Segundo o DN de hoje, um estudo de investigadores dos Estados Unidos concluiu que ser conservador ou liberal, ou ser de direita ou de esquerda, corresponde a perfis cognitivos distintos e a funcionamentos cerebrais diferentes também. Assim, seria o funcionamento do córtex cerebral que determinaria a inclinação política da pessoa.
Também numerosos outros estudos, muitos dos quais divulgados neste Blog pelo Prof. Massano Cardoso, atestam que determinados genes são responsáveis, não só por muitas das características físicas, mas também por muitos dos comportamentos (criminalidade, homossexualidade, genialidade, estupidez, generosidade, cooperação, religiosidade, altruísmo (vide o post O Gene do Altruísmo).
A ser verdade, o homem nasceria já pré-determinado, bom ou vilão, santo ou bandido, sério ou vigarista, útil ou inútil, Madre Teresa ou traficante. A sua vida está antedefinida e tem que se limitar a seguir o seu inexorável destino.
Os valores da ética e da moralidade deixariam de existir, por não haver nem culpa, nem mérito, nem liberdade de escolha, nem livre arbítrio.
Sem sentido ficam a justiça e os tribunais, que ninguém pode ser acusado por possuir genes para os quais em nada concorreu.
E todos os pequenos e grandes facínoras e ditadores teriam que ser absolvidos.
Acredito na ciência, mas não estou ainda preparado para aceitar que o valor e o princípio universal do livre arbítrio possa ser assim tão facilmente postergado. A ciência evolui e as certezas de hoje tornam-se as dúvidas de amanhã, que se traduzirão em novas certezas e novas dúvidas, num eterno devir. É o encanto da ciência, que não perturba princípios universais em que assenta a vida da humanidade.
Também numerosos outros estudos, muitos dos quais divulgados neste Blog pelo Prof. Massano Cardoso, atestam que determinados genes são responsáveis, não só por muitas das características físicas, mas também por muitos dos comportamentos (criminalidade, homossexualidade, genialidade, estupidez, generosidade, cooperação, religiosidade, altruísmo (vide o post O Gene do Altruísmo).
A ser verdade, o homem nasceria já pré-determinado, bom ou vilão, santo ou bandido, sério ou vigarista, útil ou inútil, Madre Teresa ou traficante. A sua vida está antedefinida e tem que se limitar a seguir o seu inexorável destino.
Os valores da ética e da moralidade deixariam de existir, por não haver nem culpa, nem mérito, nem liberdade de escolha, nem livre arbítrio.
Sem sentido ficam a justiça e os tribunais, que ninguém pode ser acusado por possuir genes para os quais em nada concorreu.
E todos os pequenos e grandes facínoras e ditadores teriam que ser absolvidos.
Acredito na ciência, mas não estou ainda preparado para aceitar que o valor e o princípio universal do livre arbítrio possa ser assim tão facilmente postergado. A ciência evolui e as certezas de hoje tornam-se as dúvidas de amanhã, que se traduzirão em novas certezas e novas dúvidas, num eterno devir. É o encanto da ciência, que não perturba princípios universais em que assenta a vida da humanidade.
Nesse caso Caro Dr. Pinho Cardão,
ResponderEliminarPugne-se em defesa do livre arbítrio, declaro.me desde já mercenário ao serviço da causa. Mas, uma vez que as características de personalidade são genéticamente herdadas, proceda-se a uma selecção da espécie, permitindo somente o acasalamento aos possuidores de genes "bons".
Os outros?
Ora, esses enviam-se para a Berlenga, as mulheres por serem em maior número e os homens para os Farilhões, estende-se uma rede electrificada num perímetro a toda a volta, tipo as de protecção contra tubarões que existem nas praias da Austrália e está o problema resolvido.
Não, a rede não é para que se não evadam, é para que não haja promisquidade.
:))))
Também eu não aceito (por incompreensão), que o individuo nasça já pré-determinado “bom ou vilão”.
ResponderEliminarQuanto a mim, o indivíduo é moldado de acordo com os diversos factores que o rodeiam e, são esses factores, tão diversos como a cultura, a pobreza, a riqueza, o ambiente familiar e social e, ainda outros, que vão determinar que opte por um dos lados.
Cada vez me convenço mais que a genética é daqueles ramos da ciência onde "vão sobrar peças".
ResponderEliminarImagino que "liberal" se refira ao entendimento anglo-saxónico da palavra (completamente distinto da tradição latina).
ResponderEliminarCaro Dr. Pinho Cardão
ResponderEliminarEstá cientificamente assimilado que a estrutura genetica tem, mais ou menos, influência nas nossas características físicas e cognitivas. Mas há outros factores igualmente importantes que comparticipam na nossa formação enquanto seres humanos, como seja a cultura ou a educação.
As novas descobertas ou "suspeitas" científicas prestam-se muitas vezes a especulações na tentativa de encontrarmos uma justificação "matemática". Também não estou preparada para acreditar que nascemos com a marca de "democrata" ou de "ditador"! A investigação agora revelada não me convence. Devo ter nascido com o gene da "desconfiança"!
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarNão sei se as conclusões são assim tão válidas mas é verdade que há vários estudos à volta do tema com resultados tendencialmente semelhantes.
Se o meu amigo se quiser dar ao trabalho de ler o meu "post" "Antolhos" verá que ele se refere aproximadamente ao mesmo.
http://aliastu.blogspot.com/2006/08/antolhos.html
PSD - Já agora permite-me que te diga que se as conclusões não são totalmente fiáveis em matéria de ideias políticas são certamente em matéria de futebóis. Repara no teu caso.
Caro Rui Fonseca:
ResponderEliminarVi o post, que é extremamente interessante e recomendo aos visitantes do 4R. Os resultados agora apurados em matéria de inclinação política inata confirmam, de facto, os que referes.
A questão que eu coloco é se os estudos permitiram chegar a essas conclusões ou se conclusões prévias condicionaram os estudos, como muitas vezes tem acontecido.
Quanto a mim, tenho grande dificuldade em aceitar que nasçamos já pré-determinados, pelo menos por tudo aquilo que aflorei no meu texto.
E também não se nasce com o gene azul e branco.Esse gene aparece quando se dá a união de um coeficiente de inteligência acima da média com um coeficiente emocional superior, pelo que não contempla a muitos. Por exemplo, aqui, no 4R, pese o elevadíssimo e supremo standard de todos os seus autores,essa união só se verificou na minha pessoa e na do Professor Massano!...Que queres? É mesmo assim e pouco podemos fazer!...
Não é segundo o DN. É de acordo com o El Mundo da véspera....
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