A Parque Escolar foi fundada em 2007, há apenas 4 anos, para requalificar e gerir as escolas do ensino secundário. Pois, segundo o Público de hoje, já está no top 6 do endividamento, com uma dívida de 946 milhões de euros, logo a seguir à TAP ( 1,3 milhões) e antes da RTP(717 milhões)!..
Endividamento bem à medida da “visão” que a Parque Escolar tem das escolas, uma “visão” em focada em quatro grandes dimensões:
a) “uma escola descentrada da sala de aula, em que os alunos se espalham por espaços informais, com os seus computadores portáteis, cruzando-se com os professores na biblioteca e discutindo…”
b) “…uma escola com espaços mais informais, uma “learningstreet”, locais para pequenas exposições de trabalhos e, acima de tudo, uma biblioteca, que passa a assumir um lugar central, com jornais, revistas, computadores, Internet…”
c) ”…uma escola levada para fora dos seus limites físicos, trazendo para dentro as pessoas de fora…”
d) “uma escola com um novo conceito de ensino centrado no trabalho corporativo, em vez de centrado no aluno”.
Tudo, pois, bem clarinho. A Parque Escolar a interpretar bem os objectivos dos grandes pedagogos do Ministério da Educação. Na nova escola, as salas de aulas, um aborrecimento, deixam de ser o centro e ficam na periferia. Até serem abandonadas, por obsoletas. Por isso, na "learningstreet”, o espaço nobre, não há lugar para salas de aulas: há vários estabelecimentos, mas nada de salas de aulas. Porque o objectivo é trazer as pessoas de fora para dentro, e ninguém vai à escola para ter aulas. Passa a aprender-se na rua, como no tempo de Sócrates, o velho. Temos que concordar: uma escola pública é para toda a gente e os alunos só irão lá se couberem. E os equipamentos podem ser alugados à hora e à peça. E em Junho haverá até sardinha assada.
Certamente para ajudar ao novo conceito de ensino centrado no trabalho corporativo, em vez de centrado no aluno. O que está certo, pois se o aluno passa por definição para quê trabalhar com o aluno...
Com tão belos propósitos, o endividamento só podia ser grande. Estão desculpados!...Foi tudo A Bem da Nação.
Endividamento bem à medida da “visão” que a Parque Escolar tem das escolas, uma “visão” em focada em quatro grandes dimensões:
a) “uma escola descentrada da sala de aula, em que os alunos se espalham por espaços informais, com os seus computadores portáteis, cruzando-se com os professores na biblioteca e discutindo…”
b) “…uma escola com espaços mais informais, uma “learningstreet”, locais para pequenas exposições de trabalhos e, acima de tudo, uma biblioteca, que passa a assumir um lugar central, com jornais, revistas, computadores, Internet…”
c) ”…uma escola levada para fora dos seus limites físicos, trazendo para dentro as pessoas de fora…”
d) “uma escola com um novo conceito de ensino centrado no trabalho corporativo, em vez de centrado no aluno”.
Tudo, pois, bem clarinho. A Parque Escolar a interpretar bem os objectivos dos grandes pedagogos do Ministério da Educação. Na nova escola, as salas de aulas, um aborrecimento, deixam de ser o centro e ficam na periferia. Até serem abandonadas, por obsoletas. Por isso, na "learningstreet”, o espaço nobre, não há lugar para salas de aulas: há vários estabelecimentos, mas nada de salas de aulas. Porque o objectivo é trazer as pessoas de fora para dentro, e ninguém vai à escola para ter aulas. Passa a aprender-se na rua, como no tempo de Sócrates, o velho. Temos que concordar: uma escola pública é para toda a gente e os alunos só irão lá se couberem. E os equipamentos podem ser alugados à hora e à peça. E em Junho haverá até sardinha assada.
Certamente para ajudar ao novo conceito de ensino centrado no trabalho corporativo, em vez de centrado no aluno. O que está certo, pois se o aluno passa por definição para quê trabalhar com o aluno...
Com tão belos propósitos, o endividamento só podia ser grande. Estão desculpados!...Foi tudo A Bem da Nação.
Meu caro Pinho Cardão, parte destas entidades desenvolvem actividades que desde sempre foram desempenhadas por serviços públicos sem carácter empresarial, exercendo competências de prestação típicas desses serviços, variando a autonomia financeira. Elas foram criadas com o confessado propósito de mais facilmente acederem ao crédito, isto é, de financiarem as suas actividades recorrendo a endividamento (inconfessadamente serviram para dar vazão às clientelas). Quantas vezes ouvi esse argumento, assumido sem qualquer rebuço!
ResponderEliminarNote-se que empresas públicas ou de capitais públicos, quasi-empresas, institutos com natureza empresarial, e mesmo fundações públicas e outras entidades do género permitiram durante muito tempo fazer sair do perimetro orçamental muita despesa e muita dívida. Essa a grande vantagem deste movimento de pulverização do Estado iniciado nos idos de 90, associada a uma alegada maior flexibilidade na gestão e a um imaginado (nalguns casos real) menor controlo e fiscalização. Movimento considerado durante muito tempo um bem. Que agora pagamos com língua de palmo.
Visto neste contexto a Parque Escolar é um caso que só é mais significativo do que os muitos outros assimiláveis, pela dimensão das responsabilidades que contraíu. Ainda por cima, onde não investiu na recuperação dos edifícios escolares existentes, apostou num modelo concentracionário que o tempo se encarregará de revelar tratar-se de verdadeiros elefantes rosa.
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarE tanto professor (daqueles que preparam aulas e leccionam aulas) avisou...
O mal é haver dinheiro. Se o estado não tivesse dinheiro estas aventesmas todas andavam a fazer trabalho honesto em vez de andar com estas paridas. Faz-nos tanta falta um governo que comece a fechar tudo e despeça toda a gente...Quando é que são as próximas eleições?
ResponderEliminar"O mal é haver dinheiro", de facto, caro T.
ResponderEliminarPara esta raça de analfabetos muito espertos, apenas e só a falta de dinheiro os obrigará a ter juízo.
Circulei há dias na estrada que sai de Évora para Sul/Beja.
Uma brutal terraplanagem à direita, para nova autorroute.
No circo de S. Bento, nem uma daquelas 230 alminhas, teve tempo, curiosidade, interesse pelo serviço público, para questionar para que fluxo de trânsito serviria aquilo: PS/PSD/CDS/PCP/BE.
Tudo pela Nação, nada contra a Nação,
virou modernamente
A bem do Regime.
É o triunfo do pós modernismo tuga.
Para quando, um dirigente político que venha advogar uma
4ª República?
Ou não haverá mesmo nada a fazer?
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarEntão a alternativa seria uma escola com salas de aula e um cabanal para o recreio e uma salita para os professores.
Tudo centrado na sala de aula.
Os alunos chegavam à hora do primeiro tempo lectivo do dia e iam para casa à hora do último tempo lectivo, onde estava a mãe e avó à espera para tomar conta (mandá-los guardar o gado - sim eu sei o que isso é e também cheguei onde cheguei. Mas fui o único da vila).
E caro Fartinh da Silva, prefiro referir-me à escola como aquele lugar em que os alunos aprendem.
Não, caro SC, não! A alternativa não seria o que diz. E sabe isso muito bem. Em tudo deve prevalecer o bom senso.
ResponderEliminarPor isso, alternativa também não é, com certeza, a ideia delirante que consta da visão que a Parque Escolar foi encarregada de executar: uma escola em que, pela descrição, a sala de aulas está a mais,uma escola em que o "trabalho não está centrado no aluno", e uma learningstreet que mais parece um parque de diversões.
Ontem disseram-se na SIC Notícias as coisas mais inteligentes que ouvi em Portugal. Cuidado com a privatização da TAP que estrategicamente vai matar a nossa economia de turismo (porque não se despedem as centenas que não permitem o regresso aos lucros da TAP?).
ResponderEliminarJá algum inteligente deste estado de partidos parou para pensar que o sector da aviação é o mais concorrencial de todos e que se empresas como a Portugália e a AirLuxor não sobreviveram, é porque este sector nunca terá concorrência de interesse nacional em mercado liberalizado. Quando Ibéria, ou outras fizerem, à TAP, o que foi feito à SAAB (tomarem-lhe os mercados e extinguirem-na aos pedaços, para além de obrigarem os Portugueses a deslocarem-se aos seus próprios Hub's) estaremos aqui para criminalizar e perseguir os autores de tamanha façanha antipatriótica e criminosa.
E o que dizer das águas? Privatizar vai ser igual a aumentar os preços!
Tiago Caiado Guerreiro colocou o dedo na ferida do problema nacional ao falar na distribuição que mantêm reféns pequenas e médias empresas e toda a elite parasitária que domina sectores monopólicos como a electricidade, o gás, os combustíveis, ... um verdadeiro feudalismo à Portuguesa que se mantêm há quinhentos anos!
Subir impostos, por outro lado, significa matar mais concorrência e é por isso que a Troika mais inteligente e séria que a partidocracia nacional chancelou o problema maior nacional: a concorrência, ou melhor a falta dela nos sectores que dominam as PME's (essas sujeitas a uma concorrência criminosa aduzida dos custos de contexto ruinosos do estado português). Alguém sabe nos partidos do poder (fora do poder parecem que sabiam) o que significa IVA's acrescidos, aumentos de IMI's ou outros no contexto nacional? O actual ministro das finanças não ouviu a Troika que não quer ouvir falar em aumentos de impostos, mas em aumento da competitividade/concorrência?
Mas srs. políticos: concorrência não é sinónimo de privatizar, mas afastar os entraves à concorrência. Isto faz-se com reguladores não sequestrados por partidos ou interesses monopolistas, não por privatizações - mesmo que impostas pela nossa condição de devedores.
Como gestor de PME's com um MBA que não significa "medíocre but arrogant", não percebo como se tomam medidas sem perceber/estudar o seu impacto. É que muitos destes aumentos de impostos vão ter consequências no nível mais baixo de impostos a médio/longo prazo pela destruição do tecido nacional. A sustentabilidade não se constrói, senão nos manuais, e muito menos num mundo rápido e de necessidade de massa crítica, por uma hipotética destruição criativa.
Será que se quer mostrar serviço imediato não querendo saber das consequências a médio/longo prazo?
Ò valham-me os Deuses! Dr. PC, mas que visão tão fechada.
ResponderEliminarNão digo que a visão da Parque Escolar não seja delirante, desde logo porque a sua própria existência é delirante, mas considerar que - numa escola - o único espaço de aprendizagem é, única e exclusivamente, a sala de aula é uma concepção, pelo menos, bastante redutora.
Numa escola, todos os espaços devem ser espaços de aprendizagem. Eu não vou dar nenhum exemplo dos países nórdicos, porque não seria imparcial, mas posso dar-lhe o exemplo de uma escola - normalíssima - no Reino Unido cujo um dos "edifícios" de sala de aulas é um avião e essa pequena mudança fez uma diferença colossal na motivação dos miúdos e nos respectivos resultados escolares.
Todos nós achamos que as escolas devem ser assim, devem ser assado, devem ser cozido, etc e tal mas, já alguém perguntou aos miúdos como é que eles gostavam que a escola deles fosse? Os ingleses daquela escola perguntaram.
Algum de vós conhece o bom exemplo que é o Conselho Cívico e Ambiental do Agrupamento de Escolas da Abrigada? O projecto partiu de uma ideia muito simples, primeiro queriam apenas reduzir o lixo na escola e mais tarde quiseram remodelá-la com o objectivo de mudar a forma como os alunos, os professores, os empregados, os pais e a comunidade local em geral via a escola.
Eles conseguiram fazer isso com o que tinham e sem recorrer a qualquer tipo de financiamento extra. Em torno desta iniciativa, nasceram vários outros projectos ligados ao empreendedorismo num dos quais, por exemplo, os miúdos resolveram criar uma marca de produtos turísticos locais e vendem-nos. Os miúdos fazem parte do Conselho, juntamente com os professores e com o órgão de gestão da escola e todo o trabalho é feito à base de voluntariado.
Eles conseguiram, efectivamente, mudar a forma como toda a comunidade olha para a escola e o trabalho deles foi reconhecido pela Comissão Europeia.
Por isso meus caros, não. Lamento, as escolas não se resumem às salas de aula e mesmo com poucos recursos é possível fazer um bom trabalho. Por isso, essa cena aí do "o mal é haver dinheiro" é "cumbersinha" de forreta que passa o tempo a pensar em cifrões e se recusa a aceitar que, se calhar, há outras formas de fazer as coisas e não é preciso reinventar a roda.
Bolas, agora fiquei fula. :S
A exigência é necessária à eficácia da aprendizagem e o modelo de sala aula tradicional, quanto a mim, é anacrónico. Parece-me ainda, haver, no modelo atual, um enorme contraste entre os pesados currículos e o nível médio de aprendizagem dos alunos. O exemplo que a cara Antrax apresentou deveria ser publicitado e replicado.
ResponderEliminarAcerca da "ideia delirante" que o caro PC atribui à Parque Escolar e do excesso de dinheiro referido pelo caro T, refiro o episódio caricato dos equipamentos de ar condicionado instalado em várias escolas; consumado o avultado investimento - o setor do ar condicionado foi objeto de dura regulamentação relativamente recente agravando drasticamente os custos de instalação - muitas dessas escolas viram-se forçadas a manter os aparelhos deligados por falta de verba para custear os correspondentes encargos com a energia elétrica. É desolador.
Está a ver Caro Pinho Cardão?
ResponderEliminarHá muita gente que acredita nos ideais pós-modernos, democráticos e socialistas de uma escola à moda dos Pink Floyd para os filhos dos... outros!!!!
Caro SC,
ResponderEliminar"E caro Fartinh da Silva, prefiro referir-me à escola como aquele lugar em que os alunos aprendem"
É tão poética esta sua expressão que a vou encadernar...
Caro Ferreira de Almeida:
ResponderEliminarTem toda a razão. No caso concreto, a Parque Escolar endividou-se em mil milhões de euros. Em 4 anos! Verba que em circunstância normais teria saído do OE. Não saíu e diminuiu o défice. Vai agora sair e aumentar o défice. Pura manobra política. Para além dos esotéricos objectivos da empresa, claro está!
Caro (c)P.A.S.
Sobre a conveniência das privatizações, e abstraindo mesmo de posições ideológicas, pode haver múltiplas opiniões. Por mim, e independentemente de estar firmemente convencido de que o Estado não é um bom empresário, e muito menos é um bom industrial ou um bom agricultor ou um bom comerciante ou um bom proprietário de "utilities", também acho que devem ser estuidadas todas as implicações das privatizações, como diz. Muitas vezes o timing não é o exacto ou os parceiros os adequados. Mas não posso deixar de contestar a afirmação que faz da inevitabilidade da imediata subida de preços consequente à privatização, no caso, da água. Normalmente as privatizações trazem melhor serviço e preços mais baixos. Dou-lhe o exemplo da Banca ou o das telecomunicações.
Cara Anthrax:
Claro que não me importo que a sala de aulas tenha o formato de um avião, de um iate, de um farol ou mesmo de uma loja da Pizza Hut. Mas que, com formato mais antiquado ou moderrno, seja efectivamente uma sala de aulas.
Mas que seja uma escola onde, usando o pitoresco fraseado da Parque escolar, o elemento central seja a "learningroom" e não a "learningstreet". Com as melhores condições possíveis, mas longe das distracções da rua. Cada coisa no seu sítio.
Caro António Barreto:
Nada a objectar ao que refere.
Caros Fartinho da Silva, Tonibler e B.Monteiro:
Pois cá vamos estando na mesmsa luta. Unidos venceremos!...
Caro Fartinho da Silva; Não tire conclusões precipitadas. O tema é demasiado vasto para ser aqui tratado e nem sequer sou especialista na matéria,mas sei que há experiências interessantíssimas com modelos diferentes da sala de aula e da escola. Talvez a cara Antrax possa dar alguns exemplos do modelo em vigor nalguns países nórdicos, ou nalgumas cidades espanholas.
ResponderEliminarCaro António Barreto,
ResponderEliminarPosso dar exemplos provenientes de todos os países da União Europeia, isso faz - aliás - parte do meu trabalho. O único problema é que vozes de burro não chegam ao céu e parece que anda tudo mais à cata de problemas (para depois apontar o dedo, porque a "malta curte mesmo" é andar de dedinho esticado), do que empenhados na procura de soluções.
Agora, eu não dei exemplos de países nórdicos, porque nós também temos bons exemplos bem debaixo dos nossos narizes (por assim dizer, às vezes andam escondidinhos). Um outro bom exemplo, é o caso da Escola Profissional de Aveiro cujo trabalho se reflecte na taxa de empregabilidade dos miúdos que saiem daquela escola.
Aquilo que me parece ser o denominador comum nestes casos, é o facto de que todos eles passam pelo envolvimento dos alunos na resolução do problema. Esta foi também a solução encontrada na escola "Fuxernaskolan", da Suécia. Outro factor - que me parece ter sido decisivo - nas mudanças verificadas nestas escolas, foi a questão da liderança e gestão.
Mas, tal como lhe digo caro António Barreto, nem a voz desta burra chega ao céu, nem quem toma decisões políticas se interessa por ir procurar bons exemplos que possam transferir para a realidade portuguesa. Tenho pilhas de relatórios com muito boas ideias (e a maior parte nem sequer envolve dinheiro, tratam-se apenas de propostas para fazer diferente), mas que nunca serão lidos por quem deve porque essa gente fica lá trancadinha lá no mundinho deles.
Caro Dr. PC, estamos a falar do ensino regular presumo. Porque esse modelo não é totalmente compatível com, por exemplo, uma escola de hotelaria e turismo a não ser que considere como "learningroom" um hotel inteiro. Também não me parece que seja compatível com a ideia de "homeschooling" por exemplo, e nos poucos casos portugueses que temos sabe-se que os resultados são positivos. Essa ideia também não contempla, propriamente, as situações de miúdos hospitalizados. Não é que eu ache que a ideia de "learningstreet" contemple algum destes casos, porque também não me parece que assim seja. Agora, aquilo que eu acho é que quando é para aprender qualquer espaço pode ser convertido num espaço de aprendizagem.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro António Barreto,
ResponderEliminarEu não tiro conclusões precipitadas e não creio que o tema seja assim tão vasto e complexo. É que na escola onde trabalho, o diretor, planeia e dirige, o professor, estuda e ensina, o estudante, estuda e aprende e o encarregado de educação é responsável pela educação dos seus rebentos.
Nesta escola, a disciplina dentro e fora da sala de aula é absolutamente essencial. Tudo o resto vem depois. Simples, não é?
Agora imagine algo tão simples, tão eficaz e eficiente ser aplicado às escolas públicas... quantos lobbies não desapareceriam?
Cara Antrax;
ResponderEliminarBem me pareceu que tem vasto conhecimento na matéria. Só duas notas:
"andar de dedinho esticado":
É verdade; o propalado "direito à indignação" não tem sido acompanhado pelo fomento da cultura da autocrítica.
"vozes de burro não chegam ao céu":
Traduz uma das principais debilidades da nossa Democracia; Os Partidos políticos nacionais, têm-se revelado incapazes de se abrir "à Sociedade Civil" incorporando os contributos dos mais competentes; militantes ou não.
Caro Fartinho da Silva:
Se quis insinuar que sou pós-moderno e socialista, precipitou-se. Quanto aos Pink Floyd; admiro a sua música, mas também a de Chostakovich, Puccini, Manuel de Falla, etc.
Reafirmo a complexidade do tema da educação; tanto que, apesar dos inúmeros eruditos debitando as mais variadas teorias, ninguém se entende.
Respeito a sua experiência de professor e nada tenho contra o modelo da sua escola onde cada um faz o que lhe compete. Muito bem. Sou adepto do ensino privado - creio que é o caso da sua escola - mas reconheço que estas escolas trabalham com uma realidade diferente da das escolas públicas; naquelas, os alunos, geralmente de estratos sociais mais desafogados, escolhem as escolas e as estas escolhem os alunos, optimizando-se a eficácia; nestas, todos têm lugar, o que conduz a uma heterogeneidade social bem maior, dificultando, às vezes drasticamente, o processo pedagógico. Não tenho dúvidas porém que se têm cometido graves erros nas estratégias dominantes do ensino público que conduziram ao estado de decadência que geralmente apresenta.
Quanto a lóbis, há-os por todo o lado. No ensino privado também.
Caro Pinho Cardão
ResponderEliminarConcordo consigo, especialmente no facto de não nos termos de situar sempre numa perspectiva ideológica; concordo mesmo consigo que o estado é um mau patrão e gestor. Não concordo é que os bons exemplos de sectores passíveis de concorrência (como as telecomunicações) possam comparar com monopólios naturais como a água. É que o pecado maior Português é a falta de concorrência. Se a ANA for privatizada/concessionada por aeroportos e não por inteiro, é uma boa privatização. Se for na totalidade é uma má privatização. Nas águas, privatizar as redes onde não pode haver concorrência, não sei se é boa ideia!