Trata-se de “uma questão do foro privado…não há ali qualquer dose de ilegalidade ou de comprometimento no plano da corrupção…há que ter sentido da medida… pois foi um negócio privado”.
Jerónimo de Sousa, durante uma iniciativa da CDU em Braga, Público de 30.05.09, referindo-se às acções da SLN adquiridas por Cavaco Silva.
Jerónimo de Sousa, durante uma iniciativa da CDU em Braga, Público de 30.05.09, referindo-se às acções da SLN adquiridas por Cavaco Silva.
“…É sabido que no BPN, muitas pessoas dos círculos do PSD e na altura do cavaquismo, quando o cavaquismo era Governo, se interessaram por esse banco, mas, também até prova em contrário ainda não é pecado ter sido accionista do BPN, coisa que actualmente o Presidente da República não é”.
Miguel Portas, no final de uma iniciativa de campanha, na Marateca, Público de 30.05.09.
Miguel Portas, no final de uma iniciativa de campanha, na Marateca, Público de 30.05.09.
De facto, Alegre não acerta uma. Até os seus correlegionários do Bloco lhe corrigem o tiro. Usa mal a Purdey: é que a arma serve para caçar, não para enlamear.
Nota: A Purdey, publicitada por Manuel Alegre, é considerada a mais sofisticada e cara espingarda de caça do mundo. Tem bom gosto, que a arma é de qualidade.
Eu confesso as minhas fraquezas. Gostava muito ter uma Purdey, quase tanto como ter comprado e vendido bem acções da SLN.
ResponderEliminarHoje foi noticiado o "desaparecimento" de 10 armas de guerra, que se encontravam num armazem do quartel da Carregueira.
ResponderEliminarEspero que não haja conotações com este caso do BPN...
Ora aí está, caro Ferreira de Almeida. Eu também!...
ResponderEliminarCaro Bartolomeu:
Claro que não, caro Bartolomeu. Somos um país de muita retórica, mas, felizmente, de brandos costumes...
Claro que sim, caro Dr. Pinho Cardão.
ResponderEliminarVai ver que quem deu a "palmada" nas 10 armas pesadas de guerra, foi o Zé-Naifas da Cova da Moura, só prássaltar um mini-mercado na Buraca...
Caro Pinho Cardão
ResponderEliminarOlhe que não é uma, mas um par, a fazer fé no que foi publciado no Camara Corporativa há cinco anos atrás.
Se for um par, então o valor das duas anda próximo da mais valia que o actual PR conseguiu com a venda de acções.
É verdade que tem manutenção grátis para a vida....
Cumprimentos
joão
Caro Pinho Cardão
ResponderEliminarSe o meu Amigo já se serve do Miguel Portas e do Câmara Corporativa para atacar Alegre e defender o candidato Cavaco, mal vão as coisas por essas bandas.
Quanto às espingardas: inveja? Não. O meu Amigo tem qb para comprar tais armas. Mas a mensagem subliminar é outra: "Alegre gosta de caça; é um elitista, tem boas espingardas, enquanto Cavaco, torturado com a situação do país com quem casou e a quem se entregou totalmente de alma e corpo, na modestia da sua casinha da Lapa ou na praia da Coelha, aflige-se com os desempregados e com a fome que, durante o seu governo jamais existiu!
Falou o alvo, mais uma vez, meu caro Pinho Cardão!
Mas para que fique claro Alegre não recebeu nada do BPP e quando soube que o seu texto estava a ser utilizado para publicitar uma instituição bancária, tratou de retirar o texto e, quando mais tarde lhe enviaram um cheque de 1500 euros, devolveu-o imediatamente.
Caro Fartíssimo do Silva:
ResponderEliminarO meu amigo inventa cada uma!...Mensagem subliminar? Olhe que não. A mensagem é bem directa: dois lídimos representantes das esquerdas nacionais, uma delas apoiante de Alegre, viram como acto perfeitamente normal a compra e venda das acções. Aliás, fico sem saber como pode assim perturbar uma transacção de acções, para mais declarada ao Tribunal Constitucional e também para efeitos fiscaios, num país de economia de mercado em que tais transacções são livres e o preço fixado de acordo com os interesses do comprador e do vendedor, sem a ameaça de qualquer Purdey ou outra arma qualquer.
Quanto a Manuel Alegre, é inteiramente livre de entrar nas campanhas publicitárias que quer(salvo, evidentemente, os constrangimentos que lhe advêm do facto de ser Deputado) e, entre publicidade de prestígio, a Bancos ou a Espingardas de luxo, ou a produtos de consumo comum, só lhe ficou bem escolher os mais elitistas. Não lhe sendo uma actividade vedada (salvo o constrangemento de ser Deputado, se o há), até acho que fez mal em devolver o dinheiro. Por todas as razões e até por uma muito específica: é que, bem vistas as coisas, M.Alegre sempre lhe daria melhor utilização do que a Administração do BPP.
Quanto ao resto, já uma vez lhe disse que gosto de ler M.Alegre, tenho os livros dele, já pus um poema do dito no 4R, encantam-me os caçadores, geralmente gente bem disposta, gosto de pessoas com mundo e com relacionamentos vários e diferentes. Manuel Alegre tem um pouco de tudo isso. Mas, politicamente, usa uma linguagem gongórica que detesto, apresenta objectivos irreais, que levariam o país à miséria, faz diagnósticos completamente errados da situação económica e financeira do país, apresenta como causas da crise aquilo que são os efeitos das más políticas seguidas, etc, etc., que podia continuar até à exaustão.
Diz que Alegre gosta de coisas boas. É natural, até pelas suas origens aristrocráticas. Eu também. Seria bom que todos pudessem almejar a isso. Pois, com Cavaco, é muito mais certo que se caminhe nesse sentido.
E deixe-me que lhe diga: pelas suas próprias características, Alegre ganharia muito mais votos e dignificaria a política e a sua candidatura se fizesse uma campanha pela positiva. Assim, perde as eleições, perde os eleitores do passado e perde dignidade.
Caro JOÃO:
É verdade. Um par de purdeys tem um valor inálculável e gera mais-valias de obra de arte. Com toda a certeza bem maiores do que as acções da SLN.
Além de que, é claro, investir na praça de Londres numa empresa com história dá um polimento nada comparável com o de investir em Lisboa e em empresa sem brasão.
Caro Pinho Cardão
ResponderEliminarAs Purdey que o candidato Alegre tanto gosta e anhora (acho que a palavra existe em português) nasceram em 1814; está de acordo com a modernidade da política e dos tempos que o candidato prefere.
Cumprimentos
joão
O lucro (140.000 euros) obtido por Cavaco na vendas das acções, legítimo, naturalmente, não deve chegar para comprar uma arma dessas (nova).
ResponderEliminarPor outro lado, tendo M. Alegre dito que se tratava de um texto literário, de autor, a taxa deIRS que teria de pagar sobre o montante (1500 euros, segundo o próprio, e que devolveu, tb segundo o próprio) seria apenas sobre 50% desse valor.Pois é, direitos de autor.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro Pinho Cardão
ResponderEliminarInsisto: mal vão as coisas quando, para atacar Alegre e defender Cavaco, à míngua de melhor argumentário, se recorre a Miguel Portas e ao Câmara Corporativa! Isto é mesmo bater no fundo.
Quanto às transacções com as acções da SLN: se a coisa fosse assim tão transparente não se percebe qual a dificuldade de Cavaco em se explicar!
Outra vez a declaração entregue no Tribunal Constitucional (desta feita o meu Amigo poupou-nos com o site da Presidência, o que já é um avanço)!
Já disse e repito que nunca insinuei que Cavaco tivesse fugido ao Fisco ou houvesse, por qualquer modo, ocultado património ou rendimentos.
Mas o problema não é esse! A questão é saber a quem comprou as acções, a quem as vendeu e quem fixou o preço. Remeter para declaração de património no Tribunal Constitucional é o mesmo que remeter para coisa nenhuma. O caro Pinho Cardão bem sabe que, em tal declaração, nada consta sobre os "pequenos detalhes" a que Cavaco recusa dar explicações.
E isto, neu Amigo, não é nenhuma campanha suja! É uma questão de escrutínio que um candidato à Presidência da República não se pode eximir.
Vou-lhe contar uma pequena história. Um amigo meu, simpatizante do PSD - preferência que nunca ocultara - foi contactado por um angariador bancário do BPN para a colocação de um depósito a prazo a um juro deveras atractivo e bem acima do praticado no mercado. Aceite o "desafio", lá se efectuou o depósito. No dia seguinte, o meu amigo foi contactado pelo angariador, funcionário do BPN, com esta melicodoce saída: sabe, lamento muito mas temos aqui um pequeno problema com a taxa de juro; o Senhor, afinal, não é militante do PSD... e teremos que baixar a taxa!
A resposta deste meu amigo foi curta mas eficaz: eu nunca lhe disse que era militante do PSD e aceito perfeitamente a taxa de juro que agora me oferece, mas previno-o de que amanhã mesmo os jornais reproduzirão este triste episódio!
Caro Pinho Cardão: não insista na publicidade de Alegre ao BPP pois sabe perfeitamente que não existiu. Alegre já explicou e para não me tornar enfadonho permito remetê-lo para o que escrevi no seu post anterior. Quando soube que o texto era enquadrado numa clara publicidade ao BPP, pediu para o retirar e devolveu o cheque, QUE MAIS TARDE LHE ENVIARAM. Quer maior transparência?
Por conseguinte, a menos que duvide das explicações de Alegre - e então terá que assumi-lo - não insista com a putativa publicidade de Alegre ao BPP. Deixe isso para outros elementos da comissão de honra do candidato Silva, que fizeram publicidade ao BPP e, ao que sabe, nenhum deles pediu para retirar o texto ou devolver o dinheiro.
Ora, caro Pinho Cardão, o meu amigo «gosta de pessoas com mundo», o que justamente falta a Cavaco Silva. Isso mesmo: mundo. Mas devo deixar esta ressalva: o ter-se ou não mundo nada tem que ver com as "origens aristocráticas". O mundo ganha-se, aprende-se, ou nasce connosco, se quiser. Salazar, proveniente de um meio rural, era filho de um modesto feitor de uma família rica e aristocrática e estudou no Seminário de Viseu. Isso não o impediu de ter mundo. Há quem, não o dizendo, pretenda comparar-se-lhe! Mas já estou como o outro: não é fadista quem quer mas só quem nasceu fadista.
Eu percebo que não goste da linguagem de Alegre. Não por ser "gongórica", que não o é, mas pela ideologia. A diferença entre a social democracia (ou socialismo democrático, se assim preferir) e a direita neoliberal faz, afinal, toda a diferença!
Quanto a perder as eleições, vamos ver. Ninguém deve cantar de galo. Em democracia não há vitórias antecipdas.
Caro Fartinho do Silva:
ResponderEliminarCreio que não haverá nenhum português que, dando ordem de compra ou de venda de acções através de um Banco, saiba a quem as compra ou a quem as vende.
A transacção é meramente escritural, passando de um titular para outro no âmbito dos departamentos de custódia de títulos do Banco ou dos Bancos envolvidos. Pedir o contrato formal, como pede a campanha de Alegre, é desconhecer a forma como se processa este tipo de transacções.
PS1: Insiste em que me inspirei no Câmara Corporativa. Não sei por que razão insiste no absurdo. O que citei veio transcrito no Público e remeti para a fonte. quanto à Campanha publicitária do BPP, há muito que a conhecia. Basta ler os jornais e ter alguma memória.
2. Fala de diferença entre a social democracia e a direita neoliberal. Ela existe. Mas sobretudo comprova-se no terreno. Goste-se ou não, o que Cavaco já comprovou na prática (confirmando o discurso) é que é um social democrata. Nos seus 10 anos de governação foi patente o que fez para combater desigualdades sociais, para integrar os trabalhadores rurais na segurança social, para actualizar as pensões mais baixas como nenhum governo até agora fez e para dar uma nova dinâmica à economia do país, promovendo o crescimento e o emprego. Nunca como nos 10 anos do seu governo o país cresceu tanto.
E digo eu isto, liberal na economia, mas convicto da necessidade e do papel do Estado na regulação económica, na defesa da concorrência e nas funções sociais.
3. Julgo também que é preciso acabar com o preconceito de que os socialistas são bons e interessados pelo povo e os liberais maus e especuladores, ou vice-versa. O coração de uns não é diferente do dos outros. Nem me venha dizer que há mais progresso social com os governos europeus de esquerda do que com os de direita.
Por isso, a matiz dos governos vai mudando. é que o povo e a escolha popular não é assim tão parva como a fazem. O povo pode enganar-se uma vez, mas não se engana sempre. E em Cavaco tem confiado.
Mais uma nota quanto à remuneração de Alegre pela publicidade feita.
ResponderEliminarÉ coisa que para mim não tem o mínimo interesse. Se quer trabalhar e ganhar, nada tenho a opor, é o mais natural. Se quer trabalhar à borla, é com ele.
Ponto final.
Caro Pinho Cardão
ResponderEliminarNormalmente o ordenante da venda de acções não sabe a identidade do comprador. Porém, no caso da SLN, as acções não estavam cotadas na bolsa.
As TV acabam de informar que, hoje mesmo, Oliveira Costa fez uma declaração na qual refere que foi ele mesmo quem comprou as acções.
Sobre a dicotomia Social Democracia/Neoliberalismo, nunca referi que uns eram os bons e outros os maus. Por favor, não ponha na minha boca aquilo que eu não disse.
Ps: A RTP 1 diz ter consultado as declarações de Cavaco ao Tribunal Constitucional. Não há nelas qualquer referência às sobreditas acções!!!! O que para mim não é surpresa dado que as acções foram vendidas num ano em que Cavaco não exercia qualquer cargo político. Provavelmente, Cavaco ter-se-ia querido referir à declaração de IRS. A referência, por parte de Cavaco, ao Tribunal Constitucional atribuí-a eu sempre como um erro de memória. A insistência é que é mesmo "casmurrice", que pode acarretar-lhe dissabores!
Caro Fartíssimo:
ResponderEliminarFoi Oliveira e Costa, ele mesmo?
Ainda bem, pois é sinal de que tinha confiança na sua gestão e achou o preço adequado.
Qualquer gestor que se preze compra acções da sua empresa, sobretudo se estiverem valorizadas.
Assim sendo, acaba-se a encenação. Ponto final.
E o candidato Alegre pode dizer o que pensa para o país.
Caro Pinho Cardão
ResponderEliminarNão ensaie a fuga para a frente! A declaração é de Oliveira Costa. Claro que não foi a pessoa física de Oliveira Costa a adquirir as acções, foi a SLN Valor, por despacho do seu Presidente. E foi assim, com estas e muitas outras arbitrariedades do BPN, detido pela holding SLN, que se deu o buracão que vamos pagar caro.
E quanto à declaração no Tribunal Constitucional, o meu Amigo ainda mantém o que escreveu no post das 15:27 «...para mais declarada no Tribunal Constitucional...» ?
Caro Fartinho:
ResponderEliminar"As TV acabam de informar que, hoje mesmo, Oliveira Costa fez uma declaração na qual refere que foi ele mesmo quem comprou as acções", referiu o meu amigo. Comentei essa sua afirmação. Afinal, agora diz que não foi OC, pessoalmente, mas a SLN. Enfim, comprador de geometria variável, o que me deixa completamente indiferente.
Para quem vende acções tanto lhe importa que o comprador seja A, ou B, ou C.
De qualquer forma, verifico que andamos a falar em redondo. E falar em redondo é a forma mais parva de perder tempo. O meu amigo fica com a sua opinião e eu com a minha.
E o mundo continua a girar.
Desculpe, queria dizer Fartíssimo.
ResponderEliminarE nunca me passou pela cabeça aliviá-lo desse superlativo tão absoluto, transformando-o num simples diminuitivo, como Fartinho.
Não me peça desculpa, caro Pinho Cardão. Eu até já fui Fartinho mas a pedido do outro Fartinho entendi que devia mudar de nick para respeitar a antiguidade!
ResponderEliminarConcordo consigo, Pinho Cardão: sigamos Cavaco Silva!
O marialva tem gostos caros e persegue animais indefesos. O biltre, memória selectiva. O Chico e o Dr. discutem entre si quem conheceu mais pobrezinhos.
ResponderEliminarA maldita campanha nunca mais termina ?