Vítor Constâncio, num encontro promovido pela Câmara do Comércio Luso-espanhola, aconselhou a subida do défice orçamental, recomendou mais despesa e investimento público e rejeitou a baixa de impostos.
Daniel Bessa, num encontro promovido pela Plataforma Construir Ideias, de Pedro Passos Coelho, aconselhou a suspensão dos limites do défice, recomendou um programa de obras públicas e rejeitou a redução da carga fiscal.
Octávio Teixeira, no DN, defende, naturalmente, um deslize do défice, mesmo acima dos 3% e não defende a baixa de impostos.
João Ferreira do Amaral, no DN, aponta o aumento da despesa pública para reanimar a economia, defende o défice acima dos 3% do PIB e rejeita a baixa de impostos.
Vítor Baptista, economista e deputado do PS, também no DN, é adepto do aumento da despesa e até veria com bons olhos um aumento do défice.
Os três primeiros, por certo devido a notável coincidência, em uníssono referiram que havendo qualquer descida dos impostos, os cidadãos aproveitariam a folga para poupar. Presume-se que não seria bom.
Agora digo eu. Nos últimos dez anos, em termos de PIB, o investimento público, em Portugal, foi o maior da Europa, e Portugal foi o país que menos cresceu, se é que se considera crescimento o ligeiríssimo aumento do produto.
Daniel Bessa, num encontro promovido pela Plataforma Construir Ideias, de Pedro Passos Coelho, aconselhou a suspensão dos limites do défice, recomendou um programa de obras públicas e rejeitou a redução da carga fiscal.
Octávio Teixeira, no DN, defende, naturalmente, um deslize do défice, mesmo acima dos 3% e não defende a baixa de impostos.
João Ferreira do Amaral, no DN, aponta o aumento da despesa pública para reanimar a economia, defende o défice acima dos 3% do PIB e rejeita a baixa de impostos.
Vítor Baptista, economista e deputado do PS, também no DN, é adepto do aumento da despesa e até veria com bons olhos um aumento do défice.
Os três primeiros, por certo devido a notável coincidência, em uníssono referiram que havendo qualquer descida dos impostos, os cidadãos aproveitariam a folga para poupar. Presume-se que não seria bom.
Agora digo eu. Nos últimos dez anos, em termos de PIB, o investimento público, em Portugal, foi o maior da Europa, e Portugal foi o país que menos cresceu, se é que se considera crescimento o ligeiríssimo aumento do produto.
O Governo, seguindo tão doutos e autorizados conselhos, já disse que ia aplicar a mesma receita, melhor, o mesmíssimo veneno que nos levou a este estado.
Os deuses estão mesmo loucos!... E os bonzos da corte, também!...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro Paulo:
ResponderEliminarOra aí está um argumento verdadeiramente racional para explicar grande parte do investimento público.
Caro Drº Pinho Cardão:
ResponderEliminarEu não sei nada, mas parece-me que além da trampa em que estamos atolados, parce haver alguma insanidade mental...
Acho que começam a faltar as forças para ouvir tanto cromo, que num dia diz que não há crise, no outro que isto está em crise, e que em em meados de 2009 aí sim a coisa começa a levantar...
Ainda me sobram forças para ler este poema:
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
José Régio
Caro jotaC:
ResponderEliminarValeu a pena o post pelo belo poema que trouxe do José Régio.
Grande poeta, humanista e culto.
Ao contrário dos aspirantes a tecnocratas que nos governam, que vão sempre por aí, porque não sabem nem sonham que há outros caminhos.
Ignorantes que são...ou então atrevidos, porque a via que seguem é a que lhes perpetua o poder.
É espantoso, não é? Afinal os ilustres professores de economia quando questionados sobre algo que não se passou nos EUA do pós-guerra respondem com um empirismo imediatista a roçar a imbecilidade. Realmente, se a solução que têm é o estado gastar dinheiro então porque não foi solução ontem? Isto de andar a pensar pela cabeça dos escribas das revistas americanas...
ResponderEliminarVitor Constâncio já deu pmais que provas que está feito com os "grandes da banca"
ResponderEliminarè o mais bem pago do mundo com cerca de 20500 euros de vencimento por ano... E...