segunda-feira, 29 de julho de 2013

As respostas que ainda faltam...

A refundação do Governo culmina amanhã com uma moção de confiança. Não vejo ainda como se poderá entrar num novo ciclo político e económico. Teremos readquirido condições político-sociais para se avançar com os cortes acordados com a Troika? Ou os credores internacionais permitirão que esses cortes se reduzam de 4,7 para 2,5 mil milhões de euros, ou menos, dando algum alívio à economia? Por um lado, o lançamento do novo ciclo implica a injecção de mais dinheiro na economia. Por outro lado, temos a realidade da contenção orçamental à nossa frente.

5 comentários:

  1. Quando Passos Coelho fala que “temos que empobrecer” o que ele quer realmente dizer é que tem que empobrecer quem vive do rendimento do seu trabalho. Isto é, a parcela da riqueza produzida no país que é distribuída em salários tem que diminuir enquanto a parcela obtida pelo capital tem que aumentar em igual proporção. E o homem tem a desfaçatez, o supremo descaramento de dizer que isto é bom para o país. Como se o empobrecimento generalizado dos cidadãos, um menor nível de vida, o aumento das desigualdades e da miséria de um lado, e o maior enriquecimento de uns poucos por outro lado, fosse bom para o país.

    Não será muito difícil de compreender, que quanto mais concentrado está o rendimento, menor será o volume de produção necessário para satisfazer a procura do consumo (que só pode realizar quem tenha dinheiro) e o número de empresas necessárias para realizá-lo. Uma maior desigualdade de rendimentos provoca assim inevitavelmente um menor crescimento económico e um maior desemprego. É para esta situação de desastre nacional que Passos Coelho “custe o que custar” nos quer atirar.

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  2. “Ou os credores internacionais permitirão que esses cortes …”

    Mas afinal quem são os credores internacionais, que o governo e seus seguidores parecem venerar como se de um deus se tratasse. Bem, cerca de 20% da dívida pública está nas mãos da endividada banca nacional que pediu dinheiro ao BCE a juros de 1% ou menos para adquirir dívida portuguesa a juros de 5%, 6%. O negócio do século. Outros 20% estarão na mão dos bancos estrangeiros com o mesmo propósito especulativo e que igualmente obtiveram financiamento do BCE a juros iguais ou inferiores a 1%. Os restantes 40% estão nas mãos do FMI e dos nossos sócios da Comissão Europeia e do BCE. São estes efectivamente os nossos credores que tanto respeito merecem do governo e dos seus apoiantes.

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  3. Foi baixando os salários que a Alemanha conseguiu reduzir o desemprego e recuperar económicamente no pós-guerra. Contudo, aquele país possuia uma indústria poderosíssima e... reunificou-se, contra a vontade de algumas grandes potências europeias.
    A Portugal não basta refundar-se, seja lá o que isso for. Portugal, é como um cão carregado de carraças que lhe sugam o sangue e que lhe provocam febres elevadas. É dessa bicharada que o país tem de se livrar, caso contrário, bem podem chover redundações...

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  4. A luta continua,
    banqueiros unidos vencerão.
    E as corporações empobrecerão.
    Que a austeridade seja comvosco.

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  5. Teremos que continuar a aguardar pelas respostas. Talvez com o OE 2014?

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