quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Mais estado...pior Estado

Segundo o jornal i , com base em dados dos relatórios de governo (termo chiquíssimo, agora na moda...) de sociedade das empresas públicas divulgados pelo Ministério das Finanças, de 2007 a 2009, a evolução do Sector Empresarial do Estado foi a seguinte:
a) o número de empresas públicas cresceu 20%
b) o número de administradores cresceu 19%
c) os encargos com as administrações subiram 19,4%.
d) em contrapartida, o valor médio da remuneração paga por administração desceu.
No fim, mais Estado, sem dúvida. E pior Estado: numa coisa já disforme, quantidade não traz qualidade e gestores que aceitam pior remuneração normalmente indiciam menor competência..
Nota: Algumas das novas sociedades: Parque Escolar, Frente Tejo, Arco Ribeirinho Sul, EMA (meios aéreos), SIEV (matrícula electrónica), Agência Nacional de Compras, várias sociedades Polis e as empresas de cultura - OPART (Teatro de São Carlos e Companhia de Bailado) e Teatro Nacional de São João.
Só gostava de saber o que fazem agora os serviços públicos que se encarregavam da matéria.

2 comentários:

  1. De facto este governo é um governo coerente, crescem os impostos; cresce o desemprego, cresce a criminalidade; cresce a falta de justica dos tribunais...

    ResponderEliminar
  2. Caro Pinho Cardão,

    Gostava de responder à sua questão. Como os serviços públicos que se encarregavam desse trabalho não ofereciam salários de nível europeu, prémios, cartões de crédito, telemóveis, automóveis, motorista, etc., etc., os governos decidiram criar umas "empresas" públicas para premiarem os aparatchik pelos serviços prestados em favor da nomenklatura. Os tais serviços públicos foram esvaziados de competências e hoje não são, pura e simplesmente, encerrados porque a falta de vergonha desta gente ainda não chegou a esse ponto, mas lá chegará.

    É humilhante para qualquer trabalhador do Estado, verificar que desde 1998/2000 (não estou certo de qual destas datas é a verdadeira) até hoje, tem visto o seu rendimento congelado e até reduzido (exceptuando o ano passado), sabendo que o Estado estoira dinheiro todos os anos com estas "empresas", especialmente com os seus gestores. Esta situação é inacreditável para a restante população, porque paga sistematicamente cada vez mais impostos tendo serviços públicos tendencialmente piores e sabendo, através de alguma comunicação social, blogs e redes sociais que o seu dinheiro tem sido desbaratado a alimentar o aparatchik.

    Tive que ir à Comunidad Valenciana, em Espanha, há cerca de um mês atrás, e reparei que o preço do gasóleo era de €1.04 e em Portugal €1.19! A empresa era a mesma, a GALP!!

    Enquanto os partidos políticos não se reformarem, não sairemos disto.

    ResponderEliminar