Vai por aí enorme alarido com o convite a Jorge Coelho, e correspondente aceitação, para integrar o Conselho de Administração da Mota-Engil.
Não vejo onde é que possa estar o mal. A Mota-Engil é uma empresa na legalidade, pode recrutar quem bem entende; Jorge Coelho é um cidadão livre, pode aceitar os convites que quiser.
Os críticos dizem que Jorge Coelho esteve no Governo e entregou dois concursos de SCUTS à empresa Mota-Engil.
Jorge Coelho saiu há sete anos do Governo, tempo suficiente para ter passado o período de “nojo”; os concursos para as SCUTS foram públicos, tiveram um júri e obedeceram ao que estava legalmente fixado.
Um cidadão não pode ficar castrado e incapaz de desenvolver a sua vida profissional, pelo facto de ter sido Ministro. Tal conduta só pode levar a que dirigentes qualificados nunca aceitem fazer parte dos Governos.
Para os adeptos desta conduta, apenas funcionários públicos bacteriologicamente puros e com voto perpétuo à função pública poderiam ser Ministros.
Houve e há muita gente desta nos diversos governos. Tão liofilizados, que só conseguem respirar em ambiente da mais pura buocracia. Como nada sabem e nada conhecem, tornam-se joguetes nas mãos de muita gente.
Não vejo onde é que possa estar o mal. A Mota-Engil é uma empresa na legalidade, pode recrutar quem bem entende; Jorge Coelho é um cidadão livre, pode aceitar os convites que quiser.
Os críticos dizem que Jorge Coelho esteve no Governo e entregou dois concursos de SCUTS à empresa Mota-Engil.
Jorge Coelho saiu há sete anos do Governo, tempo suficiente para ter passado o período de “nojo”; os concursos para as SCUTS foram públicos, tiveram um júri e obedeceram ao que estava legalmente fixado.
Um cidadão não pode ficar castrado e incapaz de desenvolver a sua vida profissional, pelo facto de ter sido Ministro. Tal conduta só pode levar a que dirigentes qualificados nunca aceitem fazer parte dos Governos.
Para os adeptos desta conduta, apenas funcionários públicos bacteriologicamente puros e com voto perpétuo à função pública poderiam ser Ministros.
Houve e há muita gente desta nos diversos governos. Tão liofilizados, que só conseguem respirar em ambiente da mais pura buocracia. Como nada sabem e nada conhecem, tornam-se joguetes nas mãos de muita gente.
Para mal dos nossos pecados!...Mas alguns insistem na dose!...
Meu caro, o meu Amigo teria razão nas observações que muito justamente tece, se vivessemos numa sociedade saudável. Mas a democracia está doente. E vai permitindo que o discurso do BE faça o seu caminho.
ResponderEliminarVinga o princípio de que todos são presumidos bandoleiros sem possibilidade de prova em contrário...
Caro Pinho Cardão
ResponderEliminarMas neste caso o Coelhone não vai para a Mota por causa do passado. Vai sim garantir o futuro.
Acho que foi coincidência a nomeação de Coelhone e o anúncio da nova ponte?
Caro Ferreira de Almeida:
ResponderEliminarDe facto, os métodos inquisitoriais estão aí em pleno.
Caro Luís Bonifácio:
Com o devido respeito, não vejo qualquer coincidência na escolha. Com ponte em Chelas, no Beato ou na Mouraria, claro que a Mota-Engil terá sempre uma palavra nos concursos.
Diz que Coelho vai para garantir o futuro da Mota. Concordo. Seja ele Coelho, ou tenha outro nome qualquer. E quanto mais competente, mais garante o futuro da empresa.
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarEstá visto que o meu caro nunca sofreu na pele a concorrência de empresas que, por pagarem a pessoas bem colocadas no aparelho gestor da despesa pública, garantem um nível de rendimento com o estado tal que, fora do estado, se permitem a esmagar margens e a dominar o mercado. Eu já.
Agora, a culpa é dele ou é de quem permite que tal dinheiro seja gasto? Eu, no lugar dele, faria a mesma coisa. Mas como gestor do dinheiro da ponte eliminava logo a Mota-Engil do concurso.
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarIsso é o que se pode dizer pensar contra-a-corrente.
Mas, neste caso, parece-me que há por aí demasiada caridade nesse seu pensamento.Não quero crer que seja ingenuidade sua.
Coelho é o que se costumava chamar um verdadeiro politicão.
Tem um currículo feito de nomeações políticas. Começou a ser notável em Macau, pela mão de outras sumidades socialistas não praticantes. Chega agora ao Eldorado das Administrações. Enfim, fiquemo-nos por aqui…
A título jocoso, acrescente-se apenas mais isto : mantém um longo litígio com o verbo haver... Apesar de ter convivido de perto com Edite Estrela, que, suponho, tenha sido ainda sua camarada de bancada no Parlamento.
Pode ser que me engane, mas, para mim, é tarde para lhe conceder o benefício da dúvida.
Bom início de semana.
Meus caros,
ResponderEliminarPara termos políticos “bacteriologicamente puros” era necessário que existissem seres humanos desses. E eu nunca vi nenhum, muito menos quando me vejo ao espelho.
A política foi e será sempre um jogo e uma luta de interesses. Em que cada um defende os seus ou os de quem representa. E em democracia esses interesses podem, e devem, ser escrutinados de forma clara.
E todos têm é o dever e a obrigação de defender os seus interesses. Sempre.
É o que a Mota Engil está a fazer, procurou uma “arma” que julga eficaz para garantir o seu futuro. E o que eu espero é que os concorrentes estejam a fazer o mesmo, arranjando armas de poder de fogo equivalente. E alguém tem dúvida que já não o fizeram? Provavelmente com nomes menos sonantes (para os meus ouvidos, claro) mas não necessariamente menos eficazes.
Porque se não o fizeram, meus amigos, o que andam estas empresas cá a fazer?
E, se assim for, está tudo certo.
Venha lá o concurso e aguardemos por uma luta entre iguais.
Custa-me a admitir que o Drº Jorge Coelho seja mais um "cardeal"! Nem o modo como chega à mota engil tem alguma coisa a ver com o modo do outro...
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão,
ResponderEliminarJorge Coelho fez curriculum na política e quanto muito, no Mota, pode ser um facilitador de contactos e relações.
Devia ser ao contrário, ter feito curriculum no Mota e fazer uma perninha no governo. Tratando-se de construções, é preferível começar pelas fundações.
Mas dentro do sistema que temos, SC desdramatiza, e bem.
Caro Tonibler:
ResponderEliminarEssa é uma outra questão e nela tem obviamente razão.
E tem que ser resolvida, através de uma maior exigência e transparência da Administração Pública e de punição severa de quem não cumpre os procedimentos legais.Impedir que ex-Ministros, depois de um período de quarentena, sejam chamados a participar na gestão das empresas não resolve qualquer problema. E traz outros.
Caro António Viriato:
De facto, as correntes dominantes pouco me dizem, apenas me fazem reflectir um pouco mais, quer quando as acompanho, quer quando as não acompanho ou contrario.
No caso, independentemente do juízo de valor que se possa fazer da pessoa em causa, uma coisa há que preservar: a liberdade de as empresas contratarem quem querem e a liberdade de quem quer que seja aceitar os convites de emprego que lhe fazem. Conjuguem bem ou mal o verbo haver!...Sendo, claro, lamentável que o conjuguem mal!...
Compete, depois, ao Estado e aos Tribunais penalizar quem não cumpre as regras estabelecidas.
Caro SC:
Concordo, obviamente!...
Caro Jotac:
Cardeal ou bispo,não sei. Mas, a aferir pelas declarações de que "quem bate no PS leva", não é homem para dar a outra face. O que contraria um princípio da religião cristã, pregada por bispos e cardeais...
Caro Agitador:
O meu amigo foi ao essencial da questão.
Acontece que, cada vez mais, os políticos de topo são funcionários partidários de carreira ou funcionários públicos de carreira.
Os primeiros fazem tudo para se manter; os segundos mantêm-se na carreira, façam o que façam.
Pouca gente vai para o Governo, com méritos atestados na sua profissão, nomeadamente nas empresas. Porque o clima de suspeição é asfixiante e porque os carreiristas tendem a ocupar todos os espaços.
Claro que seria melhor para o país que um cidadão chegasse ao Governo depois de consagrado na sua vida profissional de que um sujeito que chega às empresas depois de uma carreira exclusivamente política.
Mas se se encontra aí mérito, e muitos efectivamente o têm...