domingo, 10 de junho de 2007

Alma Lusitana

As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram

Novo Reino, que tanto sublimaram;
...


O dia da morte de Luís de Camões é relembrado na comemoração do "Dia de Portugal, Dia de Camões e das Comunidades Portuguesas". É justo e carregado de simbolismo que no Dia de Portugal invoquemos Camões pela sua dedicação à Pátria, através da grande obra épica " Os Lusíadas" na qual se que contam quatro séculos da História de Portugal.
É um dia em que nos devemos lembrar dos nossos antepassados pela grandiosidade dos feitos realizados, pela história grande que escreveram, pela memória nunca mais apagada de um País de grandes Descobrimentos. A História mostra que podemos vencer.
Portugal tem que voltar a descobrir. A descobrir como fazer para construir uma sociedade capaz de criar oportunidades para todos e na qual todos se sintam felizes e realizados. Como no passado, temos que ter vontade de inovar, criar e mudar em torno de um ideal de País. Precisamos de encontrar um rumo que nos mobilize enquanto colectivo.
Precisamos de interessar os portugueses pelos problemas nacionais com que o País está confrontado, em particular os que afectam os mais desfavorecidos, e de mobilizar a força e o génio Lusitanos.
Alma Lusitana já temos. O que nos faz falta, mesmo, é um projecto Lusitano!

7 comentários:

  1. Alma há, projecto sem dúvida, falta já agora umas reformulações no sistema.

    O sistema actual premeia não os capazes, mas os que apostam nas aparências, afasta por vezes as pessoas capazes, por não se identificarem com o modus operandi.

    Isto irrita-me, como pessoas capazes são desvalorizadas porque: não aceitam entrar em esquemas menos lícitos; ou porque fazem do cérebro o seu principal instrumento de trabalho ao invés da língua. Demasiados vicios e pouca vontade de melhorar.

    Cara Margarida, acho que para conceber esse projecto, basta deixar os bons profissionais ocuparem o seu lugar, deixar que o mérito seja o motor e não a rede de contactos pessoal.

    Mas hoje é um bom dia para por mãos à obra. Penso que o segredo é não apelar a que se tenha orgulho de ser português, mas sim que as pessoas ajam de forma a que Portugal se orgulhe de sermos portugueses. retirado aqui

    Temos de deixar de parte o sentimento de pequenez e o espírito faducho ... Como dizem os Xutos "o que foi não volta a ser, mesmo que muito se queira e querer muito é poder" - mas isso não implica que não possa vir a ser muito melhorar.

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  2. Camões é sempre boa oportunidade para pensar na Pátria, para honrá-la, para melhorá-la, para merecer a sua História.

    Comecemos, primeiro, por nos melhorarmos a nós mesmos, que o mais virá por acréscimo, para usar a fórmula do Evangelho, aqui com pleno cabimento.

    Honra ao mérito, ao valor próprio, sem cunhas, nem empenhos, nem protecções espúrias.

    Depois, pensemos em melhorar Portugal.

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  3. Cara Margarida
    Quem como eu está no resto do outono da sua vida, facto que lhe proporciona uma indispensável serenidade na apreciação das características deste povo, com indiscutíveis qualidades, mas também com inquestionáveis pecados, só com grande espírito de portugalidade, pode imaginar o que de bom é possível realizar-se nesta sociedade em que vivemos, cheia de distorsões ao nível social e sobretudo no plano das competências e linhas de acção, de outra forma, no contexto do que se entende por policy e por politics na sua interligação constante. E tudo sempre na esperança, e daí o nosso estafado sebastianismo, de aparecer o tal que encaminhará as "tribos para o paraíso".O problema está em que, estatisticamente, parece existir apenas uma só hipótese por cada geração, de se detectar o tal génio. Quantos tivemos ao longo da nossa história? Quantos? E na nossa história moderna? O nosso temperamento é tal que mesmo sobre estes, as apreciações são das mais diversas, para o que concorre a nossa falta de cultura e instrução face às tentações políticas vigentes. A diáspora que sempre norteou este povo, vale a pena recordá-lo, foi uma das coisas mais belas que sempre empreendemos e que ajuda daria na perspectiva de um desenvolvimento harmonioso. Só que, temos tirado algum partido disso, para lá das remessas que fazem algum jeito ? A falta do tal senhor é realmente relevante numa análise desapaixonada do futuro.

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  4. Caro Great Houdini
    Instalou-se na sociedade portuguesa uma cultura de facilitismo, de pouca exigência, que nos tem prejudicado.
    Concordo que há demasiados vícios instalados e pouca vontade de mudança. Mas também é verdade que há um desânimo e desconfiança sobre um futuro melhor.
    O facilitismo está hoje a manifestar-se para muitos portugueses em dificuldades e sacrifícios. É uma triste constatação. Vamos acabar por perceber que vamos ter que mudar. Mas a mudança requer liderança, mobilização de vontades, esforço e empenho e, sobretudo, acreditar num projecto.

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  5. Caro António Viriato
    Totalmente de acordo. O País é o reflexo do que nós somos. Se não formos bons e sérios connosco próprios não podemos ambicionar um País melhor...

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  6. Caro antoniodasiscas
    O seu Outono é muitíssimo bem vindo. A sua sabedoria do Outono anda muito bem acompanhada da Primavera da esperança. A aprendizagem do passado é muito importante para compreendermos o que somos e onde estamos.
    Não sei se poderemos continuar sine die, eternamente, à espera do tal "senhor". O nosso sebastianismo está, como muito bem sublinha, completamente estafado. Por isso, cada um por si e todos em conjunto devemos acreditar que podemos ter um futuro melhor, agarrando-nos ao que temos, trabalhando, educando, tendo presente que está ao alcance das actuais gerações fazer melhor...

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