Ontem ouvi a entrevista de Manuela Ferreira Leite a Judite de Sousa, na RTP1.
Anteontem acompanhei, através do canal Parlamento, o primeiro debate parlamentar de 2009 com o Primeiro-Ministro, sob o tema (imagine-se!) da Saúde, escolhido pelo Governo.
Ano difícil, este de 2009! Não, não estou a falar da crise...estou a falar de estilos na política; estou a falar de contrastes notáveis entre dois notáveis protagonistas da agenda política.
Tenho receio que os portugueses, desabituados que estão de assistir, com a responsabilidade que o sentido de Estado obriga, à verdadeira descrição da sua realidade; ao explicar claro de outras propostas políticas que a situação actual exigiria ponderar; aos verdadeiros alertas de hoje e para o futuro... sem dispersão nem "promoção" do pequeno facto político (que prima em ser notícia), sem desvios ilusionistas, sem soberbas certezas sobre soluções traçadas, enfim, sem estilo político truculento, criador da politiqueirice agressiva e "noticiável"...tenho receio que aqueles portugueses já divorciados da política, se não reconciliem a tempo de decidirem o futuro!
No pouco tempo que teve de entrevista, e falando apenas dos assuntos que lhe foram postos pela jornalista, Manuela Ferreira Leite esteve igual a si própria e mostrou ao país em quem deverá votar se não quiser piorar esta situação de crise, votar na alternativa credível do PSD.
ResponderEliminarSobre o cenário politico-partidário:
"aquilo que temos dito nestes últimos 7 meses é o que se tem vindo a verificar" [...] "o debate político é completamente diferente agora, do que era há 7 meses atrás" [...] "a oposição do PSD não se baseia em tricas políticas, mas em questões importantes"
Sobre a crise economico-financeira:
"eu sempre defendi - desde que fui Ministra das Finanças - que, se houvesse alguma folga orçamental, essa folga deveria ser utilizada para baixar impostos e não para aumentar a despeza" [...] "aumentando a despeza, hipoteca-se no futuro uma possível baixa de impostos"
"o emprego está nas PME, é preciso ajudá-las, mas não da forma como o governo está a fazer" [...] "não se ajuda alguém que está endividado, fazendo com que se endivide mais"
Sobre as grandes obras públicas:
"Se eu fosse primeira-ministra abandonava de imediato o projecto do TGV" [...] "só é viável de houvesse um avião para Madrid, de 7 em 7 minutos" [...] "essa obra não vai utilizar recursos portugueses, vai importar-se tudo"
Sobre as eleições autárquicas:
"Pedro Santana Lopes tem crédito para ser presidente de câmara" [...] "tem obra feita como presidente de câmara" [...] "ser presidente de câmara ou primeiro-ministro é completamente diferente" [...] "fui eu, como presidente da distrital de Lisboa, que escolhi Santana Lopes em 2005"
"Gonçalo Amaral não cumpre as regras definidas pelo PSD para ser candidato a uma autarquia e nesse sentido a sua candidatura não pode ser aceite"
Sobre o calendário eleitoral:
"O Engº José Sócrates quer maioria absoluta, mas ao mesmo tempo quer antecipar eleições. Não se percebe se quer então estabilidade ou instabilidade"
fiquei de rastos depois de ouvir o debate sobre a saúde, com aqueles que são os nossos legítimos representantes.
ResponderEliminarcom tanto que há para dizer sobre o que sofrem as populações no que respeita aos cuidados de saúde prestados pelo Serviço Público do Estado Português.
pior era de facto impossível.
Quem nos defende ?