sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A singeleza da democracia europeia

Nada de celeumas desnecessárias, discussões eternas ou a maçada dos aerópagos reunidos para escolher candidatos ou traçar-lhes o perfil. A democracia europeia é bem mais chique e ao mesmo tempo eficaz. Entre a sopinha e o prato principal escolhe-se a alta representante para os assuntos externos da UE; antes que a sobremesa aqueça, vai de escolher o presidente do Conselho Europeu. Por alturas do digestivo brindaremos a este exercício da democracia simplex, erguendo os copos e gritando em uníssono: PORREIRO, PÁ!

2 comentários:

  1. Caro JMFAlmeida

    É de bom tom e melhor diplomacia que, à mesa, se aborde os temas que não suscitam polémicas.
    Evita-se os amargos de boca e a azia do estomâgo.

    Agora, estes últimos dias foi a Europa no seu melhor:quando se começou a discutir os lugares: centrou-se no perfil, quando se percebeu que ia demorar, centrou-se o critério na velocidade de aprovação e no menor atrito (diplomático claro).

    Vamos ver se Senhor Rompuy não se torna na Susan Boyle da Europa e a Senhora Ashton possui a (h)ombridade que faltava ao antecessor.

    Cumprimentos
    joão

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  2. Ainda que, por princípio, possa concordar, também temos de entender se deve ou não ser uma democracia. As democracias existem para que os povos decidam conjuntamente e assinem por debaixo as decisões dos seus eleitos. Se calhar é melhor que andem mesmo sem essa assinatura, porque não existe aqui povo nenhum que queira decidir conjuntamente, e, consequentemente, que estas figuras continuem a ser umas figuras decorativas a imitar uns homólogos americanos para aparecerem nas fotos.

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