Pelo que fui percebendo nestes meus dias de ausência do 4R, há destrambelho grosso nalgumas cabeças deste país. Precisamente naquelas que abrigam os iluminados cérebros dos quais brotou a pioneira ideia de que quem ganha as eleições é quem as perde e, ao contrário, quem as perde é quem as ganha.
Bom, o facto trouxe-me recoradações. É que, na época já distante anterior ao 25 de Abril, quem ganhava as eleições era quem as perdia.
É facto provado que os extremos se tocam; e também é verdade assente que as chapeladas de outrora persistem em renovar-se, certamente com imagem mais modernaça garantida por uma esquerda que lava tão branco que até pensa conseguir branquear as derrotas transformando-as em límpidas vitórias.
Para aonde é que vais, Partido Socialista?
Diz-nos o governo de Coelho e Portas de que “para não deitarmos a perder o que já alcançamos”, isto é, para não deitarmos a perder o empobrecimento (“ajustamento”) já alcançado será necessário prosseguir com o ajustamento (empobrecimento) ou, o que é o mesmo, com as medidas de austeridade.
ResponderEliminarResumindo, o governo da coligação e seus apoiantes querem convencer-nos de que PARA SAIR DA AUSTERIDADE É PRECISO CONTINUAR COM A AUSTERIDADE.
E, quem não tiver pelos ajustes, aos mais novos aconselha-se a emigração e aos mais velhos recomenda-se “que não sejam piegas” e que “custe o que custar” há que aguentar (“ai aguenta, aguenta”).
E é a esta política de AUSTERIDADE SEM FIM que dois ou três inscritos como militantes no PS querem que o PS e António Costa lhe dê continuidade e suporte?
Formiga : gastar o que se produz + gastar o que se poupou.
ResponderEliminarCigarra : gastar o que se tem e o que se pede emprestado. Depois ... caímos em cima da formiga.
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarA coligação ab anteriori eleições (PSD + CDS) teve 22% dos votos dos portugueses. A coligação a posteriori eleições (PS + BE + CDU) teve 29% dos votos dos portugueses. Qual lhe parece que terá ganho?
A propósito de " É que, na época já distante anterior ao 25 de Abril, quem ganhava as eleições era quem as perdia".
ResponderEliminar"Os que sobrevivem do chamado partido democrático, monárquicos liberais ou integristas desgarrados, socialistas, elementos da Seara Nova, o directório democrata-social, vestígios dos partidos republicanos moderados, alguns novos, sedentos de mudança, e os comunistas - todos poderiam unir-se, como fizeram, mas só poderiam unir-se para o esforço da subversão, não para obra construtiva". A "impossível vitória" "das oposições" que nunca seriam uma "alternativa", significaria "cair-se no caos, abrindo-se novo capítulo da desordem nacional.”
António Oliveira Salazar (1958)
Burla eleitoral.
ResponderEliminarPassadas as eleições, a devolução da sobretaxa, que era 19% em Junho, 25% em julho e 35% em agosto (os últimos dados revelados antes das eleições), passa, súbita e misteriosamente, a apenas 9%.
Todo este destrambelho seria evitado em meia-dúzia de se(s):
ResponderEliminar1-(se)Passos Coelho não tivesse enganado os portugueses, prometendo-lhes durante a campanha e não cumprindo a promessa durante o governo.
2-(se)Passos Coelho não tivesse governado de forma prepotente e até certo ponto, ditatorial.
3-(se)Passos Coelho tivesse explicado com clareza aos portugueses, os motivos que o impediram de cumprir o que prometera.
4-(se)Passos Coelho tivesse explicado com clareza aos portugueses, a profundidade das medidas recessivas que tomou.
5-(se)Tantas medidas e decisões governamentais, não tivessem sido aprovadas pelo Tribunal Constitucional.
6-(se)O presidente da República não se tivesse remetido a tantos silêncios, remetendo so portugueses para o campo da dúvida e da incerteza.
Se estes 6 pontos não se tivessem verificado, o último resultado eleitoral teria sido certamente bem diferente; não se teria verificado a tão significativa ascenção do Bloco, que é na realidade efeito das anteriores causas.
As cabeças do destrambelho, deveriam preocupar-se em contextualizar,em perceber as causas e entender o significado do efeito. Mas duvido que a cegueira lhes possibilite ver tão longe.
Caro Carlos Sério:
ResponderEliminarA austeridade não é nenhum objectivo, nem nenhum fim. E o meu amigo sabe muito bem isso. Tsipras também prometeu tudo, e acabou praticando austeridade ainda maior. A isso leva a demagogia.
Caro Gonçalo:
Tem razão: distribuir o que não se produz sempre deu mau resultado. E dura pouco tempo.
Caro Diogo:
Descontando o critério da contagem, teria razão se a dita coligação PS + BE + CDU se tivesse apresentado a eleições. Mas não se apresentou. Não se tendo apresentado, teve zero votos. Ganhou a Coligaçlão PàF.
Caro Carlos Sério:
Argumento sem valia: não contradiz a afirmação de que qanhava as eleições quem as perdia, e que perdia as eleições quem as ganhava.
Caro Bartolomeu:
Nem o meu amigo acredita em metade do que escreveu. Penso eu de que...
Entretanto, Costa terá levado a Cavaco - como exemplo - um acordo importante com o bloco: acabar com o exame da 4ª classe. Só por isso estaria garantida a solidez do governo frentista que deveria ter sido indigitado ontem... Assim perdeu-se tempo.
ResponderEliminarCavaco fez o que devia. Nomeou o vencedor e entregou à Assembleia o ónus do passo seguinte. Aí o PS tera que embarcar com Costa (e com o BE, com a CDU a se rir com os dividendos que vai tirar) nesta aventura sem regresso.
Infelizmente, estamos todos nesse barco. É só por isso que esta novela não dá para rir.
Antes do 25/4 quem ganhava as eleições era quem as perdia?
ResponderEliminarA sério?
Leu isso no Avante?
Ainda há gente que viveu nessa época.
Caro Pinho Cardão,
ResponderEliminarComo sabe, Tsipras viu-se obrigado a aceitar os ditames da Alemanha contra sua vontade. Hoje, a Europa já está diferente. Enquanto Tsipras não teve ninguém que o apoiasse no eurogrupo, António Costa tem o apoio dos socialistas europeus. Veja-se a recente resposta dos socialistas europeus à declaração do PPE.
E sobre a Grécia, a generalidade dos economistas dizem-nos que a "solução" encontrada é má e não resolve a situação económica e social dos gregos. Mais parece a imposição vingativa de uma política do que a tentativa séria de resolver os problemas gregos.
Por cá, com vistas curtas parece que pateticamente Cavaco se quer substituir ao senhor Schauble.
E sobre o que acontece na Grécia leia este texto:
Desde o ultimato europeu à Grécia de 13 de julho (3.º acordo financeiro entre o governo e a UE), está tudo à venda na Grécia: ilhas, praias, hotéis, castelos, portos, aeroportos, autoestradas, caminho-de-ferro, instalações olímpicas… A venda de património público até ao fim de 2017 deverá render 50 mil milhões de euros, dos quais 50% devem servir para recapitalizar os bancos. Outra parte será utilizada para pagar aos credores (alemães, franceses…) e o restante será consagrado a investimentos ainda não determinados neste momento. Um agente imobiliário suíço de alto coturno já vendeu a Johny Depp a ilha de Stroggilo, perto de Samos, por 4,2 milhões de euros, negociou o ilhéu Gaia nas ilhas jónicas para Angelina Jolie e Brad Pitt e comprou por 15 milhões a ilha de Aghios Thomas, perto da ilha Egina, com o multimilionário Warren Buffet. E a lista dos seus clientes continua a aumentar. O governo grego teve que vender os 14 aeroportos lucrativos e manter os outros 30 deficitários, subsidiando-os.
E quem vai assumir o controlo desses aeroportos? A sociedade Fraport AG, uma empresa pública alemã, em que a maior parte das ações pertence à cidade de Frankfurt e ao estado de Hesse. O que era propriedade do estado grego vai passar a ser propriedade do estado alemão. E os lucros realizados nesses 14 aeroportos vão financiar os serviços públicos alemães.
(Herwig Lerouge)
Diogo: «A coligação ab anteriori eleições (PSD + CDS) teve 22% dos votos dos portugueses. A coligação a posteriori eleições (PS + BE + CDU) teve 29% dos votos dos portugueses. Qual lhe parece que terá ganho?»
ResponderEliminarPinho Cardão: «Caro Diogo: Descontando o critério da contagem, teria razão se a dita coligação PS + BE + CDU se tivesse apresentado a eleições. Mas não se apresentou. Não se tendo apresentado, teve zero votos. Ganhou a Coligaçlão PàF.»
Diogo: Acontece que o nosso pervertido sistema eleitoral - método de Hondt + eleição de deputados por círculos eleitorais, leve a que «coligações de partidos minoritários consigam maiorias mágicas…
Tentando voltar à questão do post. O problema do ps não será tanto o ps, mas a gente que neste momento controla o ps. a par disso, o espírio corporativista e de favores, como se viu agora no convite do ps de rodão para a um acusado para falar sobre justiça.
ResponderEliminarDiogo, que saiba até hoje o PS ainda não se entendeu com o BE e o PCP para fazerem os tais 29% dos votos para governar o país e as eleições já foram a 4/10.
ResponderEliminarO Partido Socialista caminha para uma derrota verdadeiramente estrondosa nas próximas legislativas. Nos anos 80, um quadro socialista bem conhecido e já falecido - Sottomayor Cardia - escreveu um conhecido livro intitulado Socialismo sem dogma, no qual defendia precisamente um socialismo desvinculado do marxismo. António Costa com o suposto acordo à esquerda, levou o PS a estar condicionado pelo PCP e pelo BE. Estes, como se sabe, são contra o Tratado Orçamental, contra o Pacto de Estabilidade e Crescimento, contra a permanência de Portugal na zona euro. Ora, apesar de todos os erros do PS, este nunca foi contra nada disso. O PS corre o sério risco de esvaziar de si o centro político. O PCP e o BE vão exigir cada vez mais do PS, levando a medidas de sério agravamento das contas públicas e à repetição dos mesmos erros económicos. Isto se António Costa for indigitado Primeiro-Ministro depois da reprovação do Governo de Passos Coelho na AR. O PS chegou ao seu mais baixo nível, afirmando que derrubará o Governo mesmo sem conhecer o seu programa e não estando minimamente interessado em qualquer negociação. Tudo devido a um homem que não soube digerir a sua própria derrota eleitoral e com ela não se conformou. Mas o mais espantoso é o partido, salvo algumas poucas vozes críticas, não se aperceber do caminho para onde está a ir. Nada garante, no entanto, que António Costa seja indigitado Primeiro-Ministro após o derrube do Governo de Passos Coelho. Nada na Constituição obriga o PR a dar posse a António Costa. O Governo de Passos Coelho pode ficar em gestão até Abril e, nessa altura, teriam de ser convocadas novas eleições. Dirão que os custos para o país seriam altíssimos, o que é verdade. Mas os custos das medidas de um Governo de frente de esquerda seriam menos altos? Não acredito! Haveria, ainda, uma outra hipótese: um Governo de iniciativa presidencial, mas o PR, creio que ainda antes das eleições, descartou tal hipótese. Talvez não a devesse ter descartado. Seja como for, o país está numa situação política gravíssima graças ao desespero de um homem em salvar a própria face. Mas será que ainda a tem, sobretudo depois da atitude que teve para com António José Seguro?
ResponderEliminarAgora, meus senhores, vamos dar a palavra a...Sócrates! Dizia ele que quem ganha as eleições é que vai para o Governo! Isso em resposta à pergunta sobre como ele veria se a segunda e terceira força política fossem empossadas pelo PR...
ResponderEliminarVejam o vídeo e ouçam-no...
https://www.facebook.com/Psd.Europa/videos/460930254032094/
Veja-se o Editorial do Avante, órgão oficial do PCP:
ResponderEliminar"Nunca escondemos que há significativas diferenças entre o PCP e o PS que, aliás, têm estado presentes nas reuniões que se têm realizado, num esforço de exame das possibilidades de soluções políticas, que prossegue. O que dizemos é que, não sendo possível a convergência para uma política que responda às aspirações dos trabalhadores e do povo, nada obsta a que o PS tome a iniciativa de formar governo e entrar em funções.
O PCP reafirma que há uma maioria de deputados que constituem condição bastante para a formação de um governo de iniciativa do PS, que permite a apresentação do programa, a sua entrada em funções e a adopção de uma política que assegure uma solução duradoura."
Sabiamente, os comunistas só se comprometem com a entrada em funções de um Governo liderado por António Costa. A partir daí, o apoio a esse eventual Governo passará a ser decidido a cada momento, caso a caso...Foi a esta situação que António Costa levou o PS: a ficar nas mãos da esquerda radical e sem a garantia de apoio consistente para uma legislatura inteira...
Veremos qual será a resposta dos eleitores nas próximas legislativas, nomeadamente dos que se posicionam no centro político, parte dos quais até votou no PS...
Caro Pedro Almeida,
ResponderEliminarUma prosa tão longa para repetir os argumento esfarrapados que por aí se ouvem de uma direita perdedora e arrogante.
Eu sei que custa a engolir uma derrota tão grande. A Coligação em relação às anteriores eleições perdeu mais de 700.000 votos e sofreu a maior derrota em 40 anos de democracia. É obra. Os outros partidos incluindo o PS subiram todos na votação em relação à anterior de 2011.
Em Democracia governa quem tem maioria no Parlamento. Tão simples quanto isto. Deixem-se de mistificações e cumpram, por uma vez, com a Constituição da Republica.
Observação acertada de António Barreto (um perigoso direitista e fascista...):
ResponderEliminarCosta, que até hoje se vangloria de ter um acordo, por enquanto secreto, com o Bloco e o PCP, formará governo, só socialista ou mal acompanhado, que deve passar no Parlamento. Será um governo refém e de maioria dependente. Mas passará. Para uma vida breve. O PS e António Costa ficaram prisioneiros de uma ambição menor e de dois partidos que precisam dele para o destruir. Ao julgar que os abraça, o PS vai dissolver-se nos seus aliados de hoje, do momento, mas inimigos de sempre.
http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/antonio-barreto/interior/pior-e-dificil-4853493.html
Carlos Sério,
ResponderEliminaro meu amigo participa neste blogue cuja visão é muito diversa da sua e tem todo o direito de participar dele. Tem a sua visão e eu tenho a minha. Não creio que tenha existido derrota da Coligação. Tanto mais, que para António Costa vitória do PS seria ficar em primeiro lugar e, se possível, com maioria absoluta. Isso não foi alcançado e com a agravante de o PS ter ficado aquém dos objetivos que traçou para si próprio, após todo um tempo de austeridade. Aliás, o próprio António Costa na noite das eleições reconheceu a vitória da Coligação.
Quanto à alegação de que ganha quem tem maioria no Parlamento, não passa de uma falácia. Se assim fosse, nunca teriam existido Governos minoritários, sendo o último deles o segundo Governo de Sócrates, precisamente do PS. Chega a ser irónico o facto de Sócrates, agora, ter mudado de ideias e dizer o mesmo: que ganha quem tiver maioria no Parlamento. Deve ter tido uma súbita amnésia quanto ao segundo (des)Governo dele próprio...
A própria Constituição não impede a formação de Governos minoritários. E nisso há todo um sentido democrático, ao contrário de pretendidas frentes políticas.
Outro dos Governos minoritários foi o de Guterres entre 1995 e 1999, também do PS...Este, agora diz, que ganha quem tiver maioria no Parlamento. Sim? Então os Governos minoritários dele próprio foram inconstitucionais?...
ResponderEliminarE, além dessa possibilidade, são constitucionalmente possíveis também Governos de iniciativa presidencial. Portanto, o axioma de que "ganha quem tiver maioria no Parlamento", não é uma imposição constitucional.
ResponderEliminarPor alguns comentários que tenho lido concluo haver pessoas que consideram normal um parlamento presidido por alguém que disse o que disse da lei. Com tal presidente, essas pessoas não terão autoridade moral para se queixar da justiça.
ResponderEliminarCaro Pedro Almeida,
tem toda a razão!
A constituição é igual para todos, não podendo ser invocada apenas para um lado. Infelizmente é prática de certas pessoas, que, por extraordinária coincidência, costumam ser em geral de esquerda. Vamos ser honestos: a dita direita já governou este país, inclusivamente com maioria absoluta e a democracia nunca esteve em perigo. Continuando a ser honestos, foi devido a políticas de esquerda que o nosso País viu as suas finanças colapsarem por mais do que uma vez.
Boa noite, caro Alberto Sampaio
ResponderEliminarObrigado pela suas palavras.
Quanto ao Sr. Presidente da AR, suponho que se refira a isto (assista ao vídeo):
https://www.facebook.com/ps.partido.da.bancarrota/videos/1662787590600252/
Já agora, é impressão minha ou o Dr. Mário Soares anda muito calado, sobretudo depois do discurso do PR? É que em 1987 uma moção de censura derrubou o Governo minoritário de Cavaco Silva e Vítor Constâncio propôs um Governo PCP/PS/PRD, o que foi rejeitado por Mário Soares. Depois, nas próximas eleições, o PSD conquistaria a maioria absoluta.
ResponderEliminarPedro Almeida,
ResponderEliminarTem razão, falta uma segunda condição que só agora se verifica e que é: “governa quem não tem a maioria do Parlamento contra si”.
Um governo minoritário que tem a maioria do Parlamento contra si não pode governar.
Carlos Sério,
ResponderEliminarEu já lhe disse que nada na Constituição impede a formação de um Governo minoritário e dei exemplos de Governos minoritários, incluindo o de Guterres que durou toda a legislatura. E se o Governo, após apresentar o seu programa, for rejeitado pela maioria no Parlamento? Cai? Cai. De facto, cai, é derrubado. E no presente caso, sendo derrubado, a indigitação de António Costa impõe-se "de per si"? Não! Tanto mais que ele próprio disse que não viabilizaria uma maioria negativa e que o PS não contribuiria para a derrota do Governo sem ter uma alternativa sólida na mão. E essa alternativa não pode ser de boca nem reduzida a um mero acordo inicial apenas de viabilização do Orçamento. Tem de ser um acordo escrito, preto no branco, para uma legislatura inteira. Os cidadãos não conhecem até agora tal acordo. Mais, há matérias no programa eleitoral do BE e do PCP que não foram defendidas no programa eleitoral do PS, nomeadamente no que toca ao Tratado Orçamental e à permanência de Portugal na zona euro. O PS não se apresentou às eleições defendendo a saída da zona euro, o não cumprimento do Tratado Orçamental e demais compromissos do país com as instâncias europeias. Portanto, quando se fala em "maioria de esquerda", do que é que se fala precisamente? Uma maioria para derrubar o Governo de Passos Coelho, viabilizar o primeiro Orçamento de um Governo do PS e depois logo se vê? Se assim for, isso é tudo menos um acordo sólido para uma legislatura inteira. E, nesse caso, nada obriga o PR a indigitar António Costa, mesmo depois do Governo Passos Coelho ser derrubado.
Pedro Lomba no Público:
ResponderEliminarRespeitar a vontade do povo não é juntar os perdedores e, com isso, criar uma nova maioria; é obrigar a maioria vencedora a ceder, a negociar, a transigir. A democracia não é uma conta de matemática.
"E essa alternativa não pode ser de boca nem reduzida a um mero acordo inicial apenas de viabilização do Orçamento. Tem de ser um acordo escrito, preto no branco, para uma legislatura inteira".
ResponderEliminarPorquê? Diga-me s.f.f.qual o artigo da Constituição onde tal coisa é exigido?
O programa do governo e o Orçamento estarão garantidos num governo de esquerda. São desse modo respeitados os preceitos constitucionais. E isso basta.
É assim que funciona a Democracia.
O resto são apenas manifestações de mau perder.
O argumento de que é preciso um "governo sólido" baseia-se em meras conjeturas políticas subjetivas que não têm cobertura constitucional.
ResponderEliminarE isso faz toda a diferença.
Interpretações subjetivas na mesma lógica que estas:
ResponderEliminar"Os que sobrevivem do chamado partido democrático, monárquicos liberais ou integristas desgarrados, socialistas, elementos da Seara Nova, o directório democrata-social, vestígios dos partidos republicanos moderados, alguns novos, sedentos de mudança, e os comunistas - todos poderiam unir-se, como fizeram, mas só poderiam unir-se para o esforço da subversão, não para obra construtiva". A "impossível vitória" "das oposições" que nunca seriam uma "alternativa", significaria "cair-se no caos, abrindo-se novo capítulo da desordem nacional.”
António Oliveira Salazar (1958)
Carlos Sério,
ResponderEliminarNão faço o "trabalho de casa por você". Em todo o caso, João Carlos Espada em artigo no Público lembrou bem Alexis de Tocqueville:
"Se é indiscutível que os deputados são os legítimos representantes do Povo soberano, não é menos verdade que eles não são, nem podem considerar-se, os representantes soberanos do Povo…".
Pense nisso...
Caro Pedro Almeida,
ResponderEliminarobrigado pela ligação ao vídeo. Muito instrutivo. Só é pena que aqueles que ainda acreditam num governo ps+ não o vejam. Se vissem, sentiriam nojo.
Obrigado, também, caro Alberto Sampaio.
ResponderEliminarAgora, veja este:
http://www.rtp.pt/noticias/politica/medidas-a-esquerda-aumentam-contas-publicas-em-dois-mil-milhoes_v867944
Caro Pedro Almeida,
ResponderEliminarjá conhecia a notícia em si, mas obrigado mais uma vez. Na figura podem ver-se claramente 2 dos maiores mentirosos nacionais: carloscesar e ac.
Sabe que o País não tem dinheiro e assina para gastar pelo menos mais 2 milhões. Ou está convencido que um PR o manda embora, ou então não está nada preocupado com os Portugueses. Claro que quando anunciar as medidas vai dar-lhes um ar muito social, com alguns impostos extra sobre fortunas maiores. No fundo vai fazer aquilo em que a esquerda é especialista, fomentar a dependência e o parasitismo. Quando as empresas começarem a debandada e o desemprego subir depois vê-se. Ele estará bem, os Portugueses em geral e as gerações mais novas é que ficarão com a "batata quente" na mão.
Mas até aqui nada de novo desse aldrabão. Tem fama de ser aldrabão desde novo.