Está disponível a informação sobre o comércio
externo de bens nos 2 primeiros meses de 2015: em relação ao mesmo período de 2014 as exportações (saídas)
aumentaram 1% e as importações diminuíram
6,8% (em boa parte “à boleia” da queda do preço do petróleo), do que
resultou uma diminuição do défice, de € 1.827 milhões em 2014 para € 1.099
milhões em 2015 (menos 39,8%).
O aumento das exportações ficou a dever-se à
recuperação das vendas para a generalidade dos mercados da União Europeia, com destaque
para a Espanha (+7,5%), o Reino Unido (+10,2%) e a Alemanha (+3,6%),
enquanto as exportações para fora da Europa caíram 4,5% influenciadas pela
expressiva quebra das vendas para Angola (- 29,6%), parcialmente
compensada pela subida das vendas para os EUA (+5,7%).
A Espanha reforça a sua posição como 1º mercado
de destino das exportações de bens, com 25,7% do total (24,1% no mesmo período
de 2014), o que é reflexo, certamente, da melhoria da actividade que se
tem vindo a registar neste País, onde a expectativa de subida do PIB em
2015 é superior a 2%.
A forte diminuição das exportações para Angola é
o reflexo dos condicionalismos cambiais (escassez de divisas) que se têm
registado naquele País nos últimos meses na sequência da acentuada queda
abrupta do preço do petróleo (que representa mais de 95% das receitas de
exportação), mas talvez se possa esperar uma atenuação deste desempenho
negativo nos meses mais próximos.
Uma curiosidade, para final: as exportações para
a Grécia aumentaram 26,1%, o que permitiu que este mercado tivesse subido
6 lugares (de 41º para 35º) no ranking dos destinos das exportações de
bens portugueses, mostrando que as empresas nacionais estão sabendo
aproveitar a animação que se tem vindo a verificar na economia grega na
sequência das novas políticas adoptadas pela nova coligação governamental
(obrigado, Prof. Varoufakis).
Quem sabe não estamos a exportar serviços de consultoria económica? Na volta, o governo grego está a importar know-how do CES da U. de Coimbra para ajudar à sua revolução, quer em termos financeiros, quer em termos epistemologicos. Nós é que somos uns selvagens que não damos valor àquilo que temos... Talvez daí venha a frase do Prof. Louçã de que o governo grego é o verdadeiro representante do povo português. Pelo menos, daquele que interessa.
ResponderEliminarCaro Pires da Cruz,
ResponderEliminarNão querendo colocar em causa a sua fé inabalável no potencial exportador desse centro de excelência de Coimbra, um verdadeiro émulo de Silicon Valley, lembro que nesta análise estamos ainda no plano dos bens, ainda não chegamos aos serviços...
Possivelmente, nesta fase, terá sido a exportação de "hardware" - lápis, esferográficas, canetas, cadernos de apontamentos, afiadores de lápis, borrachas para apagar lápis, etc, etc -, a prestação de serviços virá a seguir...e poderá ser retumbante, veremos.
Emmanuel,
ResponderEliminarIt's good to hear from you, hope you come along more often...