No último mês, diz o DN de anteontem, Cristiano Ronaldo, a par de um novo Rolls Royce Phantom comprado por 426.000 euros, ainda com matrícula convencional, gastou mais 188.000 euros na compra da matrícula CR7 para o seu Bentley.
Parece que o moço não pode agora passar sem a personalização dos objectos com a marca CR7, estendendo-a a telemóveis incrustados com pedras preciosas, a brincos de diamantes, e, em geral, às jóias que adquire, mas também aos jeans, a almofadas de sofás, à cama em que dorme e às mesas em que come. Até o fundo da piscina não escapa e está a ser decorada com mosaicos em forma de CR7.
Para assinalar a pertença, mesmo que transitória, algumas das namoradas já foram também presenteadas com brincos CR7.
Na minha opinião, não é criticável, muito menos condenável, devendo até ser considerado quem, respeitando a legalidade e princípios éticos, pelo trabalho, pelo espírito de iniciativa e liderança, ou pelos talentos com que nasceu ou soube adquirir, ganhe muito dinheiro.
Ao contrário, não tenho qualquer consideração por quem esbanja gratuitamente riqueza pessoalmente ganha ou herdada, não procurando, nem lhe dando, entre as diversas alternativas ao dispor, um fim socialmente útil.
Cristiano Ronaldo nasceu com um enorme talento para o futebol e, com a ajuda de quem teve a sorte de encontrar no Sporting e no Manchester, pôde elevar esse talento ao nível dos maiores do mundo. Tornou-se um ícone do marketing, potenciado pelo poder da principal marca que o patrocina, a Nike. É apresentado como um exemplo e nomeado como embaixador de tudo e alguma coisa. O mérito é-lhe reconhecido no enorme ordenado que ganha.
É, contudo, ofensiva a forma como o desbarata.
Endeusado como nunca, porventura mal aconselhado, Ronaldo passa por uma má fase, bem evidenciada no futebol praticado no último Campeonato da Europa ou nas peripécias de querer fazer prevalecer a sua vontade de transferência, rasgando o contrato com o Manchester. Oxalá se trate de devaneios passageiros.
Parece que o moço não pode agora passar sem a personalização dos objectos com a marca CR7, estendendo-a a telemóveis incrustados com pedras preciosas, a brincos de diamantes, e, em geral, às jóias que adquire, mas também aos jeans, a almofadas de sofás, à cama em que dorme e às mesas em que come. Até o fundo da piscina não escapa e está a ser decorada com mosaicos em forma de CR7.
Para assinalar a pertença, mesmo que transitória, algumas das namoradas já foram também presenteadas com brincos CR7.
Na minha opinião, não é criticável, muito menos condenável, devendo até ser considerado quem, respeitando a legalidade e princípios éticos, pelo trabalho, pelo espírito de iniciativa e liderança, ou pelos talentos com que nasceu ou soube adquirir, ganhe muito dinheiro.
Ao contrário, não tenho qualquer consideração por quem esbanja gratuitamente riqueza pessoalmente ganha ou herdada, não procurando, nem lhe dando, entre as diversas alternativas ao dispor, um fim socialmente útil.
Cristiano Ronaldo nasceu com um enorme talento para o futebol e, com a ajuda de quem teve a sorte de encontrar no Sporting e no Manchester, pôde elevar esse talento ao nível dos maiores do mundo. Tornou-se um ícone do marketing, potenciado pelo poder da principal marca que o patrocina, a Nike. É apresentado como um exemplo e nomeado como embaixador de tudo e alguma coisa. O mérito é-lhe reconhecido no enorme ordenado que ganha.
É, contudo, ofensiva a forma como o desbarata.
Endeusado como nunca, porventura mal aconselhado, Ronaldo passa por uma má fase, bem evidenciada no futebol praticado no último Campeonato da Europa ou nas peripécias de querer fazer prevalecer a sua vontade de transferência, rasgando o contrato com o Manchester. Oxalá se trate de devaneios passageiros.
Porque, onde falta a cabeça, os pés de pouco servem.
Caro Dr. P. Cardão, e o que dizer dos clubes e das agências de publicidade e das marcas patrocinadoras e... inevitavelmente, dos midia?
ResponderEliminarNão são eles que criam e mantêm esse alucinante exibicionísmo?
E depois, de onde retiraria o CR inspiração ou exemplo que o motivasse a empregar parte da sua fortuna em prol da sociedade?
Dos governantes políticos?
Dos mega-empresários?
Dos líderes religiosos?
-Já o escrevi há uns tempos, o Sporting tem a melhor escola de futebol do país, uma das melhores da Europa, mas não faltará por lá alguma disciplina de caracter e decência? É que transferências para clubes rivais, algumas bem polémicas, e pior, com algumas provocações a emblemas anteriormente representados, em maior ou menor grau, por aquelas bandas, não faltam exemplos, Paulo Futre, Luis Figo, Simão Sabrosa, Ricardo Quaresma, Marco Caneira (agora é querido, mas já saiu em tempos colocando o clube em tribunal). Em stand-by João Moutinho(?), Miguel Veloso(?).
ResponderEliminarDe facto até se pode dizer que o rapaz esbanja dinheiro, mas ao menos foi ele que ganhou. E isso é apenas e só da conta dele, tanto mais que, ao contrário do que diz no post, o ronaldo de facto até tem contribuído para projectos de solidariedade...
ResponderEliminarPode dizer que é pouco comparado com o dinheiro que ganha (eu nao sei), mas no passado recente, e que me lembre de cor, o rapaz até fez uma doação de 100 mil dólares à cruz vermelha (salvo erro) e outra a uma instituição de caridade na Madeira...
Pelo menos não paga IRS em Portugal, senão o desbaratar seria verdadeiramente imoral...
ResponderEliminarCaro Drº Pinho Cardão:
ResponderEliminarPor mim, o seven até pode comportar-se e gastar como um sheik das arábias que estou-me nas tintas...desde que não acabe a pedir o rendimento mínimo!.
Agora a sério: considerando a idade do crack e o facto do excesso de dinheiro chamar sempre "bons conselheiros", subscrevo as suas boas reflexões.
Caro Dr. Pinho Cardão
ResponderEliminarCom todo o mérito que lhe é devido, que não duvido, e respeito pelos benefícios que retira dos seus talentos, tão entusiasticamente reconhecidos pelos profissionais e aficionados do futebol, concordo que é ofensiva a forma como CR manifesta a sua capacidade do "quero, posso e mando". Poderá não ter em que gastar o dinheiro ou não lhe ocorrerem outras formas de o fazer, mas a forma como o faz não lhe fica bem. Acredito que nem se quer se dê conta. É jovem e está fascinado com o seu próprio sucesso, esquecendo as suas responsabilidades e o que se passa à sua volta…
Meus caros,
ResponderEliminarPenso que exageram. O que o Ronaldo faz é simplesmente uma versão "scaled-up" do pagode tuga, que tem uma tradição bem documentada de novo-riquismo.
Ao menos o Ronaldo não pede dinheiro emprestado para comprar um audi a3 às prestações. Ou não é burro como um cerdo (os nossos amigos castelhanos têm aqui mais um expressão magnífica) para comprar um apartamento no subúrbio por um prazo de 50 anos.
Além disso aos 20 anos não se costuma ter muito juízo, pelo menos é essa a minha experiência ;), ou estarão os meus caros em desacordo?
Cumprimentos,
Paulo
Caro Paulo:
ResponderEliminarAos 23 anos há muita gente responsável, plenamente responsável.A vida assim o obriga. Aliás, a maioridade atinge-se aos 21.
Criticamos os filhos-família que vão esbanjando fortunas herdadas, perdendo as fábricas e os bens. Se for um jogador de futebol é diferente?
Outro dia li uma reportagem sobre uma família milionária, creio que indiana, que tem o funda da piscina de uma das suas mansões forrada a pedras preciosas. O nosso Ronaldo ainda tem que meter muitos golos até chegar a esse apuro...
ResponderEliminarCaríssimo Pinho Cardão,
ResponderEliminarAcho que a maioridade nestes tempos anda à volta dos 18 anos ;)
Há dois pontos a considerar no caso do miúdo em causa:
1) Ele esbanja o que é dele. Não "socializa" as perdas, como os bancos e muita "iniciativa" privada.
2) É um novo-rico com comportamentos de novo rico. É chocante? É. Mas isso faz parte da esfera privada do miúdo. É um comportamento se calhar menos irresponsável do que fumar ou drogar-se. Mas repito que é a sua esfera privada.
Quanto à maturidade aos 23 anos, há de facto muita gente responsável, e muita irresponsável ;) Na vida como na cozinha sou adepto da regra do lume brando, calor a mais esturrica a paparoca, se bem que uns escaldões não sempre necessários (a carne fica mais sumarenta).
Cumprimentos,
Paulo