quinta-feira, 23 de maio de 2013

Os professores da greve

Os professores das greves anunciam mais uma greve dos professores. Vários dias, e por atacado. Nada de estranho. Em vez de profissionais do ensino, começamos a ter profissionais da greve. Claro que em defesa do ensino e dos alunos. 
Se estes não tiverem exames, tanto melhor. Folgam alunos e professores.
Dever cumprido, na defesa da sagrada escola pública, que tanto proclamam.  

11 comentários:

  1. Todos os anos sao pelo menos duas. Para defender pior e mais caro sistema de ensino do mundo civilizado.

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  2. Admiro muito os professores, mas desde os anos 80 que a taxa de natalidade em Portugal não para de cair. No entanto, o rácio de professores Vs aluno nas nossas escolas não pára de subir. Estas greves recorrentes fazem algum sentido?
    http://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/05/historias-que-todos-conhecem.html
    Deixemo-nos de utopias e ilusões e vamos ser “crescidinhos”. Portugal, vai ter austeridade durante 10 – 15 anos. Irá muito para lá de Passos & Gaspar, deste governo PSD/CDS, do próximo do PS e do que vier a seguir...

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  3. Caro Toni Bler,

    o nosso sistema de ensino não é o pior nem o mais caro da UE nem da OCDE.

    É dos mais baratos em % do PIB e está a meio da tabela em qualidade.

    O Orçamento do Min. da Educação é de 6500 milhões o que dá cerca de 4% do PIB.

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  4. Como deve saber isso é irrelevante. Se fossemos todos quarentões, ou se andassemos todos na privada esse valor era gigantesco. Mas isso dá cerca de 6300 euros por aluno, que relativo ao PIB deve dar maior que o do Luxemburgo ou parecido.

    Quanto à qualidade, nem comento.

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  5. O ensino só melhora com mais autonomia das escolas e com o direito de escolha pelas famílias. Não há escolas públicas nem privadas. Há boas ou más escolas.Pelo menos para os alunos.

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  6. Claro, o que se deve defender é a escola, uma boa escola.
    Defender a escola pública, só porque é pública, é um perfeito absurdo.

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  7. Eu que sou professora há 19 anos e passo por aqui frequentemente porque, para além de um amigo cuja escrita acompanho, me habituei a apreciar as vossas opiniões, lamento imenso o teor generalista e ofensivo deste post para quem, como eu e tantos como eu, tanto dão pela escola (pública) e pelos alunos. É pena que não ouçam ou não visitem algumas das nossas escolas para saberem o que lá se passa e em que condições de há uns anos a esta parte trabalhamos. É mais fácil generalizar. Conto fazer greve. No ano em que entrei para a faculdade, os professores fizeram greve às correções de exame, no ano da 1.ª PGA, e entrei na faculdade apenas em Janeiro. Apanhei o 1.º semestre a meio, quase à beira das primeiras frequências. Fiz tudo, não apanhei qualquer trauma e penso que me tornei uma boa professora. Quando há razões para lutar, não nos devemos resignar. É isso que também ensino aos meus alunos. E que pensem por si próprios, que não sejam "carneiros", que aprendam a criticar e a saber optar quando o tiverem de fazer. Mas se pretendem que me transforme numa máquina reprodutiva de conteúdos para 10 turmas, acabou-se o tempo para pensar, para agarrar projetos de cidadania, de reconstituição da memória histórica... E não posso pactuar com isto.

    Lamento, efetivamente, o teor deste post. Não o revejo como da 4República.

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  8. Sandra Costa:
    Disse: «Lamento, efetivamente, o teor deste post. Não o revejo como da 4República.»
    Permita-me que lhe faça o seguinte reparo: se passa por aqui frequentemente tem andado muito distraída.
    Este post está rigorosamente de acordo com tudo o que se publica aqui.
    Se há blogue que não pode ser acusado de incoerência editorial é este.
    Só que desta vez doeu-lhe, tocou-lhe a si.
    O nosso espírito crítico deve ser capaz de ultrapassar fronteiras ideológicas e partidárias, ser capaz de exercer a crítica com algum rigor e independência.
    Se é isso que ensina aos seus alunos, acho que lhes presta um bom serviço.
    Mas é preciso ser coerente na sua prática pessoal.

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  9. Cara Sandra:
    Gostava de saber (desde o título ao conteúdo)em que é que o post molesta ou atinge os bons professores, os que têm o sentido da sua missão, e são muitos. E por quem tenho a maior consideração. Até devido ao exemplo de familiares muito próximos.
    Contudo, se acha que a acção dos sindicatos, sempre em luta contra todos os ministros da educação, sob pretextos como a avaliação, as tabelas salarias, as categorias profissionais, os horários, etc, etc, etc, é justa, pois não sou eu que a irei fazer pensar o contrário. Mas já penso que uma luta assim tão permanente, quaisquer que sejam os governos, é uma luta dos sindicatos, corporativa, que não honra os professores.

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  10. Caro Pinho Cardão, diga-me em que frase, em que parágrafo escreveu "sindicatos" e dar-lhe-ia razão. A única palavra que usou foi "professores".

    Manuel Silva, de facto, nos últimos tempos tenho andado mais distraída, vulgo com bastante trabalho, e filtro o que leio... Só leio alguns posts por estas bandas... Este, como escreveu, doeu-me porque tocou-me, daí ter comentado, o que não faço habitualmente. Mas mantenho a minha opinião, não julgo que as generalizações injustas tenham sido o espírito desta "4 República".

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  11. Cara Sandra:
    Não escrevi "Sindcatos"? Então o que são "os professores das greves"?
    O sentido é claro.
    E gostamos muito que venha ao 4R. E que, concordando ou discordando, nos vá dizendo alguma coisa...

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