade constituirá uma não observância dos Direitos Humanos. É complexo tratar a questão. A fome de dinheiro e a contenção da sua despesa é neste momento tão desvairada em Portugal que ataca direitos naturais das pessoas. O direito à constituição de Família e sua educação é inalienável. É claro que o problema apenas se resolve com criação de riqueza – como todos sabemos – mas existe neste momento uma atitude de muito pouca consideração pela população por parte dos responsáveis políticos. Mais razão dou à Margarida: o voluntariado para acudir às pessoas, de forma muito organizada e sumamente ética, é uma resposta na qual todos deveríamos participar.

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  5. Finalmente tive o MEU DIA!
    É que durante o ano é sempre o dia da Mulher, o dia da Mulher Doméstica, o Dia da Mulher Vitima da Violência, o dia da Mãe,o dia da Mulher qualquer coisa, etc etc etc...
    Graças a Deus uma vez no ano o Dia dos direitos do HOMEM! Também eles vitimas da violência ( a porrada que alguns apanham), vitimas da violencia doméstica -lavar a loiça, mudar as fraldas às crianças,vitimas dos trabalhos pesados - carregar as Malas no carro, a lenha que se comprou para a lareira (malditas lareiras), meter na mala e levar paraa arrecadação o saco de batatas que se comprou ali na berma da estrada de Mafra ( e eu já sabia que ia sobrar para mim! eu que ate prefiro arroz!) em suma... um dia para o Homem, na teoria! Por por acaso hoje tive de carregar um saco de batatas, outro de cebolas, 20 Kg de lenha, pagá-los alem do mais...ali para a zona da Quinta do Conde. Portanto quer-se dizer - uma coisa aé a teoria outra a prática! Mas ao menos na teoria temos um dia, sai em rima, e é simpático! E nós homens somos sensíveis à simpatia! Obrigado Mulheres!

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  6. Complemento... do post anterior!
    Após análise de todos os comentários aqui "postados" pelos colegas bloguistas!
    Pois...

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  7. Caro RuiVasco,
    Parabéns pelo SEU DIA!
    É justamente por fazerem tantas coisas que as mulheres gostam tanto dos HOMENS.
    Um estafermo de um homem que não esteja para fazer nenhum, tem os dias contados. Não tem safa possível!
    Se não fossem as queixas dos homens, onde é que estava a piada?

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  8. Absolutamente! Um homem que não faz nenhum é um estafermo! A mulher que faz o mesmo é uma Senhora! Com todas "safas"possíveis"!
    Só não percebi se as mulheres não dão safa aos que não fazem nenhum, ou aos que têm a piada de ser "queixinhas"!Se houver alternativa prefiro a ultima. Queixo-me, acham-me piada, mas nada faço! Vou fazer uma revisão de vida!

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