quarta-feira, 27 de março de 2013

PR: está muito certo, mas não basta...

1. Segundo noticiários on-line, o PR terá declarado esta manhã, durante visita que efectuou a uma empresa do concelho de Loures, e em resposta a perguntas de jornalistas sobre a moção de censura ao Governo (e de auto-censura, obviamente) que o PS anunciou, o seguinte: “ As intrigas, as jogadas político-partidárias não acrescentam um cêntimo à economia do País, não criam um único emprego”.
2. Cumpre comentar, dizendo: está muito certo Snr. PR, mas isso não basta...importa aditar que essas manobras e intrigas não se limitam a acrescentar valor zero à economia  - salvo, porventura, nalgum aumento do consumo de bebidas espirituosas na zona de S. Bento e áreas circundantes, mas não é garantido que não sejam importadas...
3. ...elas destroem valor pela instabilidade e pelo clima de pessimismo que geram ou acentuam, concorrem objectivamente para a perda de empregos e para uma quebra ainda maior do investimento...
4. Cria-se assim um paradoxo, aparentemente insanável: iniciativas políticas supostamente dirigidas a contrariar os efeitos das políticas que dizem combater acabam por agravar, consideravelmente, esses efeitos...para onde vamos, por este caminho?

20 comentários:

  1. Está muito correcto o sr. PR, resta acrescentar que as jogadas institucionais têm um valor inferior aos das jogadas políticas e que o sr. PR parece ter acordado tarde para a questão, tarde o suficiente para já ter dado cabo de boa parte da solução.

    Está visto que o cinismo não tem um limite constitucional... Melhor que essa só mesmo ter ouvido o Lello a dizer que o Sócrates vai trazer finalmente a verdade.

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  2. Socrates vai trazer a verdade; a verdade que todos conhecemos, mas que a uns não convém seja dita.
    Mas para que as verdade trazida por Socrates, depois de dita num palco e perante uma assistência que se supõe venha a ser a maior de sempre, surta o efeito que por ventura Socrates deseja, muitos bandidos têm de ser julgados, presos, e muitas fortunas têm de voltar para o lugar de onde foram surripiadas. Depois, Socrates vai ter de, descalço, caminhar sobre as chamas por forma a provar que a estada na escola filosófica, o libertou de vinculos d'alma que o igualam aos restantes, incluindo os de além-fronteiras.

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  3. A moção de censura é um bónus ao governo.

    O que o PS deve fazer é criticar de forma não muito áspera as asneiras do governo e esperar que ele caia por si.

    Não adianta de nada estar a pressionar porque tem efeitos contrários.

    Bastaria repetir até á exaustão que o acordo com a troika deveria ser renegociado desde Novembro de 2011, quando os pressupostos o invalidaram.

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  4. Caro Tonibler,

    Então o "delenda est Bethleem"? Seu comantário parece manifestamente incompleto...

    Caro Bartolomeu,

    Seja bem regressado!
    Nessa vastíssima audiência que prevê para os programas do ex-PM,nomeadamente para o de hoje, há um cidadão, pelo menos, que está e estará de fora...
    E estará de fora, com a fortíssima convicção de que nada se aprende, a não ser vícios de raciocínio que, por demais comuns,de positivo trarão...rien de rien, mesmo!

    Caro Paulo Pereira,

    Mais ou menos de acordo! Mas que perigo estará à vista para esta convergência recente de opiniões?

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  5. Dr. Tavares Moreira. Vemos, ouvimos e lemos; não podemos ignorar.
    Como poderemos construir uma opinião, se não a fundamentarmos?

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  6. Não compreendem mesmo o PR...
    Vamos lá a ver!:- Pois se SEXA estava numa empresa o comentário só podia ser aquele, números claro!
    Estranho era se começasse a falar de coisa diversa, sei lá do tempo, aí sim, alguma coisa estava errada, a agulha tinha saltado de pista...

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  7. Caro Tavares Moreira,

    A minha surpresa foram as discordâncias anteriores.

    Entre liberais moderados é normal as convergencias serem maiores que as divergencias.

    Já agora recebeu o meu e-mail ontem ?

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  8. Anónimo17:03

    Intervenção clara, oportuna e certeira, a do Sr. Presidente da República. Como certeira a omissão apontada pelo meu caro Tavares Moreira. Mas como já se viu, é importante que o PR fale pouco para que ao que diz seja dado valor, em especial pelos que são duros de ouvido...

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  9. Peço desculpa pelo atrevimento fora do contexto deste post.
    Não sei se conhecem este documento que mostra que a despesa publica até 2008 estava dentro do normal e que só em 2009 e 2010 dá um salto, ajudada pelos estimulos aprovados em consonancia com bruxelas e por outras decisões menos recomendáveis.

    http://www.ideff.pt/xms/files/Iniciativas/OE_2012/Dr._Jorge_Oliveira.pdf

    O mesmo não se poderá dizer das contas externas que eram uma desgraça desde 1995.

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  10. 1.º) É sempre interessante verificar o vazio e a pobreza mental do Presidente da República.

    2.º) Quando a politiquice é praticada à direita é para o bem da nação; quando é a esquerdalhada, é o caos que se abate sobre todos nós.

    3.º) A crítica a fazer não reside no facto de Seguro «mocionar» o governo, mas (a) na certeza de que não o pretende derrubar e (b) de não ter alternativa.

    4.º) Não obstante, estou convicto de que o PR, em vez de declarar isto “ As intrigas, as jogadas político-partidárias não acrescentam um cêntimo à economia do País, não criam um único emprego”, queria, no fundo, afirmar o seguinte: “ A política do atual governo não acrescenta um cêntimo à economia do País, não cria um único emprego”. Também se adequa, certo?

    5.º) Cavaco e Sampaio, juntos, são um imenso LOL na vida política portuguesa dos últimos 20 anos. O segundo não descansou enquanto não colocou o aldrabão pseudo-estudante e fumador de charros no poder; o segundo não descansou enquanto não enviou o acima referido para Paris e o substituiu por este simulacro de gente e de detentor de cérebro chamado Passos Coelho.

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  11. Nas decisões menos recomendáveis inclui-se a decisão do Eurostat de incluir e mandar o INE incluir mas contas públicas aquilo que o TS andava a parquear fora do perímetro de consolidação?

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  12. # Comentário anterior:

    BINGO! Ou, como diria Gil Vicente, «assim se fazem as cousas».

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  13. “elas (manobras e intrigas) destroem valor pela instabilidade e pelo clima de pessimismo que geram ou acentuam, concorrem objectivamente para a perda de empregos e para uma quebra ainda maior do investimento...”

    Ena, Ena, só nos faltava isto, como justificação do aumento do desemprego e da falta de investimento.

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  14. Caro Paulo Pereira,

    Confirmo ter recebido seu e-mail, sim senhor, espero replicar em greve. Os últimos dias têm sido algo intensos, do ponto de vista profissional (nada a ver com Chipre, obviamente...), mas admito que o breve recesso pascal me dê oportunidade de recuperar algumas tarefas em atraso...
    Quanto ao seu segundo comentário, concluo que o ilustre Comentador continua a ceder a impulsos de ingenuidade, tomando como boa e comparável a despesa pública reportada até 2008, esquecendo-se da famosa técnica do tapete e da alteração que o perímetro orçamental sofreu nos últimos anos...
    Mas não me custa aceitar que não será mau viver nessa inocência...

    Claro, caro Ferreira de Almeida, claro, o PR não deve estender-se em comentários deste tipo, estamos de acordo.
    Até porque isso seria uma forma de concorrer com o 4R, bem pouco aceitável, para isso estamos cá nós...

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  15. Engraçado, eu diria o mesmo aquando da rejeição do PEC IV.

    O sr. não?

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  16. Ao serviço da República,

    Absolutamente de acordo!E ainda mais de acordo, caso tivessemos de prosseguir com um PEC V, um PEC VI e assim por diante...

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  17. E assim por diante até ao que nós chegamos, que seria qualquer coisa como PEC XXXIII!!!!

    tem graça que a sua ironia seja no seguimento de Planos de austeridade sucessivos... Faz-lhe lembrar algo?

    A sua ironia apenas reforça o facto de que a justificação para o chumbo do PEV IV é tão ou mais valida para um chumbo da politica seguida.

    O que diria, aquando na negociação do programa de ajustamento o PSD veio afirmar que o programa está melhor porque o PSD ajudou na sua concepção?
    Ou o que diria quando o PSD afirmou pela voz do seu lider, que este programa era o programa do PSD?
    O que diria quando o PSD, pela voz do seu lider, afirmou que iria para além do programa porque era isto que Portugal precisava?
    O que diria quando o PSD, pela voz do seu deputado e ministro das finanças, que o programa estava mal concebido?
    O que diria... E podia estar aqui a recorda-lo das promessas verdadeiramente delirantes que o lider do PSD fez durante a campanha eleitoral.

    Como vê, a justificação para o chumbo do PEC IV assenta que nem uma luva, de acordo com os critérios do PSD, para o chumbo deste governo.

    O pretenso iluminismo dos que estão no governo, não só os corrói como também os descredibiliza. Mas descanse que este não é um problema exclusivo do PSD. Infelizmente a classe politica de Portugal ou só vê virtudes e boa-fé ou só vê defeitos e má-fé!

    Pode ficar descansado que estaremos cá para vê-lo a criticar as sucessivas falhas nas previsões e resultados de um governo. Claro está, desde que não seja o seu! ;)

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  18. Caro Tavares Moreita,

    Eu sei que os numeros do deficit de 2007 e 2008 estão martelados, mas nas minhas contas por alto o despesismo anormal dos Governos Sócrates não deve ter ultrassado entre 2007 e 2010 um total acumulado de 10 mil milhões já com margem de segurança.

    Ou seja cerca de 5% da divida publica.

    Não teria feito diferença nenhuma para o desenrolar da crise estes 10 mil milhões.

    É um ano de deficit real !

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  19. Caro Paulo Pereira,

    E se foi o dobro do que diz?

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