sexta-feira, 3 de julho de 2015

Serviço público do 4R: Grécia, aberta subscrição pública (NOVA ATUALIZAÇÃO)

Quem pretenda contribuir para a livração da Grécia e não sabe como, pode fazê-lo por esta via. Admito que haja alguma dificuldade na transferência, pois o portal deve estar saturado pela multidão que neste momento acorre para ajudar, de militantes e simpatizantes do Podemos, BE, do Livre e equiparados - incluindo os socialistas que se reveem no Podemos, Livre e equiparados, mas que se mantêm firmes nas fileiras do PS - e do PCP, e provavelmente também dos parentes do partido de extrema direita que na Grécia sustenta no Parlamento o governo do Syriza. A generosidade tem como contrapartidas, entre outras mais substanciais, uma foto autografada pelo líder do Syriza para o contributo minimo garantido, ou um pratinho de azeitonas com queijo grego para quem se disponibilize a duplicar a dádiva mínima.
Seguramente que a iniciativa vai recolher todo o dinheiro que permitirá à Grécia libertar-se da canga que os credores lhe impuseram ao emprestarem compulsoriamente o que agora querem reaver. Mas para o improvável caso de a subscrição não reunir fundos suficientes para tanto, está garantida pela organização a devolução da contribuição (não se sabe se em tal caso há que restituir à procedência o santinho e o pratinho...)

No meu caso, para este peditório, já dei por antecipação...

ATUALIZAÇÃO: Como previra, os jornais dão conta que o sucesso da iniciativa é tal que a plataforma por vezes bloqueia. Regista-se um êxito notável, já que se encontra angariada a considerável quantia, a esta hora, de 1,6 milhões de euros (quanto em dólares zimbabwianos, meu caro Tavares Moreira?). Outra notícia, que confirma a previsão de que a nossa esquerda acorre em massa, revela que Portugal está em 11.º lugar na lista dos 20 países a que pertencem os cidadãos mais solidários. A Grécia aparece, coerentemente, em 13.º lugar.

ATUALIZAÇÃO II: Lamentamos ter de informar que a campanha arrefece a olhos vistos e a escassos dias do fim do seu prazo de validade (menor que o comum num yogurte grego, mas justificado, porventura, com o período em que a salada de queijo feta mantém intacta a sua qualidade...). O contador assinala agora €1,660,283 de acumulado, isto é, escassas dezenas de milhar de euros recolhidos em 24 horas. Poderá ser efeito da proximidade do fim-de-semana, que faz com que a corrente se desvie para o suprimento de outras necessidades menos solidárias. Muito preocupante é o facto de a barra que indica a percentagem de recursos recolhida em relação à necessidade global assinalar... 0%. Isto a 4 dias do fim da campanha. Não me parece que consigam...

ATUALIZAÇÃO III: Confirma-se o manifesto fade out da iniciativa. Pouco mais de 100 mil euros angariados em 24 horas, poucos posters de Tsipras para assinar e entregar. Será, por certo, efeito da expetativa no referendo de amanhã. Se, como se espera, vencer o "não", a Grécia verá o seu poder negocial reforçado, e já na 2.ª feira deixarão de ser necessários mais gestos de solidariedade como o que aqui comentámos. Apesar de a barra da percentagem não ter passado dos 0%, penso ser de elementar justiça reconhecer o voluntarismo do jovem mentor da iniciativa. É assim que o mundo pula e avança, como diz o poeta. 

(post atualizado em 1, 2 , 3 e 4 de julho com as ultimas informações sobre o peditório)

50 comentários:

  1. Espero que tenham contribuido com os 2500 euros que cabem à minha família.....

    ResponderEliminar
  2. Só contribuia depois de saber que votavam não e desamparavam a loja,´.

    ResponderEliminar
  3. Esta é para o Carlos Sério...


    Grécia: Milhares enfrentam chuva e trovões para declarar ‘sim’ à Europa

    A chuva e a trovoada não fizeram desmobilizar muitos milhares de pessoas em Atenas que hoje quiseram manifestar um voto de confiança na Europa, respondendo "nai" ("sim") às propostas dos credores da Grécia.

    http://sol.pt/noticia/399964/Grecia-Milhares-enfrentam-chuva-e-trovoes-para-declarar-sim-a-Europa

    ResponderEliminar
  4. Aliás, é bom não esquecer que as sondagens dão a vitória ao sim no referendo! Daí o desespero de Tsipras ao tentar agora um acordo de última hora!

    Sondagens apontam para vitória do "sim" aos credores da Grécia

    Em contagem decrescente para o referendo, que se realiza no próximo domingo, são publicadas na imprensa da Grécia as primeiras sondagens sobre o sentido de voto dos eleitores. O "sim" leva vantagem.

    http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=4650740

    ResponderEliminar
  5. Uma aposta como o espertalhão do Chipras vai desconvocar o referendo? É que com o default, o referendo passa a ser sobre ele...

    ResponderEliminar
  6. Pela forma como a carroagem se desloca, pouco ou nada me admira, que dentro de alguns anos, seja a Grécia a comprar dívida pública portuguesa...
    Apesar de o movimento de rotação da Terra estar a desacelerar, o Mundo ainda não deixou de rodar...

    ResponderEliminar
  7. Deixemo-nos de folclore e palavreado barato e ouçamos quem sabe.

    Devemos ser claros: quase nenhum do enorme manancial de dinheiro emprestado à Grécia foi verdadeiramente para lá. Foi canalizado para pagar aos credores do setor privado – incluindo bancos alemães e franceses. O que a Grécia obteve foi uma ninharia, mas pagou um elevado preço para preservar os sistemas bancários desses países. O FMI e os outros credores “oficiais” não precisam do dinheiro que está a ser exigido. Num cenário business-as-usual, o dinheiro recebido, provavelmente, serviria para ser novamente emprestado à Grécia.
    Claro, a política económica por detrás do programa que a troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) tem impingido à Grécia há cinco anos tem sido abismal, resultando num declínio de 25% do PIB do país. Não consigo pensar em nenhuma depressão que alguma vez tenha sido tão deliberada e que tenha tido tais consequências catastróficas: a taxa de desemprego entre os jovens da Grécia, por exemplo, já ultrapassa os 60%.
    É surpreendente que a troika se tenha recusado a aceitar a responsabilidade por alguma coisa destas ou admitir o quão maus tenham sido as suas previsões e modelos. Mas, o que é ainda mais surpreendente é que os líderes europeus não tenham sequer aprendido. A troika ainda exige que a Grécia alcance um excedente orçamental primário (excluindo o pagamento de juros) de 3,5% do PIB em 2018.
    Mas, novamente, o que interessa não é o dinheiro. É sobre usar "prazos" para forçar a Grécia a ceder e aceitar o inaceitável - não apenas medidas de austeridade, mas outras políticas regressivas e punitivas.
    Joseph Stiglitz

    ResponderEliminar
  8. Em sua coluna no NY Times, na segunda-feira, Krugman deu três razões para a Grécia votar "não" ao acordo:
    Em primeiro lugar, sabemos agora que uma austeridade cada vez mais rígida é um beco sem saída: depois de cinco anos, a Grécia está pior do que nunca. Em segundo lugar, muito do tão temido caos que representaria a saída da zona do euro já aconteceu. Com bancos fechados e controle de capital, não há muitos outros danos possíveis.
    Finalmente, aceitar o ultimato da Troika representaria o abandono definitivo de qualquer pretensão de independência grega. Não se deixem levar por alegações de que os representantes da Troika são apenas tecnocratas explicando aos gregos ignorantes o que deve ser feito. Estes supostos tecnocratas têm se mostrado delirantes, ignorando tudo o que conhecemos de macroeconomia, e têm se provado repetidamente equivocados. Não se trata de análise, mas de poder – o poder dos credores de desligar os aparelhos que manteriam viva a economia grega, um poder que vai durar enquanto a saída do euro for considerada impensável.
    Então é hora de tornar esta possibilidade pensável. Caso contrário, a Grécia enfrentará uma austeridade e uma depressão sem fim.

    ResponderEliminar
  9. Diga-nos a nós, que o lemos sempre com atenção, Carlos Sério: convencido por Stiglitz e Krugman desta submissão à escravatura do povo grego, já contribuiu para o fundo de salvação? Se não, faço-o depressa sob pena de o gesto ser inconsequente- É que corre a notícia de que o Syriza optou, no fim disto tudo, por sujeitar a Grécia à tal austeridade e depressão sem fim, aceitando as condições para um acordo com os bandidos dos credores.

    ResponderEliminar
  10. A rebeldia grega mostrou que o voo da democracia na Europa de hoje tem alcance curto: quem quiser voar por sobre a cerca que define a jaula da “austeridade” neoliberal está condenado ao ostracismo, no que depender da hegemonia neoliberal que informa não só os governantes, mas igualmente grande parte da mídia, seus comentaristas, e as escolas de economia majoritariamente no continente. Tsipras, Varoufakis, o governo e o povo gregos se transformaram num caso “exemplar”, que deve servir de baliza para outros possíveis ensaios de independência e soberania, como no caso hipotético do Podemos na Espanha. Além disto, ela tem um nariz de Pinóquio, pois o establishment que a controla nega continuamente a realidade. Os planos de austeridade não funcionam, não funcionaram nem vai funcionar, mas eles são mantidos contra todas as evidências. Bom, em grande parte devido ao fato de que, de outro modo e sob outro ângulo, funcionam sim, isto é, no sentido de a) desorganizarem o que resta do estado de bem estar herdeiro da finada social-democracia europeia de antanho, b) reorganizarem este mundo social de acordo com as balizas do sistema financeiros descontrolado que levou às crises provocadas pela debacle financeira de 2007/2008, e c) redefinirem a geografia europeia em torno da hegemonia do chamado “norte”, uma cortina de fumaça para o predomínio dos sistemas financeiros da Alemanha, Reino Unido, Holanda, em parte o da França, que desfrutam de grande apoio entre os países nórdicos e exercem um enorme poder de sedução sobre os países do antigo leste europeu, sobre os demais sistemas e países.
    Flávio Aguiar


    ResponderEliminar
  11. Costas Panayotakis, professor associado de sociologia na City University of New York, fez a mesma argumentação na segunda-feira. "Desde sua eleição, em janeiro, o Governo grego, na tentativa de chegar a um acordo, tem feito muitas concessões à agenda de austeridade da zona do euro", explicou. "O fato de os parceiros europeus da Grécia, no decurso das negociações, terem sempre pedido mais, sugere que eles talvez não desejassem de fato um acordo, mas esmagar o único governo europeu com a audácia de criticar abertamente o consenso neoliberal. A resposta europeia ao anúncio de um referendo também expõe a antiga aversão das elites econômicas e políticas europeias aos processos democráticos que permitem ao povo europeu ter voz quanto ao futuro do projeto europeu”.

    ResponderEliminar
  12. Vá lá, contribuiu ou não contribuiu?

    ResponderEliminar
  13. Caro JFMA,
    Considerando:
    “Apenas uma pequena fracção dos 240 mil milhões de euros que fazem parte do resgate total da Grécia encontrou o seu caminho para os cofres do governo.
    Uma grande parte do dinheiro foi para os bancos que disponibilizaram fundos para Atenas. O país foi forçado a reduzir drasticamente o seu défice, pressionando os pensionistas e reduzindo o salário mínimo.
    Mas vamos a contas, estas feitas pelo The Guardian: 34 mil milhões de euros foram as medidas que tiveram de ser tomadas para a renegociação da dívida.
    Quase 20% do dinheiro foi utilizado para salvar os bancos privados. Aqui somam-se 48.2 mil milhões para salvar os bancos gregos, que tinham sido forçados a assumir perdas, enfraquecendo a sua capacidade de se proteger e depositantes.
    Apenas 10%, aproximadamente 24 mil milhões de euros, serviu para ajudar o governo grego, uma vez 140 mil milhões de euros serviram para pagar dívida e juros”.
    Gostaria que me informasse se a aludida subscrição pública é a favor dos gregos ou dos bancos e credores?

    ResponderEliminar
  14. Não percebi se houve contribuição ou não...

    ResponderEliminar
  15. Assim não vale, Carlos Sério. Então eu prestei a informação toda e o meu Amigo responde-me com mais retórica de terceiros?

    ResponderEliminar
  16. As patrulhas da esquerdalhada,a não dormir em serviço ,malhando e voltando a malhar no tema ("causa") que lhes foi distribuído pela Central...
    A tal mentira que, de tantas vezes repetida, se tornará , forçosamente, verdade.
    E, sendo portuguese, toca a arranjar nomes de peso (isto é, vedetas que tenham aparecido nos telejornais da paróquia, devidamente adjectivadas pelo psitacídeo de turno...)para dar mais consistência ao "entulho" diligentemente redigido...

    ResponderEliminar
  17. Caro Ferreira de Almeida,

    Venho com uma proposta de subscrição, para uma causa tão nobre, que espero não seja desmerecida: estou disponível para subscrever, caso seja possível, em dólares do Zimbawe...e nem mais nem menos do que a belíssima quantia de 35 mil biliões dessa prestigiada unidade monetária.
    Será aliás uma contribuição carregada de simbolismo, pois os inspirados vendedores de banha da cobra que de momento governam a Grécia parecem tudo fazer para convencer a população a optar por um projecto de autonomia monetária, o que aliás só lhes fica bem, e vão poder passar uns tempos (anos) de muito boa disposição!
    E que melhor modelo poderiam eles escolher, do que o tão bem sucedido modelo Zimbaweano?
    Esta contribuição poderia ser um primeiro passo para se afeiçoarem ao dito modelo.
    Aguardo confirmação quanto à viabilidade desta proposta, muito surpreendido ficarei se não puder ser considerada.

    ResponderEliminar
  18. Essa medida de 35 mil biliões de dólares do Zimbabwe é uma medida enquadrada nas epistemologias do norte, ao serviço do capitalismo, colonialismo e patriarcado. Nas epistemologias do sul essa nota vale esse montante em dólares canadianos (não americanos, obviamente) e não será sem dificuldade que os especialistas em finanças pós coloniais africanas do CES o demonstrarão com base em estudos de caso onde um oprimido pelos especuladores da economia de casino usou uma nota dessas para adquirir todo o Quebeque. Que perdeu logo de seguida, porque se tornou ele mesmo um capitalista colonialista patriarca. Como é óbvio, o oprimido povo da Grécia saberá responder aos capitalistas colonialistas e patriarcas da europa fascista que não anda a mando da banca internacional especulativa e dos seus juros usurários e não precisa desta coisa de contribuições para nada e saberá mostrar o valor da sua autodeterminação exigindo do BCE o aumento das linhas de crédito que a sua independência financeira exige!

    ResponderEliminar
  19. Eu,por mim, vou contribuindo em espécie,com uns posts no 4R a favor do povo grego.

    ResponderEliminar
  20. E atê agora, o Carlos Sério ainda não contribuiu! Nem o Stiglitz, nem o Krugman, nem o Flávio Aguiar...
    Entretanto, os países europeus já contribuíram com 200 mil milhões, para além do que perdoaram. Tiranos especuladores!...

    ResponderEliminar
  21. Meu caro Tavares Moreira, perante a sua declaração de vontade contactei de imediato os curadores da subscrição que me informaram que se fizer a generosa oferta em moeda do Zimbabwe tem não só direito ao pratinho de azeitonas mas ainda a uma coleção de santinhos representando os senhores Tsipras, Robert Mugabe e Omar al-Bashir, acompanhados com uma pendrive contendo uma oração de agradecimento do presidente Maduro.

    ResponderEliminar
  22. Assim,sim, até o Krugman vai contribuir.
    Se, a respeito de Portugal, e da última vez que cá esteve, depois de um almoço oferecido pelo 1º Ministro, logo disse aos jornalistas que não via alternativa melhor para Portugal do que a seguida pelo Governo, com essas pagelas todas por certo que vai doar um mês de ordenado a título de contribuição heróica em prol do aprofundamento da política greco-keynesiana de grande aposta no crescimento do desperdício.

    ResponderEliminar
  23. Está visto que não têm pago os almoços suficientes ao Krugman para que este se torne favorável aos 18 estados neoliberais austeritaristas ao serviço dos bancos alemães e dos especuladores da economia de casino.

    ResponderEliminar
  24. Caro Ferreira de Almeida,

    Grato pelo esclarecimento, que me deixa deveras confundido, face à parafernália de galardões que poderei receber em troca da minha simbólica contribuição!
    Vou agora pedir cotação ao meu banco, suspeito que a contribuição, hoje, já poderá subir para 36 mil biliões de dólares zimbaweanos - em alternativa, caso não me seja dada cotação (a procura de dólares do Zimbawe tem sido uma loucura, nos últimos tempos, dizem-me), poderei oferecer meia sandwich de queijo, cujo custo corresponde, aproximadamente, ao poder aquisitivo da verba indicada.

    ResponderEliminar
  25. Há todo um mundo de generosidade no seu simbolismo. meu caro Amigo. Os galardões são mais do que merecidos. Só uma pergunta: e vem com o queijo?

    ResponderEliminar
  26. Sem saber muito bem como, veio ao meu conhecimento que estou a ser representado por uma chusma inqualificável (também conhecida como "troika" ou mais recentemente por "instituições") em intermináveis negociações com os responsáveis do povo Grego. É uma grande consternação para mim tomar conhecimento que essas instituições (que me representam), adoptando uma desagradável atitude sobranceira e paternalista (muitíssimo lamentável),insistem em obrigar o povo Grego a tomar medidas que este considera indignas.

    Assim agradecia que deixassem o povo Grego em paz e sossego.

    ResponderEliminar
  27. Vasco da Gama, o meu caro aportou no sítio errado. Aqui o serviço público é puramente informativo. Votos, apelos e reclamações são na loja ao lado.

    ResponderEliminar
  28. Anónimo14:30

    Ao comentador Vasco da Gama, não posso deixar de meter a minha colherada.

    É precisamente isso que eu quero, que deixemos o povo Grego em paz e sossego... bem como o seu recíproco, ou seja, eles deixarem-nos em paz e sossego. É precisamente por isso que espero sinceramente que ganhe o Não. Eles ficam em paz e sossego e nós ficamos em paz e sossego. Se ganhar o sim não haverá paz e sossego para ninguém como, pior, muito pior, lá vai mais dinheiro dos meus impostos para esse buraco negro chamado Grécia.

    Oh well...

    ResponderEliminar
  29. Anónimo14:34

    Caro Ferreira de Almeida, atingiram os 1600 milhões de Euros? Óptimo! Pois então continuem a ver se no final de tudo sobra dinheiro para pagar os empréstimos feitos pelos restantes países incluindo Portugal.

    Eu, por mim, estou a favor de tudo o que permita recuperar o dinheiro Português. É-me indiferente que a dívida seja paga em esmolas angariadas pela internet. Desde que o dinheirinho venha...

    ResponderEliminar
  30. Aí está, também eu creio que estamos todos de acordo (ou quase). Não é razoável tentar ajudar alguém que não quer ser ajudado (e insiste em insultar quem o pretende ajudar).

    ResponderEliminar
  31. Está-me a parecer que os meus caros comentadores estão todos a brincar e não repararam que alguém está a falar a sério. O meu ponto é este: ou brincam todos, ou todos falam a sério. Agora, uns a rirem e um outro, com cara de caso e a falar sozinho, não me parece bem.

    ResponderEliminar
  32. Meu caro Tiro ao Alvo, a brincar se pode falar muito a sério. Atente bem no que está para trás, vai perceber que são sérias as mensagens, não em tom necessariamente sério. E por que, neste vale de lágrimas, o terão de ser?

    ResponderEliminar
  33. Estranhamente (ou talvez não), quem parece estar a divertir-se à grande são as pessoas que os Gregos elegeram para defenderem os seus interesses.

    ResponderEliminar
  34. Caro Ferreira de Almeida,

    Vou ter de aguardar alguns dias para realizar ou repensar a minha contribuição, pois acabo de ser informado que o dólar zimbaweano foi descontinuado, retirado da circulação (parece que de facto já não circulava, não havia camions em número suficiente para transportar os maços de notas sempre que se tratava de liquidar uma transacção de importância igual ou superior ao consumo de um café), e que uma nova denominação começará a circular dentro de algum tempo...
    Mas que azar o meu!
    E que ventura para os helénicos, se seguirem o bom exemplo do Zimbawe, reconquistando a autonomia monetária!

    ResponderEliminar
  35. Si algo ha dejado en claro la crisis griega es el absoluto fracaso de la moneda única europea y de los planes para diluir este fracaso por parte de la troika. En este sentido Angela Merkel y Christine Lagarde son la crónica falaz de una Europa que no ha logrado afianzar los principios solidarios y camina directo al despeñadero. Tras cinco años de dimes y diretes en los que Grecia se ha humillado obedeciendo los dictados de Merkel y Lagardé, la situación griega es mucho peor que al principio y sin ninguna vía de salida. El 30 por ciento de la población griega vive en la miseria mientras el 20 por ciento de la población padece de hambre. La compra de alimentos ha caído en un 28,5 por ciento, y así y todo la troika quiere subir el iva a los alimentos. El desempleo se ubica en el 25 por ciento y llega al 60 por ciento entre los más jóvenes. Más de un millón de personas han perdido su trabajo en estos cinco años de sumisión a la dictadura de la troika. La tasa de suicidios ha aumentado un 45 por ciento, y la situación griega empeora minuto a minuto.

    Los problemas de Grecia son de larga data y a lo largo de la crisis ni la troika ni Alemania han hecho algo para aliviarlos. Al contrario, las políticas implantadas desde 2010 solo buscaron aliviar la presión de la banca, agudizando los problemas sociales. Como hemos afirmado desde el estallido de la crisis, Grecia tiene una deuda que es matemáticamente impagable. De ahí que los planes para que Grecia pague su deuda no dejan de ser ingenuos, arrogantes e irrisorios. Merkel y Lagardé no solo han dado muestras de nulo humanismo e insano salvajismo, sino también de un avanzado desconocimiento en temas económicos. Ahora están dando muestras de que la democracia tampoco les interesa. Merkel cierra el puño y promete un golpe de estado contra el gobierno griego. Hoy no se requieren ejércitos para derrocar gobiernos. Basta con cerrar la Asistencia de Liquidez de Emergencia (ELA) del Banco Central Europeo.
    (Blogsalmón)

    ResponderEliminar
  36. Caro Tavares Moreira,

    Se for ao Ebay consegue sem dificuldade uma nota de 10 triliões de dolares do Zimbabwe por 3€ e uma de 100 triliões por 15€. Estes malditos coleccionadores inflacionam tudo. Aposto que já estão, como abutres, à espera dos primeiros dracmas fresquinhos.

    ResponderEliminar
  37. Tenho uma dúvida que me aflige: os 1,6 milhões de euros que o samaritano inglês angariou, agora que se vê que não chegam para aliviar a Grécia, voltam para os benfeitores (era o que estava no prospecto da operação financeira)ou ficam à guarda do samaritano? Se ficarem a Grécia não melhora mas o rapaz tem a vida dele resolvida...

    ResponderEliminar
  38. Não seria o primeiro espertalhão ao fazer fortuna à custa das dificuldades de uns e da boa intenção e ingenuidade de outros. Se cumprir o que promete restitui o que recebeu. Só não esclarece se se tem de devolver o santinho...

    ResponderEliminar
  39. Caro JMFA
    Folgo em saber que está a dar tanto realce ao auxílio financeiro da Grécia. Não o sabia ser tanto amigo da governança grega. Dou-lhe os parabéns até porque eles precisam de todos os apoios.

    Agora, quanto ao resto,creio que quem estaria mais à vontade para contribuir seria a contabilista nacional Maria Luís Albuquerque já que tem os "cofres cheios" e tem bom coração. Como calculo que tem uma boa ralação com ela não seria a altura de lhe falar?
    Aqui lhe deixo a dica.

    ResponderEliminar
  40. Não, meu caro Carlos Sério. Não tenho qualquer RALAÇÃO com a senhora. Não tenho o prazer de a conhecer. E não me ralo mais com ela do que com outros governantes. Mas não é por isso que não conseguirei chegar à fala com a Ministra de Estado. É que, calculo eu, a senhora terá mais que fazer do que atender a este humilde cidadão.Talvez o meu Amigo, com a sua fé e assertividade inabaláveis, e sobretudo com a vantagem dos seus muitos conhecimentos de sábios e prémios Nobel, consiga, quem sabe, comovê-la.

    ResponderEliminar
  41. Não vamos já desistir. Há uma manifestação d apoio ao OXI no Principe Real quem sabe não saem dali 350 mil milhões de euros de ajuda?

    ResponderEliminar
  42. Lá estou eu com outra dúvida! Isto deve ser da idade, com os anos vamos perdendo as certezas... Mas diga-me lá se estou a pensar bem: um golpe militar num País da UE não pode acontecer, meia hora depois o País está isolado e boicotado. Mas se um País sai porque quer da UE a tropa fica à vontade. Estou a ver mal ou já haverá coronéis a pensar no futuro?

    ResponderEliminar
  43. Não é plausível. Contrariando as opiniões de que Tsipras é um político inábil e imediatista, a aliança que fez com a extrema direita e a entrega do ministério da defesa ao líder desse partido significa que soube escolher o guarda costas. Pelo que leio o Syrisa aceita não cortar no orçamento da defesa, aliás, um orçamento que, pelo lado da despesa, é um dos maiores per capita. Como também não é previsível que a saída da UEM conduza à saída da UE, creio que os coronéis não terão grandes apetites por uma intervenção. Aliás, creio que o problema da ameaça à democracia não vem da Grécia mas da própria UE. Se continuar a ser orientada por esta aristocracia medíocre, o futuro não é risonho se não para os Estados que se bastam com a riqueza que criam.

    ResponderEliminar
  44. Anónimo02:19

    Caro Ferreira de Almeida,

    Primeiro, concordo plenamente com a acepção que faz quanto ao seguro de vida que Tsipras comprou a preços módicos ao colocar Kamenos no Ministério da Defesa. Achei piada, em todo o caso, a que o ministro disse ante-ontem ou ontem que as forças armadas servem para as missões no exterior mas também para manter a ordem dentro da Grécia se for necessário. Acho que algumas pessoas terão levantado os olhos.

    No que se prende especificamente com um golpe de Estado, por agora talvez não mas se a posição da Grécia na NATO for afectada não sei se poderei continuar a dizer o mesmo.

    Por fim a sua última frase, um quase lamento em que diz que "o futuro não é risonho se não para os Estados que se bastam com a riqueza que criam". Mas não é suposto ser isto o normal? Os países viverem de acordo com as suas possibilidades. De resto isto não é nada de novo. É algo que vem da origem da UE e por isso existe a cláusula de não-bailout que levou a esta coisa de que o ESM não é um organismo da UE mas sim uma empresa com sede no Luxemburgo cujos accionistas são os 19 países da Eurozona. Sempre ficou determinado que os países têm que viver de acordo com o dinheiro que têem e que os restantes não são responsaveis pelas dívidas de qualquer um dos outros. Ainda assim existem uma série de fundos e programas de apoio a investimentos diversos nos mais desfavorecidos o que já de si é algo bastante solidário.

    ResponderEliminar
  45. Vá lá JMFA, não desista agora do saudável propósito da divulgação das ajudas à livração da Grécia. Uma vez que não tem, como diz, uma ralação com a ministra dos Swapes e dos cofres cheios não será que mantem boas ralações com alguns dos seus companheiros do IVª Republica que por si possam interceder junto dela? Seguramente que algum deles manterá boas ralações com a senhora. Talvez o TM ou o PC não? Não desista e terá sempre o meu apoio.

    ResponderEliminar
  46. Los políticos europeos que diseñaron el sistema que permitió una corriente masiva de dinero fácil con destino a un Estado clientelar y corrupto como el griego no son los responsables. Los bancos franceses y alemanes que concedieron los créditos o que compraron bonos griegos (¡por decenas de miles de millones de euros!) no son los responsables. Los gobiernos que aprobaron un rescate que consistía en seguir prestando más dinero a Grecia para que devolviera ese dinero a los bancos no son los responsables. Los economistas del FMI y del BCE que calcularon en 2010 unas previsiones económicas irreales sobre el PIB, la deuda y el paro griegos que nunca se cumplieron no son los responsables. Los conservadores y socialdemócratas griegos que llevaron a su país a la ruina…, bueno, ellos eran responsables al principio, pero como luego aceptaron la receta de la troika pasaron a serlo en otro sentido: ahora eran políticos responsables, sobrios y patriotas. Los únicos culpables parecían ser los griegos, y lo fueron aún más cuando concedieron la victoria a Syriza en las elecciones de este año.

    ResponderEliminar
  47. Eu não tenho ralação alguma com a Ministra, o meu caro Sério é que o afirmou. Vou ver se por aqui alguém pode e quer interceder, como recomenda. É obrigado pelo seu novo texto. Mesmo sem autoria, é muito esclarecedor.

    ResponderEliminar
  48. Caro Ferreira de Almeida,

    Já posso retirar a minha oferta de 35 mil triliões de dólares do Zimbawe - que apesar da boa dica do Pires da Cruz ainda não tinha conseguido transacionar, por dificuldades operacionais.
    Com efeito, acabo de ver nas notícias a retumbante victória do NÃO, no referendo grego, o que significa que, gostemos ou não desse resultado, os problemas da Grécia acabaram.
    O acrobata Varoufakis irá apresentar-se amanhã em Bruxelas, fresco que nem uma alface, de cheque na mão, exigindo os fundos necessários e suficientes para que a Grécia possa viver sem sobressaltos nos próximos anos.
    Fundos que a União Europeia não poderá recusar-lhe uma vez que a vontade do Povo Grego se sobrepõe à vontade dos demais Povos - tornando despiciendo este peditório.

    ResponderEliminar
  49. Como tinha antecipado ontem, perante o iminente sucesso da campanha pelo não - qual o povo que resiste ao apelo de revolta contra os opressores externos? - a subscricao não tem razão de ser. Amanhã o sol brilhará mais brilhante e, como todos imaginam, a Europa, vergada pela afirmação grega, não deixará de exigir que este peditório do jovem inglês seja substituído por outro, agora mais a sério. Ficou provado com o referendo que a Grécia nada deve. E ficou decidido que a partir de amanhã vai passar a dever só o que exigir aos parceiros.

    ResponderEliminar