A propósito da visibilidade e do sucesso mediático das aranhas e das moscas, ocorre-me um episódio que me contou um amigo que foi ao seminário sobre felicidade realizado há dias em Lisboa por Tal Ben-Shahar, Professor em Harvard de Psicologia Positiva. A certa altura do seminário havia um exercício que era o seguinte: um écran gigante tinha projectadas várias imagens e, entre elas, um desenho geométrico com triângulos. O orador desafiou a assistência a dizer quantos triângulos viam e deu-lhes tempo para contar. Muitas pessoas levantaram o braço a dizer quantos triângulos viram. Em seguida, depois de apagado o écran, perguntou: -“ E quantas crianças iam no autocarro?” Ninguém, ou só um ou dois, tinha reparado no autocarro, apesar de o terem visto na imagem, quanto mais nas crianças que lá iam dentro, pois estavam todos condicionados para olhar atentamente os triângulos e só raros conseguiram sair da esquadria previamente desenhada.
É talvez por isso que o discurso do Papa ficará como o discurso da aranha ou a entrevista de Obama marcada pela cena da mosca e da reacção da Sociedade Protectora de Animais….
É talvez por isso que o discurso do Papa ficará como o discurso da aranha ou a entrevista de Obama marcada pela cena da mosca e da reacção da Sociedade Protectora de Animais….
Presumo que estas técnicas sejam muito utilizadas pelos políticos. Arranjam formas de desviar a atenção dos verdadeiros problemas, obrigando-nos a focar pseudoproblemas. Uns artistas...
ResponderEliminarSerá que as conclusões destes testes psicológicos, vão fazer com que num futuro próximo, sempre que um politico precise de se dirigir a uma assistência e lhe convenha que pouca ou nenhuma atenção seja prestada ao seu discurso, se socorra da presença de um animal como adereço?
ResponderEliminarConsigo imaginar o PM instigado a prestar declarações sobre o Porto Livre de Alcochete, apresentar-se perante o país de serpente enrolada... à volta do pescoço... e um bruáaa de fundo... aperta! aperta! aperta!
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ResponderEliminar“(…) só raros conseguiram sair da esquadria previamente desenhada.”
ResponderEliminar___________________________________
Acredito que sim. Mas seria interessante sabermos qual a percentagem em género, da plateia, pois é consabido que o género feminino tem muito mais capacidade de observação do que o masculino, quase que nada lhe escapa, consegue mesmo captar em simultâneo (por exemplo, num restaurante), a conversa do seu par e ao mesmo tempo a dos pares vizinhos. Por acaso, este facto já o constatei pessoalmente umas tantas vezes, e as mesmas tantas disse o mesmo: eh pá, deixa lá a vida da senhora…mas (também sou curioso, e então se os pormenores forem picantes, adoro!), ao observar com mais acuidade os detalhes que a minha parceira me descortina, verifico quase sempre que batem certo, garantidamente ela tem razão.
Fique tranquila, cara Dra. Suzana Toscano, não inventei nada disto numa noite de insónias! Li num livro!
E o livro também diz que estas e outras capacidades das mulheres, que à primeira vista até parecem ser comuns aos homens, se devem ao facto de as mulheres estarem destinadas a ser mães e, por isso, terem necessidade de nos primeiros tempos de vida dos seus bebés interpretarem a sua linguagem corporal e gestual, de modo a saberem o que fazer. E todo este treino, todo este esforço de interpretação, faz com que o cérebro da mulher trabalhe em “diversas pistas ao mesmo tempo”, ao contrário do homem que trabalha em poucas (alguns como eu, em nenhumas), e daí o mundo estar à avessas…
E vou-me ficar por aqui, peço desculpa, não sei o que se passa, depois das eleições fiquei chatérrimo... :)
PS
ResponderEliminar...mas para já não quero mudar de género!
;)
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ResponderEliminarCaro Massano, são técnicas utilizadas por todos os que querem que só se veja uma parte do todo, sem que se possa dizer que a ocultaram. Todos a usamos, de uma forma ou de outra, o problema é se é usada para causar ou para poupar sofrimento.
ResponderEliminarCaro Bartolomeu, essa imaginação é perigosa :)
Caro jotac, essa é uma realidade que qualquer mulher conhece por experiência própria mas é bom que haja homens que ao menos a conheçam dos livros e não se esqueçam do que leram!
Caro Paulo, aqui no 4r, como sabe, gostamos de desafiar a inteligência das pessoas,porque acreditamos que cada um sabe pensar pela sua cabeça, por isso gostamos mais de temas do que de casos.
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