A Assembleia da República debateu hoje as conclusões do Inquérito Parlamentar sobre o "Envelope 9".
Como em 99,99% dos Inquéritos Parlamentares, não houve acordo sobre as conclusões. E como em 99,99% dos Inquéritos Parlamentares, as conclusões seguem as maiorias, do PSD quando este está no Governo, do PS, quando este no Governo está. O que se conclui e vota é sempre aquilo que agrada ou convém ao Partido governamental.
Por isso, sempre me interroguei sobre a razão da formação de Comissões de Inquérito cujas conclusões se conhecem à partida. Pela minha experiência pessoal, aliás, constituem a maior perda de tempo que alguém possa imaginar, não só para os Deputados que são capazes de fazer coisas dignas e úteis, mas sobretudo para muitas das vítimas que são chamadas a depor. Os deputados insistem nas mesmas perguntas, questionando até à náusea matérias já perfeitamente esclarecidas para uma mente normal. E as convicções com que partiram são sempre as convicções finais.
Face à vergonha que vinham constituindo, as Comissões de Inquérito foram suspensas pelo antigo Presidente da Assembleia da República, Mota Amaral. Foram retomadas, com os mesmos vícios, na presente Legislatura.
O PSD afirmou hoje que a Comissão do envelope 9 desprestigiou o Parlamento e nunca deveria ter sido constituída.
Devem sobrar muitos dedos de uma só mão para contar as que prestigiaram o Parlamento.
Como em 99,99% dos Inquéritos Parlamentares, não houve acordo sobre as conclusões. E como em 99,99% dos Inquéritos Parlamentares, as conclusões seguem as maiorias, do PSD quando este está no Governo, do PS, quando este no Governo está. O que se conclui e vota é sempre aquilo que agrada ou convém ao Partido governamental.
Por isso, sempre me interroguei sobre a razão da formação de Comissões de Inquérito cujas conclusões se conhecem à partida. Pela minha experiência pessoal, aliás, constituem a maior perda de tempo que alguém possa imaginar, não só para os Deputados que são capazes de fazer coisas dignas e úteis, mas sobretudo para muitas das vítimas que são chamadas a depor. Os deputados insistem nas mesmas perguntas, questionando até à náusea matérias já perfeitamente esclarecidas para uma mente normal. E as convicções com que partiram são sempre as convicções finais.
Face à vergonha que vinham constituindo, as Comissões de Inquérito foram suspensas pelo antigo Presidente da Assembleia da República, Mota Amaral. Foram retomadas, com os mesmos vícios, na presente Legislatura.
O PSD afirmou hoje que a Comissão do envelope 9 desprestigiou o Parlamento e nunca deveria ter sido constituída.
Devem sobrar muitos dedos de uma só mão para contar as que prestigiaram o Parlamento.
Por incapacidade, demagogia, facilitismo, politiquice, praxe, avilta-se um instrumento que, com outro espírito, poderia ser uma arma poderosa para assegurar a legalidade e a transparência de actos da administração que, de uma forma ou de outra, nos afectam. Lamentável!...
Como termo de comparação se tiverem oportunidade observem algumas das "Comissões de Inquérito" feitas no Congresso dos EUA.
ResponderEliminarAquilo é que são verdadeiras CI. Claro que há sempre os "artistas" do costume, como em todo o lado, mas quanto mais não seja em termos de espectáculo é do melhor...
Mas só são perda de tempo para os deputados capazes de fazer coisas dignas e úteis. Se acabassem com isso, o que é que faziam aos outros?
ResponderEliminarPortanto o mal está em que o assunto do inquérito possa ser importante. Por exemplo, urge um inquérito parlamentar, sem prazo, sobre a lógica do pensamento feminino, outro sobre Camarate (ah, sobre isto já há...) e outro sobre se o Vitor Baía foi ou não buscar a bola dentro da baliza no jogo da Luz de há uns anos e que nunca ficou completamente esclarecido.
Agora é só pegar nos deputados que não sabem fazer coisas dignas e úteis (se quiserem ajuda na escolha...) e formar as comissões de inquérito. Por exemplo, uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre os Casos da Jornada Passada...
Caro Tonibler:
ResponderEliminarComissões de Inquérito ao caso de Camarate creio que foram oito, a última das quais na anterior Legislatura...