Os últimos dias do ano são normalmente momentos em que se fazem balanços e se advinha o futuro do Ano Novo que aí vem. É um tempo de festa porque mais um ano se completou e outro ano vem a caminho. É também um tempo em que desejamos aos outros o melhor que o mundo tem para dar e fazemos votos de muitas felicidades, muitos sucessos pessoais e profissionais, com saúde, amor e paz.
A esperança enche-nos o coração e por momentos vivemos intensamente a felicidade, a felicidade do mundo, como que nos alimentando dela para o Novo Ano que se inicia. A esperança de um Bom Ano Novo vai-se instalando à medida que os ponteiros do relógio vão avançando. No meio da euforia que nos é imposta, há sempre tempo para um balanço, para alguma serenidade.
Lembrei-me de um conto do livro de contos “O JARDINEIRO” em que o autor (Grian) nos conta uma história sobre a felicidade. Uma reflexão simples mas cheia de sabedoria que nos fala dessa essência preciosa que buscamos para as nossas vidas e que repetidamente desejamos em cada Ano Novo que acontece.
Então, reza assim o conto do jardineiro:
A esperança enche-nos o coração e por momentos vivemos intensamente a felicidade, a felicidade do mundo, como que nos alimentando dela para o Novo Ano que se inicia. A esperança de um Bom Ano Novo vai-se instalando à medida que os ponteiros do relógio vão avançando. No meio da euforia que nos é imposta, há sempre tempo para um balanço, para alguma serenidade.
Lembrei-me de um conto do livro de contos “O JARDINEIRO” em que o autor (Grian) nos conta uma história sobre a felicidade. Uma reflexão simples mas cheia de sabedoria que nos fala dessa essência preciosa que buscamos para as nossas vidas e que repetidamente desejamos em cada Ano Novo que acontece.
Então, reza assim o conto do jardineiro:
O que devo fazer, jardineiro, para alcançar a felicidade? – disse a bela jovem. O jardineiro deixou escapar um sorriso inocente.
- Não a procures – respondeu.
A rapariga ficou confusa.
- Como é possível que me digas uma coisa dessas? – perguntou, um tanto incomodada com o seu sorriso. – Toda a gente procura a felicidade…
- … E muito poucos a encontram … - interrompeu-a o jardineiro ainda a rir-se.
A irritação da impulsiva jovem ia crescendo, o que só fazia aumentar o divertimento do homem.
- Repara… - Continuou o jardineiro, tentando acalmá-la. – Toda a gente procura a felicidade. Uns procuram-na na pessoa amada, outros na acumulação de dinheiro e bens, outros na confirmação dos seus sonhos… Toda a gente passa a vida a perseguir um sonho por realizar e, quando o consegue, alcança uma felicidade que julga que durará eternamente. Mas passado um tempo, volta a monotonia e a desilusão, e toda a gente volta a procurar um novo sonho por cumprir, até que o consegue e volta a cair na desilusão e, assim sucessivamente.
- Queres dizer que não é possível alcançar uma felicidade duradoura? – voltou a interrogar a rapariga.
- Oh, não! Não quis dizer isso.
- Então, como se alcança a felicidade duradoura? – insistiu a jovem, dando mostras de invisível impaciência.
O jardineiro fez um gesto para que se acalmasse.
- Não se alcança – respondeu-lhe. – Não é possível alcançares algo que tem estado sempre contigo.
- Jardineiro, estás a enlouquecer-me. Se tem estado sempre comigo, como é possível que não a sinta?
- Acaso sentes a flor que levas nos teus cabelos? – perguntou o jardineiro.
- Quando me detenho a pensar nisso, sim – respondeu levando a mão à flor.
- Acaso não te dás conta que eras feliz, quando te deténs a pensar no passado?
- Bom… Sim… - balbuciou. Mas…
- Pois então detém-te a pensares na felicidade que sentes agora – interrompeu-a o jardineiro. As pessoas comportam-se todas como aquele homem que passou o dia à procura dos óculos, e que acabou por se aperceber que os tinha postos.
“Temos que ser felizes, mas só nos damos conta quando passou o tempo, e a distância nos permite ver a totalidade do que se viveu.
“A felicidade tem estado sempre em ti, nunca te abandonou. Nem sequer quando a vida te fez passar pela dor e a amargura. Apenas não a vias, a tua obsessão por a encontrares e por fugires da dor não te deixava vê-la.
“Presta atenção à tua vida, ao que te rodeia, ao que sentes… e descobrirás que já és feliz, neste momento, que a felicidade faz parte de ti, porque é como uma pradaria verde onde a vida baila as suas danças de vida e morte, de amor e solidão”.
E acariciando a face da rapariga, disse-lhe com ternura:
- Não procures a felicidade. Se desejas procurar algo… procura a vida.
A todos os autores do 4R e a todos os comentadores e leitores que animam o 4R desejo as maiores felicidades para o Ano Novo que não tarda já chegou!
Um bom 2009, feliz e saudável, Margarida.
ResponderEliminarQue o Ano 2009 seja, no mínimo, recheado de saúde, cara Draª. Margarida Aguiar.
ResponderEliminarLindo conto, Margarida, e tão oportuno! QUe o Novo Ano nos traga essa capacidade de apreciar os momentos felizes e que estes possam ser muitos e muitos!Ao 4r e a todos os que aqui marcam a sua presença, um óptimo Ano Novo!
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